segunda-feira, outubro 08, 2007
Leões Das Ilhas Vs Sardinhas Enlatadas
Estádio: Regional dos Barreiros
Jogo: C.S. Marítimo Vs. Vitória F.C
Publico: 9200 pessoas
Árbitro: Olegário Benquerença
Marítimo: Marcos; Ricardo Esteves, Ediglê, Fernando e Evaldo; Olberdam; Marcinho, Bruno e Fabio Felicio (Márcio Mossoró, 71m); Kanu (Djalma, 71m) e Makukula.
V. Setúbal: Eduardo; Janicio, Auri, Robson e Adalto; Elias; Sandro, Ricardo Chaves e Paulinho (Bruno Gama, 62m); Matheus (Filipe, 90m) e Edinho (Leandro, 80m).
Opinião de um Marítimista
Foi num estádio praticamente cheio e a fazer lembrar os velhos tempos, que o Setúbal entrou no relvado em posição de visitante.
Quando se pensava que íamos assistir a um jogo fluido, de parte a parte, e a um futebol de qualidade, bastaram 5' para entender que o tédio ia assombrar aquela gente toda.
Culpa de quem? Podemos dizer que de todos!
Um Marítimo lento e completamente descaracterizado daquilo que vem sendo habitual, entrou em campo para tentar furar um Setúbal que defendia “A LA GREGA” quero com isto dizer, em 11 jogadores 10 defendiam e um saia ao ataque.
O árbitro deu a sua ajuda ao mau espectáculo. Olegário foi um autêntico tampão de futebol. Estavam decorridos 10' de jogo e já tínhamos assistido a 9 faltas marcadas, uma por minuto, das quais 2 foram reais e uma delas daria posse de bola aos visitantes. O Árbitro tapou literalmente a fluidez futebolística assinalando falta a todos os contactos físicos dentro de campo.
Durante a primeira parte foi o Marítimo a equipa mais ofensiva, não obstante não ter conseguido grandes oportunidades de golo, lá foi tentando bater a defesa Setubalense que marcava homem a homem e com dois para 1. Grande mérito para Carlos Carvalhal que conseguiu de facto fazer com o Marítimo se perdesse em desespero nas tentativas de rasgar a sua dupla barreira defensiva. Por outro lado, mostrou uma ponta de idiotice ao não arriscar as subidas à área Verde-rubra, isto porque no centro da defesa estava a titular o frágil Fernando.
O Intervalo dava o nulo de jogo, futebol, resultado, emoções, golos e oportunidades.
A segunda parte traria mais emoção, comentava-se nas bancadas, mas afinal foi mais do mesmo, a única coisa que mudou em relação à primeira parte foram as substituições de parte a parte. MOSSORÓ e DJALMA, nada trouxeram de novo ao Marítimo, enquanto que do lado dos visitantes BRUNO GAMA entrou determinado a mudar a apatia defensiva dos de Setúbal.
Alguns lances de perigo junto das balizas, dois deles proporcionados por Makukula que podia ter marcado, só não o conseguiu por mérito da defesa setubalense e do Guarda-redes que fez uma defesa impossível a remate da sua autoria.
Do lado Setubalense, 4 lances dignos de comentário. Um remate cruzado de Matheus que passou a centímetros do poste de Marcos, um remate frontal de Edinho (LIVRE DIRECTO) que obrigou Marcos a ter de se aplicar, um cabecamento mal feito mas que causou perigo e, antes de cair o pano, a defesa da Tarde, Marcos com a ponta dos dedos tira o golo do chapéu de Ricardo Chaves.
Foi o fim do jogo...
Melhor jogador do Marítimo:
Olberdam, sem dúvida, o jogador lutou inconformado com a postura dos visitantes, raramente falhou uma intercepção e jogou sempre em prol da equipa, teve um mau momento que proporcionou o lance de maior perigo do Setúbal, mas errar é humano e é por isso que os lápis trazem borrachas na cabeça...
E o pior jogador do Marítimo foi sem dúvida Marcinho, fez um jogo para esquecer, não obstante ter sido ele o jogador que mais lances bonitos fez, na hora da verdade (PASSE) a bola acabava nos pés do adversário infantilmente, alem de que não auxiliou a defesa uma única vez.
