quinta-feira, junho 28, 2007
Copa América 2007 - Grupo B
A primeira jornada deste grupo B oferecia-nos um apetecível Brasil-México que não defraudou expectativas e que nos proporcionou uma das surpresas desta primeira jornada, com os mexicanos a baterem a selecção canarinha por 2-0. Entretanto, antes dessa partida, um jogo intenso e com emoção até final entre Chile e Equador, termnou com a vitória dos primeiros por 3-2.
No primeiro jogo da noite, disputado em Quito, o Chile bateu o Equador por 3-2, num jogo absolutamente fantástico, com alterações no marcador e incerteza até final da partida.
O jogo iniciou-se com bastante ritmo e com ambas as equipas à procura da vitória. Nos primeiros 23 minutos assistiu-se mesmo a um jogo electrizante com 3 golos.
A primeira equipa a marcar foi a do Equador, aos 15 minutos de jogo, por intermédio de Valência, numa bela jogada do meio campo equatoriano.
Os chilenos reagiram de imediato, principalmente por intermédio de Suazo, o jogador mais inconformado da equipa. E pouco depois, aos 21 minutos, com um belo remate de fora da área o avançado chileno acabaria mesmo por empatar a partida.
Foi no entanto sol de pouca dura, uma vez que 2 minutos depois, Benitez aproveitaria um adormecimento completo a defensiva chilena que permitiu ao Equador restabelecer a vantagem anteriormente conquistada.
No tempo restante desta 1ª parte as duas equipas acabaram por equilibrar a contenda, embora o Chile tenha maior posse de bola e controlo do jogo, situação de jogo mais consentida pelo Equador do que conquistada pelos chilenos.
Na segunda parte esperava-se uma reacção do Chile, mas foi o Equador a ter 4 oportunidades claríssimas para golo, com um endiabrado Benitez, com uma bela exibição do guarda redes chileno a evitar males maiores para a sua defesa.
Entretanto, aos 79 minutos, e quando o jogo estava a ser completamente controlado pelo Equador, o Chile consegue empatar a partida, no segundo golo da noite de Humberto Suazo, que assim restabelecia a igualdade.
E o impensável aconteceu mesmo a apenas 3 minutos dos 90. Villanueva marcaria o golo da reviravolta chilena frente ao Equador. Um resultado com um certo sabor a injustiça, mas a velha máxima do futebol por vezes acontece: "Quem não marca, arrisca-se a sofrer..."
No jogo grande da noite, o México surpreendeu tudo e todos batendo a selecção canarinha por duas bolas a zero.
O jogo iniciou-se com um golo (mal) anulado ao ex-portista Diego logo aos 6 minutos. O Brasil entrou muito forte e nos primeiros 15 minutos encostou a selecção mexicana na sua defensiva.
Eram jogos 22 minutos e eis que o primeiro grande momento da noite surge. Um fantástico trabalho de Nery Castillo, jogador do Olympiakos, com o pé esquerdo bateu o desamparado Doni, que substituiu Helton na baliza da canarinha.
Mas o escândalo iria continuar pouco tempo depois. Aos 29 minutos, Morales, na sequência de um livre directo, colocaria o México com 2 golos de vantagem, num lance em que me parece mal batido o guarda redes brasileiro.
No tempo restante da primeira parte apenas Robinho ia tentando remar contra a maré numa equipa brasileira completamente amorfa e sem reacção aos acontecimentos.
Na segunda parte Dunga optou por meter logo após o descanso o "mágico" Anderson e Afonso Alves. Retirou Diego (muito mal) e Elano (jogou?). A equipa agora conseguia ter além de um fantástico Robinho, um Anderson que trouxe inegável qualidade ao meio campo ofensivo brasileiro.
De facto, o Brasil dispôs nesta segunda parte de 4 flagrantes oportunidades de golo. Uma bola no poste, uma bola na barra e duas bolas salvas sobre a linha de golo. Isto além de 2 ou 3 grandes intervenções do guarda redes mexicano.
No entanto, os brasileiros não conseguiram marcar um único golo e o México podia até, no último segundo de jogo, acentuar o resultado histórico (primeira vitória do México sobre o Brasil na Copa América) obtido. Uma perdida inacreditável do avançado Nery Castillo, de baliza completamente escancarada que assim não conseguiu fixar o resultado numa derrota muito pesada.
O resultado final pode não parecer justo pela quantidade de oportunidades que o Brasil acabou por criar na segunda parte, mas uma equipa deve ser uma equipa e não depender apenas do génio de um ou dois jogadores. O que se assistiu foi a um Brasil irreconhecível onde apenas Robinho e Anderson estiveram à altura do prestígio da canarinha. Sendo assim, na minha opinião, o resultado acaba por ser justíssimo.
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