terça-feira, fevereiro 27, 2007

CS Maritimo 2-1 União Leiria




Jogo: Maritimo SAD Vs. União Desportiva de Leiria

Estádio: Barreiros

Publico: 4000 aproximadamente

Arbitro: João Vilas Boas

Resultado: 2-1



Olá a todos,



Sinceramente nem sei por onde começar o comentário daquilo que se assistiu ontem nos Barreiros, um jogo que em tudo se previa ser uma boa partida de futebol tornou-se num autêntico pesadelo para toda a gente que foi ao estádio, passando pelos próprios jogadores, equipas técnicas até para os senhores da cruz vermelha.



Há muitos anos que eu acompanho o futebol ao vivo e vou-vos ser muito sincero, ontem foi provavelmente o dia em que eu assisti ao pior espectáculo desportivo da minha vida, e por incrível que pareça, o arbitro não teve influencia nos acontecimentos.



Para não variar, Ulisses Morais entra em campo com uma equipa nova, não obstante de ter voltado a insistir em FILIPE OLIVEIRA como lateral direito (ele é EXTREMO) LIPATIN E MBSEUMA foram opções para as linhas avançadas mas, ao que parece, Ulisses esqueceu-se do trinco, coisas que acontecem digo eu.



O jogo começa praticamente com a lesão de Diogo Valente, o jogador tenta recuperar uma bola a entrada da Área mas lesiona-se sozinho, os de Leiria fazem vista grossa e seguem jogo com D.Valente no chão aos gritos com dores.O restante plantel Maritimista pede insistentemente para que a bola fosse posta fora até que finalmente Laranjeiro acede ao pedido.



Sai Diogo Valente 1m depois, enquanto o Leiria marcava um canto, os defesas do Marítimo ficam a olhar para o lesionado e tínhamos 8m de jogo e o primeiro golo do Leiria, marcado por Marcos António na sequencia do canto.



Ainda o publico não queria acreditar no que se passava, já Ulisses tinha reparado que “ EH PA, ESQUECI-ME DO MEIO CAMPO CAMANDRO, ORA BOLAS, DEIXA-ME CA METER O OLBERDAM, FILIPE OLIVEIRA SAI”.



E assim foi, o Marítimo passou então a ganhar o que ate aos 25m de jogo ainda não tinha conseguido, a bola. As coisas pareciam alinhavadas até que, por obra do Espírito Santo, MARCOS o capitão, resolve por a prova os seus dotes de Maradona, tenta fintar o avançado Leiriense dentro de área, obviamente que não ganhou vantagem, o Leiriense faz uma mancha e Marcos, remata, a bola ressalta no jogador adversário e quando vem a descer Marcos defende com as mãos, FORA DE AREA, vermelho directo.



Quando se pensava que o recém entrado Moukori iria ser sacrificado, Ulisses tira mais uma das suas pérolas, saca LIPATIN e mete FABIO (GR SUPLENTE).



Nas bancadas, toda a gente assistia a este espectáculo de Carnaval incrédulo, as contestações começam a cair que nem gotas de água todas direitinhas a U.MORAIS.



Futebol, aquilo que nos lá tínhamos ido assistir, isso, nada, alguns rasgos por parte do Leiria mas nada de grande perigo.

D. Paciência defendia e saia bem em contra-ataque, o Marítimo simplesmente não existia, pese embora a equipa do Lis ser muito fraca no que respeita a finalização, não conseguiam finalizar um lance que fosse.



Ao cair do pano na 1 parte, o Marítimo, por iniciativa do EXTREMO Douglas, inicia um ataque, a bola é cruzada com excelência para a área Leiriense e Mbesuma não falha, estávamos no 49m da 1ª parte.



Vamos para intervalo nos Barreiro, 1-1



O Marítimo entra em campo reduzido a 10 unidades, com uma primeira parte horrível e mal orientada, aliás, no banco era habitual ver Oliveira e Lipatin a darem instruções em pé aos jogadores mais recuados do Marítimo, imaginem vocês.





A segunda parte começa praticamente com 3 falhanços monumentais da equipa visitante, um deles é culpa de FABIO, que depois de defesa aparatosa deixa que a bola sobre para um avançado Leiriense que não teve arte para finalizar frente à baliza completamente escancarada, não obstante lhe ter falhado a bola ressalta em Gregory sobra para um jogador mais recuado do Leiria, que novamente remata mas a bola teima em não entrar.



Logo de seguinda, o extremo visitante faz um remate imparável mas por infelicidade a bola bate no poste da baliza Maritimista.



A incredibilidade nas bancadas era demasiada, o sofrimento dos adeptos era demais evidente, os lenços brancos mostrados ao intervalo serviam agora para limpar a testa adornada pelos suores frios.



