Foi nesse ano que o "Poeta Jorge Artur", antigo Campeão Europeu no FCP, assumiu o cargo de treinador da equipa lisboeta, sucedendo ao enxovalhado Toni. Antes deste jogo o mesmo Artur Jorge viría com um discurso que ficaria célebre. Ele afirmaria que queria UM BENFICA A JOGAR À PORTO!!!

Chegados a Março, as Águias (ou Milhafres...) vinham recuperando terreno para os Dragões e estavam, naquela altura a ...4 pontos dos Azuis-e-Brancos (como esta época)!
Com um início de jogo fulgurante os Dragões cedo chegaram à vantagem no marcador. José Carlos, central brasileiro, marcou o golo e foi festejá-lo direitinho ao banco dos... encarnados, com um gesto a fazer lembrar o diálogo entre Rochemback e José Peseiro o ano passado no Estádio do Dragão!
O tempo estava chuvoso, o relvado tornava o jogo muito movimentado e rápido e as entradas perigosas sucediam-se. Numa dessas faltas, Carlos Secretário viu o cartão vermelho directo após uma "tesourada" em João Vieira Pinto. Apenas entendi aquela entrada por ser em quem foi mas, nunca o desculparei porque o outro continuou a jogar...

Ao intervalo o técnico benfiquista fez entrar o afortunado César Brito para o Lugar de Paulo Madeira, pois a sua equipa estava em superioridade numérica e, uma coisa é certa, a 2ª parte foi de domínio intenso dos encarnados. O meu FCP remeteu-se à sua defensiva e não conseguia sair para o ataque. César brito desta vez falhou duas claras oportunidades, a demonstrar bem o seu real valor e a deixar a nú toda a sorte que tinha tido em 1991... Tudo parecia que ía acabar mal, só que no banco do FCP estava um treinador fantástico - Sir Bobby Robson!


Vitória justa para o sofrimento, abnegação e espírito de luta e solidariedade dos poristas, contudo injusta para o melhor futebol dos encarnados de Artur Jorge. O jogo foi muito electrizante e nunca me hei-de esquecer dele por todas as dificuldades que passamos, pois não costumava, nem costuma ser normal sofrermos tanto contra os vermelhinhos!!
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