sábado, setembro 17, 2005

Ainda na Taça Uefa

Destaque para alguns jogos que acompanhei via Eurosport.


O Apoel Nicosia-Hertha Berlim. Apoel dos portugueses Ricardo Fernandes e Daniel Kennedy.
Uma primeira parte em que primou muito o equilibrio e onde o Hertha pareceu uma equipa que achou que o golo surgiria a qualquer momento e como tal não valia a pena correr muito.

Os "laranjas" mesmo a jogar em casa não abdicaram de uma tactica extremamente defensiva onde os cinco defesasnão passavam nunca o meio campo,o que veio a suceder durante os 93 minutos que teve a partida.
Ricardo Fernandes era o homem encarregado dos livres directos e indirectos, mas que raramente aconteceram, e na segunda-parte, a jogar a passo, foi justamente substituido pelo jogador que veio dar a vitória aos alemães, Jovanovic.
Do lado esquerdo da defesa estava Kenedy, intransponivel que não raras vezes recorreu à falta para controlar o seu adversário directo, o brasileiro Marcelinho. Num lance em que curiosamente nem fez falta levou cartão amarelo.

A meio da segunda-parte entrou Basturk para os azuis e brancos e a equipa alemã ganhou outra vidae a certa altura já era possivel ver o Hertha entrar na area cipriota com perigo. Numa dessas incursões de Basturk, aos 91 minutos, Jovanovic rasteirou, de forma perfeitamente displicente, o avançado alemão. Displicente porque o jogador berlinense estava em luta directa com um defesa cipriota e parecia que ía perder a bola quando surge este Sérvio, em corrida e por trás, a rasteirar o avançado.

Marcelinho, que encarou o jogo como se fosse um treino, marcou irrepreensivelmente o castigo máximo dando a vitória aos visitantes.
Pelo que se passou durante o jogo até nem se pode considerar justa, foi um mau espectaculo de futebol.



Na Ucrânia, o campeão Shaktyor, que comecei a acompanhar melhor desde que o ano passado ganharam 3-0 ao Barcelona no grupo da Liga dos Campeões, e que este ano foi eliminado pelo Inter Milão de Figo e Adriano, tendo empatado no Sao Siro, desta feita "brincou" com outro campeão, o Debrecen da Hungria.
Esta equipa até tem pouco de ucrâniana. Como treinador está o conhecido romeno Mircea Lucesco e como jogadores tem 2 checos, 6 brasileiros, 1 polaco, 3 romenos, 1 turco, 1 sérvio, 1 croata, e 1 Nigeriano. Ah! e consegue ter 6 jogadores do seu país, menos mal.

Nomes como Leonardo, Elano, Brandão, Matuzalém, Fernandinho todos brasileiros a que se juntam o croata Srna e nigeriano Julius Aghahowa, o ucrâniano Vorobyey e do proprio treinador Mircea Lucesco, já aqui falado, são sobejamente conhecidos.
Os brasileiros desta equipa de Donetzk, são um regalo para a vista a nivel futebolistico. Tais como Elano, Matuzalém, Brandão ou Fernandinho fazem as delicias de quem gosta de ver futebol de ataque e de espectáculo. O único senão desta equipa é a defesa que é muito fraca.

Ontem o Shaktyor humilhou o adversário não no resultado de 4-1 mas na quantidade e qualidade de bom futebol que mostrou. O resultado é absolutamente injusto e enganador. Uma diferença de 6 golos seria pouca quanto mais uma de 3 como ficou.
O Debrecen foi uma unica vez com perigo à baliza e só no minuto 90 quando o Shaktyor já tinha abrandado e marcou na única hipotese que teve, com falha da defesa ucrâniana.O segundo golo dos ex-soviéticos e primeiro de Brandão é uma maravilha, não só pela jogada e cruzamento de Matuzalém como pela finalização de calcanhar. Brandão completamente solto no coração da àrea e de costas dá um toque de calcanhar e põe a bola no ângulo inferior esquerdo da baliza. A forma displicente como pareceu efectuar o remate tornou o lance ainda mais bonito.

Os ataques eram uma constante e em catadupa, num deles Marica a um metro da linha de golo consegue fazer o mais dificil e atira por cima. Como prémio saiu ao intervalo, onde se registava um escasso 3-0.
A segunda parte foi encarada em descompressão e aos 70 minutos surgiu o 4-0, tudo fácil e simples.
Antes do final numa jogada rapida de contra-ataque Sidibé pôs ainda mais injustiça no resultado marcando o golo de honra.
Nos registos ficam 24 remates do Shaktyor contra 12 dos Hungaros, desses 12 apenas 3 na segunda parte, muito fraco.

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