terça-feira, março 11, 2008

Considerandos...

Mais algumas situações a merecerem alguma “análise” da minha parte.

Comecemos por...

O número de estrangeiros/brasileiros nas selecções mundiais e que começam a aparecer em grande nas camadas jovens dos clubes também - Benfica 13, Sporting 6 e FC Porto 5. Sinceramente ainda há quem não seja contra as naturalizações nas selecções ou contra a chegada de estrangeiros para os escalões de formação, o que é algo no minimo estranho, porque das duas uma, ou a pessoa que defende isso tem interesses por fora ou então não sabe o que é: trafico de crianças, exploração de homens com vista a obtenção de dinheiros ( compra e venda de jogadores), e o principal que é a adulteração de valores nacionais e de resultados.
Neste ponto peço que reparem que a selecção de Itália em Futsal tem 11 brasileiros em 14 jogadores. Estamos a jogar com a Itália ou com uma extensão da selecção do Brasil? De que vale ir jogar a Itália se os jogadores são Brasileiros? Não era preferivel jogar no Brasil?
Não era preferivel acabar com a inclusão de estrangeiros a qualquer custo nas selecçoes e equipas?
Não seria preferivel uma cota minima de jogadores nascidos no país, quer nas selecções quer nas equipas?
Por fim e acima de tudo, não era preferivel acordar para a realidade em que se está a transformar o futebol 11 antes que seja irremediável?

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Falemos agora de Toni, treinador do Trofense, que tem uma maneira muito peculiar de treinar equipas de futebol, mas que lhe garante bons resultados. Com uma tactica de controle de jogo e do resultado consegue ganhar a maioria dos jogos numa divisão secundária (Estrela e Trofense) e conquistar a subida com essas equipas, e na primeira divisão consegue por uma equipa a jogar o suficiente para ter uma época sem percalços.
Uma das grandes caracteristicas suas é a escassez de golos, que se traduz no controle do resultado. Na primeira divisão ao serviço do Estrela Amadora, a equipa não sofreu mais de 2 golos em nenhum jogo, e só por três vezes perdeu por 0-2 em todo o campeonato, fosse em casa ou fora. E apenas por uma vez marcou 3 golos num jogo esse ano (Estrela Amadora 3-2 Académica). As vitórias redundam em resultados de 1-0 ou de 2-1, salvo raríssimas excepções (Estrela Amadora 6-2 FC Marco, na Liga Honra).
Este ano já leva 10 vitórias ao serviço do Trofense, das quais 9 foram por um golo de diferença (6 por 1-0 e 3 por 2-1) e apenas uma por 2-0, e em três derrotas só uma foi por 0-2 ( uma por 0-1 e uma por 1-2), sendo que nunca marcou três golos em nenhum jogo nem os sofreu também.
É um treinador defensivo ou um treinador que mostra resultados práticos? É um bom treinador ou mau treinador? Sinceramente não sei dizer, mas pelo que vi na Divisão Honra ao serviço do Estrela não gostei, sendo que na Liga Bwin já me pareceram jogos mais emotivos (embora a equipa desse ano fosse fabulosa para o clube que é) – Bruno Vale, Mauricio, Amoreirinha, Coutinho, Manu, Tony, Semedo, Rui Borges, Edu Silva, são exemplos de excelentes jogadores para equipas medianas, e que juntos podem proprocionar bons espectaculos. Veja-se os romenos do CFR Cluj que teem 11 jogadores portugueses desta qualidade e está a liderar o campeonato com 8 pontos de avanço.

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Ainda acerca do derby Sporting – Benfica e para as palavras produzidas por um dos intervenientes, Leo, que sendo brasileiro, vem mostrar a todos que conhece um dos nossos poetas “brejeiros” mais afamados, de seu nome Manuel Maria Barbosa du Bocage.
Assim para quem não conhece bem o poeta setubalense, acho que não estou muito errado quando digo que seria o nosso Quim Barreiros do final do século XVIII, não pela musica que nunca tocou ou cantou, mas pelos seus ditames, e afirmações em público ou em festividades.
Uma das mais famosas foi uma situação numa festa, em que uma dama da sociedade, sem querer descuidou-se e soltou um peido. Bocage num assomo de inteligência e comicidade prontificou-se a salvar a situação e fe-lo da seguinte maneira. No meio da sala pediu a atenção de todos e disse: ”Meus senhores, o peido que aquela senhora deu, não foi ela, fui eu.”
Assim Leo quis mostrar que conhece o poeta, e no final do jogo quando lhe perguntaram do penalty que cometeu sobre Vukcevic, ele disse que não teria sido ele mas sim o Sepsi, que nem sequer estava em campo na altura. Isto em “Idioma Bocagiano” seria algo do género “Meus senhores, o penalty que eu cometi sobre o Vukcevik, não fui eu, foi o Sepsi”. Palmas para Leo Barbosa du Bocage.
A sorte de alguns jogadores é que não há o teste do balão no futebol, e o controlo normal só calha a um ou dois...