Aos 30 da segunda parte vem o volte face da coisa, o Marítimo parece acertar o jogo, o Leiria entra em desvario e o carril vira ferro alterando o sentido do comboio.



O Marítimo passa ao ataque, pergioso e venenoso, Marcinho faz a ala todo sozinho, contorna o lateral visitante e não marca golo por cm.



Logo de seguida, ARVID SMIT, que já jogava a lateral direito, ganha a bola a entrada do meio campo visitante, rasga para o meio e a entrada da área deixa a bola para DOUGLAS, o holandês isolado prefere cruzar, a bola encontra Laranjeiro que não perdoa o 2 golo do Marítimo. 80m da segunda parte.



2-1, incrível diziam alguns, vai ser sofrer até ao fim diziam outros.



O Leiria abre o peito, D. Paciência manda a equipa subir toda mas completamente ineficaz, nem um lance de perigo a relatar nos últimos 10m da partida por parte dos visitantes.



O Marítimo, à semelhança do Leiria no inicio do 2 tempo teve mais 3 oportunidades para matar o jogo, um delas foi impedida pelo guarda redes Leiriense, as outras duas foram por falta de eficácia dos finalizadores.



95m, final do jogo, vitoria do Marítimo.





Arbitragem:



João Vilas Boas, pese embora mal auxiliado, esteve bem ao ajuizar todos os lances da partida, não cometeu erros e sobe anular ânimos mais exaltados de parte a parte.



Melhor jogador do Marítimo:



Pela primeira vez não vou eleger ninguém, não gostei da prestação Maritimista, foi um jogo muito mau para ser verdade.



Pior Jogador:



Todos eles sem excepção, não houve um jogador que mereça um bom reparo da minha parte. A minha grande censura vai direitinha para o Marcos, mais uma vez, voltou a repetir o feito de PAÇOS DE FERREIRA de uma forma infantil e inexperiente, não lhe assenta nada bem e tem obrigação de nunca mais repetir aquilo, se 1 vez é muito duas são de mais.



Melhores momentos do jogo:



- A troca de bola rápida e ao primeiro toque do Leiria em alguns momentos do jogo;





- Uma jogada na ala, Marcinho faz tudo sozinho só não consegue finalizar;





- O falhanço memorável de Salusaki, sozinho a frente da baliza remata no chão a bola nem avançou 2cm, tirou alguns risos nas bancadas;





- A velhinha marcha do Marítimo, alusiva aos anos 60, já não tocava no estádio há muitos anos, foi bonito.


Piores Momentos do jogo:



-As escolhas de ULISSES MORAIS, incompreensível como se esqueceu de um trinco;





-Filipe Oliveira a jogar a defesa direito, o rapaz não tem culpa, mas fica a nota para Ulisses Morais;





-A entrega do “ouro ao bandido” de parte a parte, ora do Marítimo ora do Leiria, incompreensível em futebol profissional ;





-O ambiente de cortar a faca que só Ulisses consegue criar num estádio, nunca se viu nada assim nos Barreiros, os adeptos da mesma equipa discutem uns com os outros, é horrível;






-A atitude de Gregory, que passo a explicar nas curiosidades.



Conclusão:



De um jogo que se esperava “aberto e arejado”, sai o tiro pela culatra e tivemos um espectáculo pobre, lances falhados, passes sem nexo, desorientação, mas escolhas dos timoneiros, salva-se o resultado e a arbitragem, incrível.
O Marítimo desloca-se à Reboleira, vai jogar com uma equipa atacante, bem orientada com valores acima da média, alem disso desloca-se a Lisboa sem Marcos e com Diogo Valente em dúvida, duas peças fundamentais nesta equipa verde-rubra.

Neste momento o Marítimo encontra-se em posição Europeia, mas é um mero golpe de vista, se tivermos em conta as exibições tristes, precárias e medíocres mais vale não ir a lado nenhum.






Curiosidades:



Segundo parece, eu não assisti, durante o intervalo alguns adeptos que estavam na bancada nascente, oposta a minha, dirigiram-se à entrada dos balneários para mostrar o seu desagrado a Ulisses Morais, Gregory que vinha a conversar com o treinador dirigiu-se aos adeptos, mostrou-lhes um pisso e mandou-os calar. Na minha opinião, é uma situação censurável, o jogador não tem nada que se manifestar, nestas situações há que deixar os adeptos manifestar a sua opinião, deixar as declarações para o fim do jogo ou então fazer um comunicado oficial de repudio à situação.



