quinta-feira, setembro 13, 2007
Assim não vamos lá
Estádio: José Alvalade XXI, em Lisboa
Assistência: 40 mil pessoas
Árbitro: Marklus Merg (Alemanha)
PORTUGAL
Ricardo; Bosingwa, Fernando Meira, Bruno Alves e Paulo Ferreira; Maniche (Raul Meireles, 82 m), Petit e Deco (João Moutinho, 76 m); Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes (Ricardo Quaresma, 64 m) e Simão.•
Treinador: Luís Felipe Scolari
SÉRVIA
Stojkovic; Rukavina, Dragutinovic, Vidic e Ivanovic; Tosic (Zigic, 61 m), Stankovic, Kovacevic e Krasic (Pantelic, 61 m); Kuzmanovic (Duljav, 71 m) e Jovanovic.
Treinador: Javier Clemente
Acção disciplinar: Cartão amarelo a Stojkovic (36), Dragutinovic (51), Vidic (58) e Petit (85). Cartão vermelho a Dragutinovic (93)
Ao intervalo: 1-0
Golos: 1-0, Simão (10 m); 1-1, Ivanovic (87 m).
Os últimos minutos voltaram a ser fatais para a Selecção Nacional. Novamente, as tropas de Luiz Felipe Scolari voltaram a ser incapazes de segurar uma vantagem mínima. Conclusão, mais dois pontos perdidos, num jogo em que Portugal até entrou bem e em que Simão aproveitou um livre à entrada da área para marcar pelas equipa das quinas sete meses depois.
Parecia tudo a correr a favor de Portugal, a defensiva portuguesa tinha os atacantes sérvios sob escolta e a linha atacante poderia ter ampliado o resultado, não fosse o poste e depois Stojkovic negarem o golo a Nuno Gomes e Deco, respectivamente.
Até ao intervalo, assistiu-se a uma exibição aceitável da formação nacional. No entanto, chegou a segunda parte e chegou o descalabro total. A Sérvia, como é óbvio, tinha de ir atrás do prejuízo. Javier Clamente apostou no gigante Zigic para tentar chegar ao empate.
Esperava-se, portanto, um Portugal inteligente, que pautasse o jogo com coerência, e explora-se o contra-ataque. Mas nada disso! Uma miséria, atrás de miséria. As transições de bola simplesmente não aconteciam. Assistíamos a um Portugal acomodado com a vantagem, sem, no entanto, a saber gerir da melhor forma. Um pontapé na monotonia foi apenas um remate de Paulo Ferreira às malhas laterais da baliza de Stojkovic.
A Sérvia aproximava-se lentamente da baliza de Ricardo. Aos 79 minutos, Zigic escapa aos centrais portugueses e cabeceia por cima. Isto seria um aviso para o que aconteceria a seguir, quando Ivanovic, em posição irregular, atira para dentro da baliza de Ricardo. Um erro clamoroso, que acaba por ter influência no resultado.
Porém, não foi apenas por causa de Marklus Merg e companhia que Portugal perdeu dois pontos, mas, sobretudo, por mais uma vez os jogadores lusos pensarem que a vitória estava garantida.
O jogo terminou com cenas lamentáveis, que nada têm a ver com a magia do futebol e que só afasta os espectadores do estádio
Melhor em campo:
Bosingwa
Volto a destacar o lateral do FC Porto. Mais uma vez, com uma energia inesgotável, correu que se fartou, e foi dos seus pés que teve origem a melhor jogada do encontro.
Arbitragem:
O que há a dizer? Até o lance do tento sérvio apenas ficam dúvidas na verdadeira razão do cartão amarelo a Stojkovic. Com o erro gravíssimo no golo de Ivanovic, a sua actuação descarrilou completamente. Houve um fora-de-jogo mal tirado a Zigic e depois terminou o jogo ao minuto 91 e por volta do segundo 40, o que até seria aceitável com os dois minutos dados, mas esqueceu-se do jogador sérvio que ficou mais de meio minuto a ser assistido.
Conclusão:
Um resultado para não repetir, um jogo para esquecer e cenas extra-futebol para punir. São as principais elações que um português retira deste jogo. Agora a margem para o erro é … nula. Não podemos voltar a errar! Nos quatros jogos, a Selecção Nacional terá de somar 12 pontos. Caso contrário, há uma grande probabilidade de assistirmos a um Europeu sem Portugal, 16 anos depois.
Nos jogos que restam, os heróis das quatro linhas têm demonstrar o quão nobre é o povo português. Contra o Azerbeijão, Cazaquistão, Arménia e Finlândia, vamos ganhar, ganhar.
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