Estádio: Varzim SC
Assistência: +/- 2000 espectadores
Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto)
Varzim: Bruno Conceição; Pedrinho, Nuno Gomes, Alexandre e Telmo; Tito, Pedro Santos (Emanuel, 59'), Marco Cláudio (Malafaia, 40'); Candeias (Yazalde, 70'), Chico, Roberto
Marcadores: Roberto (80'), Chico (85')
Freamunde: Tó Figueira; Cuco, Nelson, Marcão (Coelho, 36'), Heslley; Rui Costa, Brandão, Traoré, Nemouthé (Milton, 66'); Evandro, Bock (Miguel, 77')
Ao intervalo: 0-0
Disciplina
Cartão Amarelo a Heslley (12'), Nuno Gomes (23'), Coelho (43'), Chico (56'), Traoré (69')
Aquilo que o Varzim prometeu na primeira parte, materializou na segunda.
Ante um Freamunde, por sinal muito limitado para aquilo que se pede a uma equipa deste escalão, a turma poveira foi sempre melhor... mas na etapa inicial faltou sempre qualquer coisa.
Ou se perdia tempo e espaço com mais uma fintinha, ou os jogadores queriam levar a bola para casa ou simplesmente os remates não levavam destino de golo.
Houve inclusive unidades fundamentais da manobra ofensiva cujos rendimentos na primeira parte deixaram muito a desejar. Refiro-me a Chico - que, apesar de voluntarioso, não conseguiu fazer quase nada - e a Roberto - que teve pelo menos duas boas chances de fazer a festa mas errou o alvo... isto quando não era apanhado em fora de jogo, o que aconteceu várias vezes ao longo do encontro. Ao contrário, o jovem Candeias assumiu os comandos do ataque pelo lado direito e foi um dos melhores em campo. Rapidíssimo de pernas, com um sentido de domínio do esférico absolutamente notável, o #11 trocou completamente as voltas aos defesas do Freamunde. Teve nos pés uma boa oportunidade para abrir o activo... minuto 10, posição frontal à baliza de Figueira... a bola passou ao lado. Mas a sua tarefa fundamental era mesmo assistir.
Cruzou, cruzou e cruzou... mas estava escrito... na primeira parte havia de ser 0-0.
Do outro lado, os 'capões' montaram um esquema marcadamente defensivo, e perigo só mesmo em contra-ataque.
Mas se duas ou três situações preocupantes criaram, já foi muito... Bruno Conceição não teve de trabalhar muitas vezes.
Foi com nulo no marcador que se atingiu o intervalo e foi com nulo que se chegou quase ao fim do encontro. Pelo meio fica uma segunda parte em que foi tudo nosso. O Freamunde encostou todo aos últimos 20 metros e nem um único contra-ataque.
A equipa do Varzim estava completamente espalhada no campo e o massacre era constante e absoluto. Mas faltavam os golos!
O jogo caminhava do meio para o fim e já eu a pensar que esta seria mais uma crónica em que teria que dizer que o Varzim jogou muito mais, mas simplesmente não conseguiu rebentar com o autocarro que o adversário pôs à frente da baliza.
Até que entra Yazalde. O jogo ficou eléctrico!
O jovem avançado, chamado ao último estágio da selecção sub 19, foi decisivo na construção do triunfo.
Deu um ar da sua graça assim que entrou... ao ir à linha, pelo lado esquerdo, e a cruzar para Roberto que errou o tempo de salto e falhou o golpe de cabeça que poderia abrir o marcador.
O Freamunde podia considerar-se avisado. O golo estava por minutos.
E assim foi: aos 80, Yazalde esgueirou-se até à linha de fundo, assistiu Roberto que, de cabeça, enviou (mais em jeito do que em força) a bola lá para dentro. Um golo com responsabilidades para o guardião do Freamunde que se fez ao lance tarde de mais.
O ESTÁDIO EXPLODIU DE ALEGRIA!!!
Foi um orgulho enorme ver um miúdo da casa a sacar um lance de génio daqueles e a assistir um companheiro para o tão merecido golo.
Foi a primeira pedrada no autocarro do Freamunde. E isso teve consequências imediatas: os visitantes acusaram o nervosismo da desvantagem e abriram o jogo para correrem atrás do prejuízo.
Resultado? Levaram que contar outra vez. Cinco minutos depois do primeiro golo, Emanuel recebe a bola à entrada da área, descaído sobre a direita, e chama Figueira para fora dos postes. O #7 varzinista viu Chico isolado, em posição regular e sem oposição dos centrais do Freamunde, isolou o #25 que de baliza aberta só teve que encostar para o 2-0 final.
MELHOR EM CAMPO: Yazalde - entrou a 15 minutos do fim... foi o suficiente para ligar o ataque do Varzim à corrente. Ao assistir Roberto para o primeiro, abriu caminho ao triunfo alvi-negro.
ARBITRAGEM: Jorge Sousa não teve nenhum erro digno de ser baptizado de CASO DO JOGO, mas errou táctica e disciplinarmente em alguns casos.
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