Estádio da Luz, em Lisboa
Assistência: 44 mil espectadores
Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Benfica: Quim, Maxi Pereira, Luisão, Edcarlos e Léo; Katsouranis, Binya, Rui Costa, Di María e Rodríguez; Cardozo.
Suplentes: Butt, Luís Filipe, Zoro, Miguelito, Adu, Bergessio e Coentrão.
Treinador: José Antonio Camacho.
Marítimo: Marcos, Ricardo Esteves, Ediglê, Van der Linden e Evaldo; Wênio, Olberdam, Mossoró e Marcinho; Makukula e Kanu.
Suplentes: Marcelo, Briguel, Fernando, Luís Olim, Sidnei, Djalma e Bruno Fogaça.
Treinador: Sebastião Lazaroni.
Opinião do adepto Benfiquista - POR PAULO MATIAS

Até que após o primeiro golo do Marítimo com culpas para o mau posicionamento de Quim (ainda deve estar a pensar porque saiu de casa...) e o golo da igualdade obtido por Cardoso na conversão de uma grande penalidade, surge o lance que alterou por completo o jogo, na minha opinião o lance capital da partida! Quim comete grande penalidade sobre Kanu e é expulso, Camacho retira Ed Carlos e lança Butt para defender o penalty!!
Com isto Katsouranis anulou Makukula e ainda apoiou decisivamente os lances ofensivos encarnados, Luisão soltou-se da marcação ao Luso Congolês e partiu para uma exibição imaculada, e claro, o efeito de um penalty falhado pelo adversário assume sempre capital importância... Quase esquecemos que o Benfica jogou com menos 1 durante 1 hora...
Ao intervalo Camacho volta a mexer bem na equipa, lança Luis Filipe que contribuiu decididamente para os melhores 10’ do Benfica esta época, um reinicio de partida dominador do Benfica com destaque para o perigo que veio do flanco direito!
Qual é o adepto que não gosta de ver um jogador suar até à ultima gota com a camisola do seu clube vestida? Os do Benfica não fogem à regra, vou fugir ao cliché do jogador à Benfica ou jogador à Porto ou seja o que for, é o jogador do adepto! Cristian Rodriguez encarna na perfeição este tipo de jogador, fantástico a forma como se entrega durante os 90’, apesar de alguma contenção no inicio das partidas não lhe fazer mal nenhum de forma a chegar inteiro ao fim... Outros haveriam que pela sua importância nesta partida mereciam a distinção de melhor em campo, mas o Uruguaio por ser o jogador do adepto merece-a mais do que ninguém!
O público merece também uma nota positiva, perdoem-me a falta de humildade, mas considero que um bocadinho da responsabilidade pela defesa de Butt na grande penalidade pertence-me a mim, assim como a todo o estádio da Luz... Ficámos todos nós (os presentes no estádio) com a clara sensação que foi uma defesa do público!
Opinião do adepto verde-rubro POR MIGUEL PEREIRA

O Marítimo é um caso que se adequa totalmente à minha frase anterior. Há muitos anos que ambiciona estar ao nível dos grandes, mas não tem tido treinadores “COM TOMATES” para arriscarem nos principais palcos do país.
Sebastião Lazaroni é um desses treinadores, com pouca ambição. Apenas mais um...
Hoje com mais um jogador não teve aquela dose de ambição que distinguem os grandes treinadores e, portanto, o Marítimo perdeu uma oportunidade de vencer na Luz.
Como é se explica que aquando da lesão de um avançado, e a jogar com mais um jogador, opte por colocar um defesa?
Como é que se explica que depois de estar a perder um treinador fique estático como se nada se passasse e não mova uma palha no banco de suplentes?
Para juntar à falta de ambição do treinador, só faltava o desnorte da linha média maritimista. Sem Bruno, não havia ninguém para organizar e pautar o jogo. Wênio, não percebo porquê, já não é aquele jogador influente que foi em tempos. Nesta altura, pergunto: “Porquê a dispensa de Arvid Smit”. O jogador holandês é semelhante a Bruno na forma de jogar e poderia ter sido útil neste jogo. Provavelmente, o meio-campo não seria uma ribeira, nem o Benfica teria tanta superioridade atacante.
Não percebo sinceramente estes critérios para se escolher capitães de equipas. Escolhe-se dois jogadores que percebem pouco da mística do clube em detrimento de outros que já estão cá há alguns anos, como Marcos, que foi o capitão durante toda a época passada, ou Wênio, que está na Madeira desde a época 2002/2003.
Nos momentos em que a equipa pareceu estar a controlar o jogo, a sector mais recuado tinha que cometer erros estúpidos. A grande penalidade cometida por Ricardo Esteves é das piores burrices que pode haver no futebol, enquanto que não cabe na cabeça de nenhum maritimista como é que Wênio não alivia convenientemente a bola e como é que a defesa é tão permissiva no lance do golo de Freddy Adu, que acabou por dar a vitória ao Benfica.
Depois há igualmente aquelas oportunidades caídas do céu, como o penalty a favor do Marítimo, que não foi aproveitado. Realce-se que Lazaroni havia dado a ordens a Makukula para não marcar o castigo máximo – penso que seria Kanu a fazê-lo –, porém, o jogador luso-congolês, que, por ser Internacional por Portugal, já anda com manias de vedeta, não respeitou o treinador e acabou por falhar esta excelente oportunidade.
Até nem culpo o avançado por ter falhado o penalty, pois houve mérito na forma como Butt o defendeu. Contudo, se havia ordens para outro jogador converter a penalidade, havia que respeitar. Daqui podemos denotar que pode haver muita amizade no balneário verde-rubro, mas falta alguém com mão de ferro e que se assegure que as ordens são respeitadas.
Após tantas críticas é difícil eleger um melhor jogador entre os maritimista. Todavia, a minha escolha recai sobre Kanu, não só pela subtileza e, ao mesmo tempo, frieza pela forma como bateu Quim, mas sobretudo pela entrega que teve durante todo o jogo.
Concordo com Lazaroni – depois de muito o criticar – quando diz que a equipa de arbitragem foi a mais fraca do encontro. Não obstante ter estado bem nos lances capitais da equipa – as duas grandes penalidades –, Pedro Proença foi de uma dualidade de critérios impressionante. Muitas vezes os jogadores vestidos de laranja caíam e o árbitro não assinalava nada. Contudo, quando o jogador de vermelho caía, numa jogada igual, era logo assinalada falta. Enfim, algo perfeitamente normal no futebol português. Nem sei por que razão estou a falar disto!
Não foi por aí, no entanto, que o Marítimo perdeu o jogo. Foi, como já referi, pela falta de ambição do seu treinador e pela ribanceira no meio-campo verde-rubro. Embora considere que o empate seria o resultado mais justo, penso que a vitória premeia a equipa que teve mais garra para vencer.
Fotografias gentilmente cedidas pela City Files
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