terça-feira, dezembro 07, 2004

Apito Arco-írisado...

Mais uma jornada da Superliga marcada pela grande competividade entre os clubes «grandes» e os «menos grandes» e, claro está por erros graves de arbitragem com influência directa nos desfechos dos jogos.

Fui, sexta-feira ao Estádio do Dragão, assistir a uma pobre exibição do meu FC Porto. Victor Fernandez fez descansar alguns dos habituais titulares e a equipa ressentiu-se disso. O FCP mostrou uma equipa apática, sem grande ambição, pouco humilde, sem categoria e, verdade seja dita, sem um pouquinho de sorte. O Beira-Mar marcou num dos dois remates que efectuou em todo o jogo e, sobreviveu ás custas da dita sorte e da boa organização defensiva do seu conjunto. Os portistas tiveram várias oportunidades, algumas delas verdadeiramente escandalosas, para construirem outro resultado, contudo os seus jogadores (Postiga, que é feito dele?) revelaram-se demasiado perdulários.
Em relação a este jogo e, eu que estive lá, afirmo-vos que o que se passou com o presidente Pinto da Costa mexeu de sobremaneira com o ambiente do jogo.

No sábado testemunhamos o triunfo sofrido do Sporting sobre a Académica. A 1ª parte menos conseguida, sem ambição e muito pobre dos estudantes foi bem aproveitada pelo conjunto leonino para chegar ao intervalo a vencer por dois golos, ambos da autoria de Liedson - o primeiro num belo golpe de cabeça e o segundo num lance oportuno com o... ombro! Liedson é, sem dúvida um belíssimo jogador (imagino o que seria uma dupla de avançados com Derlei!). Na 2ª metade a Académica, após chegar logo no início ao 1º golo, galvanizou-se e acabaria por empatar numa gp algo discutida, no entanto à 1ª vista ficou a ideia do árbitro ter decidido bem.
Não o faria assim, João Ferreira, volvidos alguns minutos... Rui Jorge fez uma falta indiscutivelmentemerecedora de amarelo, o árbitro assinalou-a e... "esqueceu-se" do 2º amarelo para o lateral no bolso! Volvidos 20 segundos (sim, segundos!) Vasco Faísca, num lance de grande ingenuidade, toca na camisola de Ricardo que, fazendo o seu papel, deixou-se cair. Aí sim o juiz da partida já puxou (bem, diga-se) do 2º amarelo para o jogador de Coimbra! Inexplicável a dualidade de critérios evidenciada pelo árbitro que até aí tinha feito um trabalho óptimo. Até aí...!
Daí para a frente assistimos a um caudal ofensivo do Sporting, sem qualquer oportunidade diga-se, contudo chegaria à vitória com um golo de Rogério, após falta indiscutível de Liedson sobre Ricardo Fernandes... Mais uma vez o «general» João Ferreira nada assinalou. Até final tem de se salientar a grande defesa de Ricardo a remate de Luciano.
Em suma, bom jogo com um resultado injusto e com uma arbitragem a influenciar o resultado e a verdade desportiva. Tribunal de Gondomar com ele!!

No Estádio da Luz, assistimos à pior exibição dos três grandes, este fim-de-semana. O Benfica fez, a meu ver, uma exibição muito fraca, para a qual a justa expulsão de Manuel Fernandes a meio da 1ª parte não ajuda a justificar tudo.
De facto, creio ser indiscutível que faltam a esta equipa benfiquista mais jogadores, ao nível de Simão, Moreira, Manuel Fernandes e Miguel.
Quanto à equipa do Estoril quero destacar a exibição (finalmente, já era tempo) de Fellahi. É um grande jogador, tem classe, técnica apurada e visão de jogo. Não tem estado tão bem quanto eu esperava, contudo espero poder desfrutar do seu bom futebol daqui para a frente!
O Benfica foi feliz, defendeu bem durante a 2ª parte e teve o contributo de uma arbitragem fraca. O árbitro Paulo Pereira não resistiu à pressão dos jogadores e adeptos encarnados, que indignados pela expulsão (correcta diga-se) do excelente jovem médio Manuel Fernandes, o pressionaram de tal maneira, que se viu «obrigado» a assinalar uma gp por suposta falta sobre o «gigante» Karadas. O mergulho deste foi de tal forma mal disfarçado que nem dava para enganar, contudo assim não entendeu o jovem árbitro... Este lance fez-me lembrar aquele mergulho do Jardel no antigo Estádio da Luz com a camisola do Sporting... Simplesmente incrível!

Por fim e, perante o cenário actual, resta-me questionar se o tal «sistema» já terminou ou se, ao invés, já regressou...

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