Jesualdo Ferreira disse, no final do jogo contra o Sporting, que tinha sido uma vitória à Porto. Eu concordo.
Fez lembrar aqueles jogos em que o Porto ganhava desse por onde desse, com ajuda do apito.
O Sporting fez, talvez, o melhor jogo da época.
A equipa, tal como no jogo para o campeonato, dominou o jogo só que, desta vez, aliou ao domínio boas trocas de bola e várias oportunidades para marcar.
Moutinho fez um jogo fantástico, tal como Izmailov, Rochemback voltou a mandar no meio-campo leonino, Romagnoli apareceu aqui e ali mas foi, na minha opinião, o menos inspirado.
Polga e Caneira dominaram os pouco activos avançados do FCP, ajudados por Miguel Veloso e Abel, sendo o lateral-direito o mais atarefado devido às incursões de Hulk. Lá na frente,
Liedson e Postiga foram uma dor de cabeça constante para os dois caceteiros de serviço e para o papá caceteiro, Bruno Alves, Rolando e Pedro Emanuel.
O golo do Sporting nasce de dois cortes da defesa do Porto a um cruzamento de Izmailov, com Fernando a fazer a bola subir em arco e depois o enorme Liedson ganhou nas alturas, de cabeça, a Pedro Emanuel e fez a bola passar fora do alcance de Helton.
Mais tarde, o empate do Porto nasce numa falha clamorosa da equipa do Sporting.
Hulk parte desde antes do meio-campo apenas perseguido por Rochemback - um sprinter contra um lutador de sumo - e Abel no meio sem saber se ia travar Hulk ou ficava a precaver um cruzamento para Tomás Costa.
Os dois golos nasceram em lances marcados por erros defensivos, não de grandes jogadas ou trabalho da equipa.
Erros da arbitragem foram mais que muitos.
Parecia ser um jogo bem tranquilo mas Bruno Paixão resolveu deixar a sua marca. Primeiro com a expulsão de Caneira.
Hulk levanta-se e vai encostar a testa à testa de Caneira.
Amarelo para os dois?
Deixem-me rir!
No solo, Caneira atinge Hulk com o pé, mas alguém viu se foi com intenção?
Eu não!
A televisão so mostra o pé, não se vê o jogador do Sporting para poder avaliar.
No mesmo lance, Rui Patrício atira-se (ainda não percebi muito bem porquê) contra Hulk. Penálti por marcar e expulsão do keeper do Sporting?
Não me chocava.
Do lado esquerdo do ataque do Sporting há um cruzamento que é desviado por Rolando no chão. Detalhe: o central do Porto usou a mão.
Mão dentro da área dá penálti.
Abel entra na área portista e Bruno Alves sai ao caminho do lateral do Sporting.
Não só comete obstrução como ainda levanta o braço ao nível do pescoço do jogador leonino. Penálti?
Era era...mas não foi.
Isto, já para não falar na diferença de critérios na exibição de cartões aos jogadores de ambas as equipas.
E na marcação de faltas.
No final, as palavras dos treinadores foram bem elucidativas: Paulo Bento afirmou que a arbitragem portuguesa lhe metia nojo, já Jesualdo Ferreira teve uma ENTRADA PERIGOSA, dizendo que tinha sido uma vitória à Porto.
Realmente, dá que pensar.
Num jogo em que o Porto não jogou futebol (mais uma vez), num jogo em que ficaram na retranca, num jogo em que jogaram largos minutos com menos um e a pouquíssimos minutos do final do jogo é que ficam em inferioridade numérica e o professor resolve vir falar como se tivessem andado o jogo todo com 9 em campo contra 10, num jogo em que o árbitro teve clara influência...dizer que foi uma vitória à Porto é dizer que voltaram as vitórias com "ajuda externa".
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