Começo a minha análise pelo futebol. Futebol mesmo. Tal como já tinha colocado na minha análise para a revista Futebolista, há para mim apenas dois candidatos ao título nacional - Porto e Benfica. Se o Porto até final de Dezembro parecia ter um plantel a anos-luz da equipa encarnada (embora discutível), depois das contratações de Janeiro tudo se equilibrou, e com a já anunciada manutenção de Simão até final da época o Benfica está em igualdade de circunstâncias para lutar pelo título com o F.C.Porto. A meu ver a única carência com que a equipa ficou ao nível de plantel foi de um médio-centro, que eu achava bastante importante adquirir.

Passando às contratações. Qualquer coisa que o Benfica faça é visto pelos adeptos da outra equipa como não ético ou violando a verdade desportiva, pelos adeptos dos outros clube:


Carlitos e João Vilela: é incrível que até estas cedências são colocadas em causa. Eu como benfiquista prefiro que se faça o que se fez do que fazer o acordo antes do jogo, eles jogarem contra nós e depois ficar com a azia de nos marcarem 2 golos. É um caso igualzinho ao do Wender, mas com uma Direcção inteligente, ao contrário da Direcção leonina.

Marcel: deixei o caso para o fim por ser o mais complicado. É óbvio que não há santos no futebol. De qualquer forma era óbvio que o SLB tinha interesse no jogador. Das duas uma. Ou acontecia o que aconteceu, sendo o jogador contratado e não jogando com o SLB devido às negociações, o que eu acho incorrecto; ou então o jogador jogava contra nós e depois seria contratado. O risco desta opção era o seguinte: imaginem que o jogador não jogava nada e depois assinava pelo SLB. Lá iriam os adeptos dos outros clubes dizer que o homem já estava comprado. Como veem há sempre dois pontos de vista e ou mudam as regras e decidem que não se podem comprar jogadores do mesmo campeonato durante a duração do mesmo, ou este risco haverá sempre. De qualquer forma eu como dirigente desportivo escolheria a segunda das situações.

Deixei para o fim, porque penso que é o pior de tudo o que podemos falar, as declarações dos dirigentes do nosso futebol. Veiga e Pinto da Costa estão ao mesmo nível, ou seja, talvez o nível mais baixo e mesquinho do futebol. Mas nenhum é melhor do que o outro. A diferença agora é que aquele a quem apelidam de "Papa" não faz agora o que quer, nem diz o que lhe apetece sem ter resposta. Os adeptos mais puritanos e românticos do futebol dirão: "ao responderem assim ficam ao mesmo nível". É verdade, só que também é verdade que o presidente do FCP andou todos estes anos a dizer o que bem lhe apetecia sem ter ninguém para lhe responder. E também é verdade que é o único arguido de um caso de corrupção que eu vejo a falar tão à-vontade sobre a mesma corrupção. Não deixa de ser bastante estranho.
Repudio qualquer troca de galhardetes como as que têm ocorrido, quanto mais não seja pelo efeito negativo que provocam nos adeptos mais "doentes". Tal como também repudio comunicados colocados num site supostamente institucional de uma SAD, e não assinados. A cerca de um mês daquele que provavelmente vai ser o Jogo do Título, os ânimos estão bastante extremados e os riscos de um ambiente super perigoso nesse jogo são imensos. É preciso bom senso e inteligência. Algo que infelizmente não vejo em nenhuma das partes...
Finalizo a minha apreciação deixando os meus desejos para o grande clássico do próximo sábado: que seja um grande espectáculo, que vença o Benfica e que a arbitragem seja exemplar.
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