Idade: 25 anos
Posição: Lateral Esquerdo
Naturalidade: Lisboa
Altura: 1,72m
Peso: 68 kg
Internacionalizações: 1 - (Estreia: Liechtenstein - Portugal)
Estreia na 1ª Liga: Benfica 3 – 0 E. Amadora (02/02/2000)
Treinador que o lançou na 1ª Liga: Jupp Heynckes
Títulos: não tem.
E aproveitando o seu grande momento de forma e o seu, inesperado regresso à selecção, esta semana convido-vos a conhecer a carreira de Jorge Ribeiro.
Este polivalente jogador está a realizar um campeonato surpreendente. Depois de muitos problemas indisciplinares, poderá ser esta a retoma de Ribeiro a uma carreira que muitos apontaram como sendo bastante promissora. Com um pé-esquerdo de fazer inveja a muitos, tem uma excelente qualidade de passe que faz com que Pacheco o use no meio-campo. Acrescenta ainda mais velocidade e qualidade ao jogo atacante de qualquer equipa, com cruzamentos mortíferos.
E esta carreira não poderia começar melhor. O Benfica foi o clube que viu o seu irmão (Maniche) crescer, e foi também o clube que contou com Jorge Ribeiro nas suas fileiras. Sempre internacional pelas camadas jovens da selecção portuguesa, o lisboeta estreou-se na liga em 99/00, época em que alternava entre a equipa A e a B da equipa da Luz. Nos dois anos seguintes assim manteve esse estatuto, porém teve um pelo meio um empréstimo ao Santa Clara, onde pouco fez. Pelo meio foi treinado por Mourinho, e viu o seu irmão ser bastante mal tratado na Luz. Aliás, queixou-se de ter esse mesmo tratamento.
Na época 02/03 muda de vida, e assina pelo Varzim. Afirmou-se na altura que o lateral tinha assinado contrato com o Porto, mas tal não se sucedeu. Ficou na equipa nortenha durante duas épocas, sendo até ao momento o auge da sua carreira. Desceu de divisão em 02/03, mas por lá manteve-se e ganhou notoriedade.
Em 04/05 assina pelo Gil Vicente, naquela que foi a equipa mais cara do clube de Barcelos. Mas foi aí que começou o declínio da sua carreira. Depois de uma primeira volta em que o clube não se deu tão bem como o esperado, Jorge Ribeiro abandonou o clube sem mais nem menos. Não deu satisfações a ninguém, e muitos dizem que foi o seu empresário que forçou a saída, pois no Gil Vicente não iria a lado nenhum. E por cá andava um russo a comprar a torto e a direito, falo do Dínamo de Moscovo.
O seu irmão Maniche, tinha assinado nesse mesmo Inverno, contrato com os russos, e logo a seguir foi Jorge Ribeiro atrás, pensando que seria o maior passo da sua carreira. E foi, mas para trás.
Depois de muito pouco utilizado, e na altura em que quase todos os portugueses saíam do clube russo, que atravessava uma grave crise de resultados, Jorge Ribeiro é emprestado ao Málaga, de Espanha. Uma tentativa de relançar a sua carreira. Jorge tinha apenas 23 anos, mas apenas passou seis meses no clube. (época 05/06)
Mas nem tudo foi mau, no tempo em que teve em Moscovo. Conseguiu estrear-se ao serviço da selecção nacional, naquele empate doloroso frente à amadora selecção do Liechtenstein, para nunca mais integrar uma convocatória.
No início da época 06/07, Jorge Ribeiro estava sem clube. O Dínamo não o queria e mantinha-o de fora. O lateral nem queria acreditar que a decisão de deixar o país poderia tornar-se tão má.
A meio da temporada regressa ao país, juntamente com Nuno e Moreira, para ingressarem nos Desp. Aves. Uma oportunidade que Jorge Ribeiro não desaproveitou, fazendo boas exibições quer a lateral, quer a médio. Muito raçudo e esforçado, o lateral demonstrava que, com 25 anos tinha muito para dar ao nosso futebol.
Os avenses desceram de divisão, demonstrando sempre uma fraqueza de qualidade enorme.
Jorge Ribeiro fica sem clube definitivamente. Era o momento de saber escolher o próximo clube. Depois de recusar algumas propostas, assina pelo Boavista no último dia das transferências. A equipa do Bessa, apesar das dificuldades, foi o clube que Jorge pensou ser o melhor para relançar a carreira, e para já a nota tem sido bastante positiva. Desde que chegou foi sempre titular, mais a médio que a lateral, e acrescentou mais vivacidade, qualidade e velocidade ao estilo de jogo do Boavista… e a inesperada chamada de Scolari ajuda a demonstrar que as portas estão novamente abertas para Jorge Ribeiro.
Se for esperto e se aprendeu com os erros, o lateral da família Ribeiro pode-se tornar um internacional assíduo e uma referência no nosso futebol. Não há laterais-esquerdos, por isso Jorge agarra esta oportunidade com unhas e dentes!!
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