Quarenta anos depois Portugal consegue repetir o feito de se apurar no seu grupo, desta vez para os oitavos de final. Há quarenta anos fomos directamente para os quartos de final, mas com o aumento do número de equipas na fase final do Campeonato do Mundo, os quartos ainda têm de esperar.
Foi atingido o objectivo mínimo que a nossa selecção teria de atingir, e com algum brilhantismo, uma vez que até podemos nos dar ao luxo de descansar no terceiro jogo.
Portugal apareceu diferente em relação ao jogo com Angola, no seu sector intermediário, muito por força da recuperação de Deco, e das melhorias físicas de Maniche e Costinha. Aliás o ex-jogador do Dínamo de Moscovo deu ontem uma resposta aos cépticos, aguentando os noventa minutos em bom nível. Entrámos no jogo tal como contra Angola, fortes, pressionantes, com Maniche muito activo na recuperação de bolas, e com Figo como bem sabe a dar um ar da sua graça nos flancos. Ronaldo ia-se perdendo em habilidades, fazendo temer uma exibição parecida com a do primeiro jogo.
No entanto Portugal acabaria por ter inúmeras oportunidades de golo durante esta primeira parte, a melhor de todas por Deco, a passe de Figo, para uma estupenda defesa do guardião iraniano. Também a partir da meia hora Cristiano Ronaldo lembra-se de começar a mostrar porque é um dos melhores jogadores jovens do mundo, e começa a enervar a defensiva dos iranianos.

O intervalo chegava com umas 5 ou 6 oportunidades flagrantes de golo, e só por infelicidades não estávamos a ganhar logo nesse período. Defensivamente a equipa manteve-se sempre consistente, e apenas um susto num remate ao poste do avançado iraniano, embora num lance em fora de jogo. De resto, só deu Portugal.
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