quarta-feira, setembro 26, 2007

Estrelas Atacantes dos Pequenos


7º Capítulo: Auri (Vit. Setúbal)


Idade: 33 anos
Posição: Defesa Central
Naturalidade: Nova Aurora (Brasil)
Altura: 1,80m
Peso: 82 kg
Internacionalizações: nenhuma
Estreia na 1ª Liga: Vit. Guimarães 0 - 0 Rio Ave (01/02/1998)
Treinador que o lançou na 1ª Liga: Quinito
Títulos: Vencedor da Taça de POrtugal 04/05

Há jogadores na I Liga que são tão antigos no nosso escalão que poucas vezes são lembrados. Um deles dá-se pelo nome de AURI. Defesa central vitoriano, com experiência enorme, consegue manter uma concentração e agilidade que poucos defesas de 20 anos têm. Tantos anos anda por estes lados, que o homem com nome de marca de carros vai passando despercebido, mas está sempre lá, a titular, a imperar.

A carreira deste velhinho jogador, remonta ao ano de 1993, onde começa a dar os seus primeiros passos de sénior no Coritiba, por lá ficando mais quatro anos. No último deles, mostrou-se ao mais alto nível e isso desperta o interesse do Vitória de Guimarães que o contrata em 1997.

Em Portugal manteve-se, mas não no Guimarães. Esteve no clube até 00/01, mas foi por duas vezes emprestado: Chaves e Gil Vicente. Nas duas vezes mostrou que poderia ajudar os vimaranenses, por isso ficava sempre no plantel nos inícios de temporadas. Mas a infelicidade de Guimarães iria acabar com a transferência para Chaves.

Na equipa do interior foi titularíssimo, despertando o interesse da Naval na época seguinte, estávamos em 2002. Foi titular na equipa da Figueira da Foz nessa temporada, e finalmente regressou ao principal escalão do nosso futebol com nova transferência: Vit. Setúbal. Clube no qual passou graves problemas, mas ao mesmo tempo os melhores anos da sua carreira.

2003 o ano de entrada na equipa do Sado. O defesa já experiente começa a titular ao lado de Veríssimo. Foi sempre titular, aliás quatro anos depois é o único titular na equipa há tanto tempo. Auri demonstrou ser de aço, nada o derruba, nem uma lesão. Só foi pena não ter chegado mais cedo ao Setúbal, pois Chaves não era clube para si, e o Guimarães teve sempre grandes nomes para a defesa.

Em 2005, Auri ganha o único título da sua longa e conturbada carreira: vencedor da taça de Portugal. Titular, sempre como habitual, foi um dos grandes ícones da equipa. A sua transferência chegou a ser dada como certa, mas a Académica não avançou para a contratação e Auri lá foi ficando num clube com graves problemas, mas sabe que foi onde passou os seus melhores momentos. Tudo deve ao Vitória, mas muito o Vitória lhe deve.

A experiência, a lealdade, o carácter, a agilidade, o jogo aéreo e a sua imperatividade na defesa, levaram a que Auri entrasse neste lote dos melhores da nossa liga, um jogador com uma carreira de pouco sucesso, jogando a titular apenas em clubes pequenos. O Vitória ajudou e ele não se fez rogado. Todos mudaram, laterais, médios, guarda-redes e até o seu companheiro de secção, mas Auri sempre a titular como um rochedo impenetrável.

É um dos jogadores mais respeitados na nossa liga e que merece este grandes destaque. Mas nada acabou, e parece que este ano, vamos ter mais um bocadinho de… Auri

FOTOS: CITY FILES

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