Estádio: Estádio da Luz
Espectadores: 35.000
Árbitro: Paulo Paraty (Porto)
SL Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Anderson e Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis e Simão, Nuno Gomes e Miccoli.
Treinador: Fernando Santos. Jogaram ainda: Dérlei, Paulo Jorge e Jõao Coimbra.
Paços de Ferreira: Peçanha, Mangualde, Geraldo, Luiz Carlos e Antunes, Paulo Sousa, Edson, Fahel e Elias, Cristiano e João Paulo.
Treinador: José Mota. Jogaram ainda: Leanderson, Ricardinho e Mojica.
Bom jogo de futebol, que terminou com a vitória benfiquista, mantendo assim a invencibilidade no Estádio da Luz. O Paços bateu-se bem, mas não teve argumentos para contrariar o Benfica.
O Benfica teve um início de jogo bastante forte, e isso reflectiu-se no golo marcado cedo, e nas oportunidades criadas nos primeiros minutos de jogo. Fernando Santos fez apenas uma alteração, em relação ao jogo de Bucarest, deixando Dérlei no banco, voltando Nuno Gomes á titularidade. No lado do Paços, Cristiano, autor do golo frente ao Sporting na passada jornada, foi titular, ao lado de João Paulo.
O Benfica entrou forte e começou logo a criar perígo, e Simão aos cinco minutos teve o primeiro lívre da partida, mas a bola acabou afastada por João Paulo. Três minutos depois, o capitão abriu o marcador, na sequência de um lívre directo, castigando falta sobre Karagounis. Bem ao jeito de Simão, descaido para a esquerda, a bola entrou sem hipoteses para Peçanha, que estava relativamente mal colocado na baliza.
O Benfica continuou a pexercer bastante pressão sobre a defesa do Paços, pricipalmente através de um endiabrado Simão, que arrancou um cartão amarelo a Elias.
O Paços de Ferreira, um pouco atordoado pela entrada encarnada, apenas conseguiu fazer uma jogada aos 16 minutos de jogo, através de Edson, que conseguiu furar bem entre dois jogadores benfiquistas e depois caiu reclamando falta, mas o árbitro nada assinalou.
O Benfica continuou apressão, e teve duas excelentes oportunidades para mapliar a vantagem, através de Nuno Gomes e Miccoli, com o internacional português a rematar forte, mas ao lado, e depois o italiano a proporcionar uma excelente defesa a Peçanha, depois de bem desmarcado por Simão. Adivinhava-se o segundo do Benfica, que não tardou muito, pois ao 33 minutos, Nuno Gomes, num remate pleno de oportunismo apontou o 2-0 e acabou com uma série de jogos sem marcar, que vinha a estender-se desde Dezembro. A jogada é inicíada em Karagounis do lado esquerdo, que driblou várias vezes Elias e arrancou um cruzamento milimétrico, com Nuno Gomes a antecipar-se a Luiz Carlos e rematar sem hipoteses para Peçanha.
Estranhamente, o Benfica depois do 2-0, baixou a intensidade do seu futebol, e permitiu ao Paços que subisse no terreno. Neste período o Paços teve excelentes oportunidades de marcar, mas Quim conseguiu evitar o golo o mais que pôde, primeir a remate de Edson aos 35 minutos de jogo e depois já perto do intervalo, num remate á meia volta de Geraldo, de fora da área, com o guardião encarnado a desviar para canto. Do canto, surgiu o golo do Paços, com alguma confusão dentro da área benfiquista, e a bola a sobrar para Fahel marcar.
O intervalo chegou segundos depois, e deixava antever uma segunda parte difícil para o Benfica, caso não altera-se a sua forma de jogar.
E como se esperava, o Paços tentou forçar o empate e teve uma excelente ocasião logo na reabertura do jogo, para o conseguir. Fahel, conseguiu passar por Luisão junto á linha lateral, embora me tenha parecido em falta, e entrou na área do Benfica, servido João Paulo que estava lívre de marcação. O remate do jogador pacense saiu rente ao poste da baliza do Benfica, com Quim batido. Luisão foi tirar satisfações com Paraty e viu o amarelo que o deixa de fora da partida com o Aves.
José Mota apostou no ataque e aos 63 minutos retirou de jogo Fahel e fez entrar Leanderson, mas sería o Benfica a marcar o terceiro golo, minutos depois. Jogada de Miccoli do lado esquerdo do ataque, com o italiano a fazer um centro-remate de forma acrobatica fazendo passar a bola por cima de Peçanha. A bola encaminhava-se para a baliza, mas Simão, por via das dúvidas, foi lá confirmar o golo com a cabeça. Os jogadores do Paços ficaram a reclamar fora de jogo, mas nada foi marcado, e o Benfica caminhava assim para a vitória.
Até ao fim, o Paços voltou as dispôr de uma excelente oportunidade para marcar, mas Edson, só com Quim pela frente, desperdiçou.
O Benfica continuou a procurar mais um golo, mas o duelo entre Miccoli e Peçanha, foi ganho pelo guardião mais uma vez, ao minuto 80, com o guarda-redes a fazer mais uma boa defesa a remate do italino. Luisão já perto do fim tentou a sua sorte de longe, mas o remate saiu desenquadrado com a baliza.
O jogo terminou pouco depois, com o Benfica a manter a boa série de vitórias em casa, sendo que é, a par deste Paços, o único clube que ainda não foi derrotado no seu estádio. Com este resultado, o Benfica consolida o segundo lugar e continua a perseguir o FC Porto.
O Melhor em Campo
Simão. Esteve endiabrado, e vem confirmando o excelente momento de forma que está a passar. Marcou dois golos, colando-se assim a Postiga no topo da lista dos melhores marcadores, assistiu os seus companheiros de forma mortifera ( lance de Miccoli no primeiro tempo) e conseguiu arrancar dois amarelos aos jogadores do Paços, por faltas cometidas sobre ele.
O Positivo do Jogo
*Esta vitória foi muito importante, pois permitiu aos encarnados manter os quatro pontos de atraso para o FC Porto, continuando a fazer pressão sobre os dragões, e permitiu também afastar-se do Sporting, beneficiando do empate dos leões na passada 6ª Feira.
* A assistência e o apoio do público encarnado. Cerca de 35 mil pessoas num jogo televisionado, e numa segunda feira, as 20:30 da noite, revela uma excelente relação entre público e equipa, fundamental para alcançar bons resultados.
O Negativo do jogo.
* O abrandar do futebol encarnado depois do segundo golo, permitiu ao Paços acreditar e conseguir marcar um golo. Esse abrandar podería ter efeitos nefastos, caso João Paulo tivesse marcado o golo da igualdade na reabertura do jogo.
* A atitude de Karagounis ao ser substituido, revela alguma falta de companheirismo entre ele e o treinador. Karagounis estava a ser dos melhores, é certo, mas já tinha dado tudo o que podería dar ao jogo. Estava na altura de ceder o lugar e há que saber aceitar esse facto.
O Árbitro.
Paulo Paraty, não teve um jogo difícil de apitar. Teve algumas falhas, como por exemplo deixar Elias em campo, que fez duas faltas sucessivas para expulsão, mas no geral teve uma boa apreciação dos lances. Os auxiliares também estiveram bem, pricipalmente na apreciação dos foras de jogo retirados ao ataque encarnado. Foram ao milimetro, mas foram bem assinalados.
Sem comentários:
Enviar um comentário