Olegário Benquerença e a pandilha de “internacionais” que o acompanhou foram sem margem para dúvidas a pior equipa em campo. Assinalavam falta a tudo o que era contacto físico, tentaram impor uma autoridade ridícula ante os treinadores de ambas equipas, interrompendo o jogo por 2 vezes para chamar à atenção alegadamente aos timoneiros das duas equipas, quando essa é a função do quarto árbitro. Assinalaram um fora de jogo ao Setúbal, durante um lance ofensivo do Marítimo (MOMENTO HILARIANTE DA TARDE) tão ridículo que até os jogadores do Marítimo deram a bola ao Setúbal convencidos que tinha sido falta a meio campo. E, o MOMENTO GATO FEDORENTO DA TARDE, quando Ricardo Esteves corria em direcção da baliza de Eduardo numa tentativa de se desmarcar, o passe de Bruno acertou nas costas do jogador e sobrou para o Lateral do SETÚBAL, tendo o arbitro interrompido o jogo para mostrar amarelo a RICARDO ESTEVES por uma hipotética MÃO.
Um autêntico FREAK SHOW motivado por uma incompetência gritante de Olegário e sua Banda, que acabou por beneficiar quem defendeu (SETUBAL) mas não intencionalmente porque o Setúbal também foi prejudicado em alguns lances, interrupções atrás de interrupções...
O Marítimo foi anulado pelo pendor defensivo do Setúbal que apareceu covardemente recolhido. Uma má opção do técnico Carlos Carvalhal, dizem os que gostam de futebol, boa opção para aqueles que querem pontuar custe o que custar, não obstante o Marítimo ter baixado de forma neste jogo, mostrou que tem maturidade para aguentar a pressão de equipas com o calibre defensivo equilibrado.
Carlos Carvalhal deve ter ido no avião a pensar que se calhar, mais valia ter arriscado desde inicio, porque no fim quando Bruno Gama trouxe futebol aos Sadinos o Setúbal mostrou que se atacar pode ser perigoso.
O empate é mau para os adeptos mas é bom para as contas de ambas as equipas, o jogo acabou por deixar o Marítimo na segunda posição. Vem ai o frágil SLB, vamos lá ver se conseguimos pontuar fora de casa.
Aviso à Navegação:
MAKUKULA, mais uma vez viu um cartão amarelo por uma infantilidade gritante, à primeira afastou a bola do adversário depois do apito do Árbitro, foi avisado, 5' depois faz a mesma coisa e leva amarelo. Este gajo tem um juízo desproporcional ao tamanho físico, só pode, pois é a segunda vez que vê um cartão amarelo por uma estupidez.
Opinião de um Vitoriano
Tarde cinzenta no Funchal; Jogo cinzento; Arbitragem cinzenta. Esperava-se muito deste jogo. Por um lado o Marítimo que ganhou todos os jogos em casa, que tem um frente de ataque com veia goleadora, e do outro lado, os visitantes de Setúbal, invictos até à altura, sendo claramente a surpresa do campeonato até agora.
A tarde cinzenta pareceu contagiar as equipas, que apresentaram um futebol muito apagado, sem ponta de emoção. Tudo começou muito morno, e a primeira parte....primeira parte? Nem sei se jogaram durante os primeiros 45 minutos. Nem uma oportunidade digna de eu poder descrever... O Vitória armou um autentico muro no seu meio campo, e o marítimo não encontrava soluções se não de rematar de longe...remates que foram sempre ao lado. Valeu o facto de eu ouvir o relato na rádio, já que não houve transmissão televisiva. Sempre é mais emocionante. Pelo menos parece...
A segunda parte iniciou como acabou a primeira... Mas aos 56 minutos finalmente o primeiro sinal de perigo. Makukula de cabeça obriga Eduardo a uma excelente defesa. Os adeptos puxavam pela sua equipa, mas o Vitória despertou e tentou reagir, e bem. Duas grandes oportunidades e uma contínua pressão na equipa que segurava o 2º lugar. Até ao fim do jogo uma ou outra oportunidade, mas nada de especial.
17:50h.... e o apito final. Um alivio para os jogadores, adeptos e para aqueles que perderam quase 2 horas a ouvir um relato sem emoção e pior: sem golos. Jogo fraco. Nenhuma equipa mereceu vencer, daí o empate se ajustar. Até porque o resultado (0-0) mostra como foi o jogo.
A arbitragem....enfim, já elogiei, já critiquei e infelizmente terei de criticar de novo. Dualidade de critérios....poucos amarelos mostrados para as faltas cometidas, em especial dos sadinos. Vá lá que não interferiu directamente no resultado. Menos mau.
Patrão da defesa. Serenidade. Voz de comando. Beckenbauer? Não. Auri! Grande jogo deste central que mais uma vez mostrou toda a sua qualidade. Não passou nem uma. Makukula e Kanu lá tentaram várias vezes fintar este pilar, mas sem sucesso.
Apesar de tudo, lá continuamos na nossa caminhada. Ainda ninguém nos derrotou. Vamos somando pontos fora de casa. Parece-me que não será preciso sofrer até ao fim esta época. Penso que alcançar um lugar entre os primeiros 10 é bastante realístico, e quem sabe se não haverá surpresas e consigamos ir até á UEFA.
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