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Markus Merk, que é considerado (pelos amigos do costume) o melhor arbitro do mundo no momento, vem defender o recurso ao video nos jogos de futebol, para minimizar os erros de avaliação de jogadas. Assim Merk defende que cada interveniente no jogo teria direito a dois recursos ao video durante os 80 minutos de jogo, sendo melhor explicado da seguinte maneira: Equipa Visitada 2 recursos, Equipa Visitante outros 2 recursos e árbitro mais 2 recursos, num total de 6 recursos possíveis durante não os 90 minutos de jogo mas só até aos 80 minutos de jogo. Ideia interessante, embora um pouco descabida pelas inumeras paragens e tendo em conta que alguns jogos só se decidem nos últimos 10 minutos e muitas vezes de forma polémica, acho um pouco idiota restringir-se aos 80 minutos de jogo.

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Falou-se também muito da introdução do cartão azul, mas nas camadas jovens, em que cada interveniente (jogador) que refira um palavrão seja admoestado com o dito cartão, e ao segundo é-lhe exibido o amarelo.
A nivel pessoal acho que esta medida só vem a lume pela falta de coragem dos arbitros em mostrarem o cartão amarelo nestas situações, que devia ser o mais correcto.
Por isso faço uma questão extrema: Um jogador leva um cartão azul, ao estar a levar o cartão diz: ”mete o cartão no c...” Leva de imediato outro azul e amarelo? E se sim, e continuar: “mete os dois cartões no c...”, leva novo azul ou novo amarelo e vermelho? Se levar novo azul, quer dizer que ainda tem direito a levar outro azul, embora seja o do segundo amarelo que dá expulsão... Um pouco esquisito ou idiota, já para não falar no tempo que se perde no meio disto tudo...
Que acham vocês?

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Começou o jogo do choradinho dos treinadores em zona de descida. José Mota entrou para a lista do “não nos querem cá”, em que a maior figura até ao momento foi alguém ligado ao Vitória Setúbal no último ano em que desceram (salvo erro Carlos Cardoso a fazer a vez de alguém previamente despedido), em que a 5 ou 6 jogos do final estavam em último a muitos pontos de distância de não descerem, e teriam de ganhar os jogos todos até final para talvez permanecerem. A seguir a uma derrota em Braga, perfeitamente normal, e depois de uma época em tudo igual à da União Leiria deste ano só com uma vitória, se saiu com a brilhante frase “não nos querem cá”.
Interessante frase quando andam a época toda a “engonhar” e só ganham um ou dois jogos e depois pensam que é no final que os vão ganhar a todos, e se porventura um desses jogos corre menos bem e perdem é porque já não os querem cá.
Pergunta: Quem é que quer ou não quer uma ou algumas equipas na Liga Bwin? É a Liga? Uma equipa da Liga? Várias equipas da Liga? Os dirigentes da Liga? Os dirigentes dos clubes? É que a frase não só é estupida como é enigmática. Além de se há equipas que não são bem vindas à Liga Bwin, são as que menos gente levam aos estádios, como o Estrela Amadora ou a União Leiria, e que ano após ano teimam em permanecer ou voltar.
Duas observações: por acaso gosto do Paços Ferreira e até não me importava que ficassem na Liga Bwin, por mim bem podiam descer por exemplo Belenenses, Académica ou Naval, agora que não fiquem na Liga é treinadores do “choradinho”.

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A Champions League, revela-nos que este ano estão 4 equipas inglesas entre as 8 apuradas para os quartos de final e que qualquer uma delas é candidata ao titulo, não só na Champions como no campeonato inglês (embora o Liverpool já não entre neste segundo lote), não há duvida que entrámos noutra fase do futebol na Europa e voltamos aos velhos tempos em que valia a pena ver futebol europeu, e em que as equipas inglesas faziam o que queriam no Velho Continente. Destaque ainda para a fraqueza das demais equipas que dantes faziam alguma frente a este quarteto e hoje nem apuradas são: Real Madrid, AC Milan, Inter, Bayern Munique...

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Ainda no futebol inglês, para a espectacular FA Cup deste ano, em que das quatro equipas apuradas para as meias finais, 3 são da segunda divisão e a outra é da primeira divisão mas do meio da tabela. Força Cardiff City, West Bromwich Albion e Barnsley.

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A nossa Liga Honra também está ao rubro, com 8 equipas ainda na corrida à subida de divisão e outras 8 a tentar não descer. A sete jornadas do fim estão assim divididos os “grupos”:
SUBIDA - Trofense 39, Rio Ave 38, Vizela 37, Estoril 34, Gil Vicente 34, Olhanense 31, Beira Mar 31, Freamunde 30;
DESCIDA - Varzim 29, Santa Clara 27, Feirense 26, Portimonense 24, Gondomar 23, Penafiel 21, Fátima 21 e Desp. Aves 20.

Toni arrisca-se a subir novamente uma equipa à Liga Bwin depois de o fazer com o Estrela Amadora, agora ao comando do Trofense. E pela parte oposta, o D. Aves em último arrisca-se a ter duas descidas consecutivas, depois do ano passado ter descido da Liga Bwin.

Os meus palpites são: Subida – Trofense e Gil Vicente; Descida – Fátima e Penafiel.
Preferencias pessoais: Subida – Vizela, Gil Vicente e Olhanense; Descida – Desp. Aves, Santa Clara e Gondomar.

Aceitam-se apostas... e comentários ao post também.

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