Mais uma vez, virou-se o bico ao prego, durante 80m Ulisses foi devastado pelos comentários, gritos, apupos, lenços brancos nos quais eu me incluo, o pior é que mais uma vez, no fim, toda a gente se esqueceu disso e veio a ovação, ai já não me incluo, continuo a defender que Ulisses tem de sair urgentemente desta equipa, pura e simplesmente não cumpre os mínimo exigidos.



FORÇA MARITIMO…..




















O jogo da noite passada foi daqueles que mais vale apagar da memória. Tanto pelo resultado, como pela atitude demonstrada em campo. Sinceramente, gosto do futebol praticado pela UDL… muito podem dizer que não é espectacular, mas gosto. É limpinho e tem dado frutos.



A UDL foi ao Estádio dos Barreiros em 4.º lugar, com a ameaça do Marítimo, em caso de vitória (como acabou por acontecer), ultrapassá-la na classificação da Liga. E mais ainda, o Sp. Braga constituía outra ameaça. Todos os temores acabaram por se concretizar.



A UDL entrou melhor no jogo. Mas por obra do destino, Diogo Valente lesionou-se, e enquanto não era substituído, o defesa Marcos António marcou para os visitantes. Quis o destino (sempre este gajo!!) que também Ivanildo sofresse uma lesão e tivesse de ser substituído; entrou Paulo Machado para o seu lugar, e em boa hora, porque o miúdo mostrou serviço.



O jogo foi decorrendo com normalidade aparente. A UDL em vantagem, tentava dilatá-la, e o Marítimo tentava acalmar os nervos e equilibrar-se em campo. Até que ao minuto 30, o guardião Marcos agarra a bola fora da sua área e vê a cartolina vermelha. O guarda-redes reconheceu o erro e saiu rapidamente, sendo substituído por Fábio, que foi grande e impediu um desastre nos Barreiros.



Antes do apito para o intervalo, Grégory cabeceia muito bem, tendo a bola passado bastante perto da baliza de Fernando. Foi talvez um dos lances de maior perigo protagonizado pelos insulares. Pouquíssimos mintos depois, Mbesuma remata à figura de Fernando. E tantas vezes a jarra vai à fonte, que acaba por quebrar… e foi o que aconteceu: já nos descontos, Mbesuma faz o golo do empate, após cruzamento de Douglas.



O filme da segunda parte é uma coisa sem explicação. A UDL, mais uma vez, entrou melhor no jogo, mas só isso não chegou. Rossato, Harison e Paulo Machado foram os mais inconformados da equipa. Mas nem com as entradas de Cadu e Touré, dois avançados, o Leiria conseguiu marcar o golo da tranquilidade.



A melhor oportunidade de toda a segunda parte foi ao minuto 70, Fábio, sobre pressão, alivia mal um remate de Rossato, que sobra para Paulo Machado. Mesmo assim, Fábio consegue o inimaginável e defendeu muito bem.



Até que o Marítimo, mesmo em desvantagem numérica, conseguiu chegar à vitória com um auto-golo do defesa Nuno Laranjeiro.



Foi premiado com 3 pontos, não os melhores, mas aqueles que demonstraram maior sacrifícios e cabeça fria. Muitas coisas tem Domingos a rever, nomeadamente, o “laissez-faire” e o adormecimento precoce da equipa; as vitórias não podem ser dados adquiridos, têm de se saber conquistar. E por muito injusto que possa parecer, o Marítimo soube aproveitar.



Melhor Jogador:

Gostei da actuação de Rossato e de Paulo Machado. Ao primeiro só faltou o golo, apesar do 1.º golo ter sido do seu lado. Teve uma exibição segura e já se nota o entrosamento com os colegas.
Quanto ao jovem internacional sub-21, foi dos mais lutadores. Correu que se fartou e fez o que pôde. Se não fez mais, foi porque o rendimento da equipa também não dava.



Arbitragem:

A arbitragem, no geral, não foi má. Ficaram algumas dúvidas acerca de um ou outro lance, nomeadamente, se Renato teria ou não tocado o esférico com o braço, por volta dos 10 minutos do jogo. Nota suficiente para Vilas Boas.



Pontos positivos do jogo:

Houve algum? Vou tentar não ser tão radical… inicialmente, a equipa entrou bem na partida e estava a conseguir dominar, mas depois tudo se alterou.



Pontos negativos do jogo:

Por onde vou começar: estávamos a jogar contra 10 e em vantagem no marcador. Fomos perder por 2-1. Estávamos em 4.º lugar; agora estamos em 6.º. A exibição foi a roçar o mau e a atitude descontraída dos leirienses irritou-me até à medula. Podia continuar, mas é melhor parar por aqui, pois continuo a ser uma das (poucas) apoiantes da equipa e já bastam os outros para meterem os rapazes abaixo.




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