O Futebol de Ataque volta a estar na dianteira relativamente à informação desportiva e, uma vez mais, consegue noticiar um importante facto antes dos jornais desportivos.
Sei de fonte seguríssima – para quem não sabe tenho familiares e amigos nas estruturas do FC Porto (inclusivamente em cargos elevados na hierarquia da nação azul e branca) – que o lendário presidente dos Dragões pondera seriamente abandonar o seu posto.
Sei de fonte seguríssima – para quem não sabe tenho familiares e amigos nas estruturas do FC Porto (inclusivamente em cargos elevados na hierarquia da nação azul e branca) – que o lendário presidente dos Dragões pondera seriamente abandonar o seu posto.
Todas as complicações judiciais por que tem passado têm-no debilitado psicologicamente e o grande Jorge Nuno entende que as constantes idas a tribunal para responder perante a justiça lhe têm tirado credibilidade.
Pese embora toda a sua competência ao nível de gestão, todo o seu poder no FC Porto e no futebol português, a sua astúcia, o seu carisma e uma personalidade irreverente que sempre suscitou paixões e ódios (poucos ou nenhuns são os que olham para esta figura mediática com indiferença), a verdade é que o mais alto dirigente portista conta já com 71 anos de vida e muitos outros de futebol. É natural, digo eu, que esteja cansado de fazer o que faz e de aguentar o que aguenta.
Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa assumiu o cargo de presidente do FC Porto em 1982 e vinte e seis anos volvidos, o balanço só pode ser considerado positivo. O maior dirigente desportivo de sempre no nosso país (incontestavelmente, creio eu) conseguiu resultados impensáveis há duas décadas e meia atrás e transformou os sonhos de milhares de adeptos em realidade.
A hegemonia interna que ainda hoje perdura começou bem cedo e durante a presidência de Pinto da Costa, o FC Porto conquistou 15 campeonatos (a caminho dos 16), 14 SuperTaças Portuguesas, 9 Taças de Portugal (quem sabe, esta época, não chega à dezena).
Mas não só dentro de portas a superioridade foi registada, também além fronteiras o FC Porto marcou posição e é hoje, indiscutivelmente, um dos melhores clubes da Europa. Há clubes de um nível galáctico (Juventus, AC Milan, Inter, Barcelona, Real Madrid, Bayern, Manchester United, Arsenal, Liverpool). O FC Porto, não se encontrando a este nível, conseguiu atingir um estatuto de super-clube, incluindo-se num patamar onde pontificam Lyon, Ajax, PSV, Valência, Sevilha, Chelsea, Roma, Newcastle, Fiorentina, Borussia de Dortmund, entre outros. Prova disto são os êxitos desportivos conquistados nas competições europeias: 1 Taça dos Campeões Europeus, 1 Liga dos Campeões, 1 Taça UEFA e 1 SuperTaça Europeia (para além das 2 Taças Intercontinentais, troféus mundiais e não europeus). Além disso, é, a par do Real Madrid, a equipa com mais jogos disputados na Liga dos Campeões. Notável.
Pinto da Costa pegou num clube de nível regional para o tornar num clube europeu.
Posto isto, e garantido de antemão a fidelidade da informação que me foi concedida, resta colocar uma série de questões:
• Será esta a decisão mais acertada do Sr. Jorge Nuno? Não teria esta figura emblemática lucidez e apoio suficientes para permanecer em funções?
• Estará Pinto da Costa prestes a ser condenado por todos os crimes de que é acusado no âmbito do processo Apito Dourado (sendo esta o abandono de proteger o clube)?
• Quais serão os candidatos à dificílima sucessão deste autêntico Rei (tendo em conta o seu estatuto semi-divino para os seguidores da religião Futebol Clube do Porto)? Nomes como Pôncio Monteiro, Reinaldo Teles, Fernando Gomes, Rui Moreira, José Guilherme Aguiar e Vítor Baía têm sido ventilados (eu, pelo menos, já os li algures). Porém, Antero Henriques, director-geral da SAD, é também apontado como próximo presidente do clube. Qual vos parece o mais bem preparado para assumir o papel de líder do FC Porto pós-Pinto da Costa?
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