quinta-feira, abril 12, 2007

Futebol de formação - revisão da semana

Chegada a época de Páscoa, os campeonatos Nacionais pararam para dar lugar a vários Torneios no que ao futebol de formação diz respeito.
Desde logo dois Torneios se destacavam: Mundialito do Algarve (pre-escolas, escolas e infantis) e Torneio Internacional da Pontinha (infantis).
Foram dois torneios exemplarmente organizados, demonstrando que cá se trabalha bem e se produz eventos de qualidade.

No Algarve mais de 100 equipas conviveram, competiram e no fim tudo acabou em festa. Nenhuma equipa Portuguesa se sagrou campeã, no entanto o SL Benfica foi a equipa nacional com melhores resultados, conseguindo até uma prestigiante final frente ao Ajax em pre-escolas.
Na Pontinha disputou-se quase uma “mini Champions League” no escalão de infantis.
Benfica, Porto, Sporting, CAC, Inter Milão, Chelsea, PSV e Barcelona disputaram durante 3 dias uma acesa competição, presenciada diariamente por cerca de 4 mil pessoas (alguns clubes da 1ª liga que corem de vergonha).
Á final chegaram Barcelona e Benfica, a reeditar o Torneio de futebol de 7 em Tenerife. Uma vez mais o Barcelona levou a melhor vencendo por 1-0 graças a um golo monumental de um pequeno grande jogador camaronês chamado Moussima, num jogo de grande qualidade e bastante equilibrado.
Quesada do Barcelona, mais um médio cerebral ao bom estilo de Guardiola, Xavi, Cesc, etc, venceu o prémio de melhor jogador.
Para a história fica o 2º lugar do Benfica, o 4º do Sporting e o 6º do FC Porto.

Alguns outros torneios de menor dimensão foram disputados.
Em Seia o Benfica venceu o Sporting na final, arrecadando mais um bom resultado.
No Torneio Internacional de Sub14 em Gaia Benfica e Sporting chegaram á final, com os leoninos a levar a melhor. Ricardo Esgaio foi considerado o melhor jogador do Torneio.
No Torneio Nike 2007 em Sub15 (sem a presença do Benfica) o Boavista sagrou-se vencedor, impondo-se a FC Porto, Sporting, Belenenses, etc.

Selecções Nacionais

Selecção Nacional Sub19

A Selecção Nacional Sub19 teve uma participação meritório no Torneio Internacional do Porto, acabando por perder no jogo decisivo frente a uma poderosa Alemanha. Candeias foi o jogador em maior destaque na selecção das quinas.


Selecção Nacional Sub16

Paulo Sousa conquistou as suas primeiras vitórias, mais de um ano após ter assumido o cargo de seleccionador.
5-0 á Georgio e 2-0 a Castelo Branco e ainda um empate a 2 bolas com a Dinamarca selaram a conquista do primeiro troféu na era Paulo Sousa – Torneio Internacional de Castelo Branco.

Não deixa de ser curioso perceber que 4 dos 9 golos apontados pela selecção das quinas, foram conseguidos pelos 2 jogadores encarnados convocados.
Quando se acabará com as politiquices nas chamadas á selecção sub16, convocando realmente os melhores, senhor Paulo Sousa? Os resultados estão á vista, pena que as chamadas de Nelson Oliveira e Artur Lourenço se devam a castigos internos a jogadores do Sporting.

Talento da semana

Miguel Rosa (Benfica)
Com 8 anos, iniciou a sua carreira como lateral direito, nas escolinhas do Benfica. No entanto, fruto da sua capacidade técnica, foi sendo adaptado a posições mais ofensivas, assumindo-se, hoje em dia, como um médio ofensivo.
Dotado de uma grande inteligência táctica, o Miguel procura rupturas através de constantes movimentações verticais ou diagonais, procurando aparecer nas imediações da área para finalizar, algo que consegue com alguma frequência. É possuidor de uma qualidade de passe assinalável, e a forma rápida e correcta como lê o jogo, permite-lhe incutir velocidade e inteligência á dinâmica ofensiva da sua equipa.
Júnior de primeiro ano, é já um titular indiscutível, actuando no vértice ofensivo do losango do meio campo encarnado.

Nome: Miguel Rosa
Data de Nascimento: 13 de Janeiro de 1989
Posição actual: Médio Ofensivo
Clube: Benfica
Local de Nascimento: Lisboa


Os pais como elemento fundamental para a formação de um atleta

Os pais podem e devem ter um papel fundamental na formação dos seus filhos como atletas. No entanto, alguns pais, porque fazem do sucesso dos filhos uma questão de afirmação pessoal, tornam-se tão emocionalmente empenhados na prática desportiva destes que a sua intervenção se torna desajustada e negativa.
Assim cabe ao treinador procurar atenuar estas possíveis intervenções negativas, persuadindo-os a assumirem comportamentos e atitudes adequadas.
De forma indirecta, o treinador deverá evitar ser ele próprio a fomentar as tais atitudes negativas (como infelizmente muitas vezes acontece). O treinador deve ser, desde logo, o primeiro exemplo positivo para pais e atletas.
Por outro lado deverá procurar actuar junto dos praticantes os quais, naturalmente, veiculam até aos pais as informações relativas aos procedimentos do treinador, etc.

Em segundo lugar o treinador deverá actuar junto dos pais, privilegiando a informação directa e o diálogo, quer recorrendo ao contacto individualizado quer recorrendo à realização de reuniões formais com todos os interessados, e aqui importa ter a ideia daquilo que os pais querem saber da parte dos treinadores: a filosofia a ser seguida na vida da equipa, as expectativas que o treinador cria à volta da participação do seu filho, o local e horário de treinos e competições, as regras de participação na equipa, o acompanhamento em caso de lesão, etc.

Concluindo, cabe ao treinador exercer sobre os pais uma influência positiva e adoptar uma postura aberta e informativa, para que sejam evitadas, cada vez mais, intervenções tremendamente negativas dos pais quer em relação aos seus filhos, quer em relação a treinadores e dirigentes quer em relação à essencia do desporto em si.

Até para a semana!

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