Estádio: Estádio da Luz, em Lisboa
Hora: 19:15
Assistencia: 48 222 espectadores
Árbitro: Pedro Henriques (Lisboa)
Benfica: Quim; Nélson, Luisão, Edcarlos e Léo; Katsouranis, Rui Costa; Maxi Pereira, Di María; Rodríguez; Nuno Gomes.
Suplentes: Butt,Cardozo, Zoro, Binya, Luís Filipe, Nuno Assis e Adu
Treinador: José Antonio Camacho
Sporting: Stojkovic; Abel, Tonel, Polga e Ronny; Moutinho, Romagnoli, Miguel Veloso e Vukcevic; Liedson e Yannick.
Suplentes:Tiago, Paredes, Adrien, Purovic, Farnerud, Gladstone e Celsinho.
Treinador: Paulo Bento
Muitas expectativas antes de um jogo que prometia decidir alguma coisa no campeonato, pelo menos para quem não espera que se repita a história habitual das equipas de Jesualdo Ferreira durante a segunda volta...
Visão Benfiquista por Paulo Matias
Pelo segundo ano consecutivo o estádio da Luz não esgotou para o derby eterno da cidade de Lisboa, na época passada o mau momento do Benfica justificou a “não enchente”, esta época a chuva aliada ao mau momento das duas equipas justificam os 10 mil bilhetes por vender. Não deixa de ser preocupante, quando já se tinha adquirido o hábito de ver os estádios cheios para os grandes jogos em Portugal...
Camacho decidiu lançar Luisão na equipa titular e deixar “Cardos9” no banco de suplentes, o primeiro foi o elo mais fraco da defesa encarnada e o segundo notou-se pela ausência de golos marcados, se bem que ele por si só não os garanta!
A luta no miolo era titânica, Maxi Pereira, Katsouranis e Rui Costa estavam muito bem nas marcações e respectivas compensações ao meio campo leonino, especialmente o Uruguaio que esteve em grande nível. Uma primeira parte bem dividida resultou em alguns lances de perigo para uma e outra baliza, Rui Costa de um lado e Miguel Veloso e Djalo do outro quase marcaram...
Na segunda parte ficou a ideia que os 2 técnicos estavam satisfeitos com o empate, Camacho esperou nitidamente que Paulo Bento mexesse na equipa para reagir – apenas aos 70’ após a primeira alteração no Sporting colocou alguém a aquecer – e nem assim o espanhol arriscou alguma coisa, limitou-se a executar trocas simples entre jogadores para a mesma posição.
Houve polémica para alimentar este derby, 3 lances prometem fazer colocar este jogo na actualidade durante vários dias, primeiro pareceu-me claro o derrube de Katsouranis sobre Romagnoli, mais tarde fiquei com a ideia que o arbitro auxiliar se precipitou ao interromper o jogo para assinalar mão do mesmo grego, ele tinha o braço colado ao corpo e penso que Pedro Henriques esteve bem em não assinalar nada. Para terminar Moutinho derruba Adu dentro da área, tenho quase a certeza que se não são os outros 2 lances polémicos Pedro Henriques assinalava esta grande penalidade clara, mas desta forma ficam as 2 comadres em pé de igualdade!
O meu destaque neste jogo vai para Edcarlos, após a boa exibição em Braga este Brasileiro a provar que Luisão é o elo mais fraco na defesa encarnada esta época, vou ter pena de ver David Luiz ou mesmo este Edcarlos sentados no banco de suplentes devido à “eterna titularidade” de Luisão, e após toda a classe que o melhor central a jogar em Portugal demonstrou do outro lado, fiquei ainda mais parvo como pode ele representar a selecção brasileira...
Resumindo, faltou um estádio cheio e alguns golos para animar o povo, pois o resto esteve lá!...
Visão Sportinguista por Antero Almeida
Final de tarde molhada na Luz (infelizmente pude sentir isso na pele), onde a ansiedade era mais que muita dos dois lados da barricada, pois era fulcral ambas as equipas ganharem, para não verem o Porto “fugir”.
O início do jogo mostrou um Benfica mais empenhado e organizado, em muito empurrado pelo seu público, demonstrando mais objectividade que os pupilos de Paulo Bento. Passado esse fulgor inicial (cerca de dez minutos), em que o Benfica pressionou mais, ainda que sem grandes lances de perigo – excepção feita ao remate de Rui Costa aos 8’ que Stojkovic consegui suster com alguma dificuldade - , o Sporting foi-se impondo aos poucos e instalou-se no meio campo benfiquista, à medida que a chuva ia abrandando.
O Sporting ia controlando as operações, até que surgiu um dos lances do jogo, aos 20’ e em que Romagnoli é derrubado por Katsouranis quando aquele se dirigia à baliza. Pedro Henriques pareceu ficar intimidado pelos adeptos benfiquistas que protestaram com veemência TODAS as faltas assinaladas no jogo contra a sua equipa, e mandou jogar. O jogo continuou disputado até ao intervalo, esperando-se, no entanto, que a segunda parte trouxesse novidades que pudessem animar a partida.
No intervalo singela “homenagem” aos “Lobos” (nota para a JUVE LEO que cantou o hino para contrapor as tímidas palmas do resto do estádio).
Regresso das equipas ao relvado sem alterações. O Benfica volta a entrar melhor, mas desta feita o Sporting reage mais rapidamente, voltando a dominar o jogo e a criar as melhores oportunidades – aos 52’ o “Levezinho” que já deixou de resolver há muito, falha na cara de Quim, o mesmo acontecendo a Tonel na sequência do canto. Faltavam os golos para aquecer a noite, até que Paulo Bento, talvez impedido de raciocinar por causa da chuva, decide substituir Vukcevic – que efectivamente não entrou no jogo – pelo Sueco Farnerud, um jogador homogéneo e valor garantido de más exibições. Não tem banco? Efectivamente não, mas Farnerud na Luz? Não contente decide, já perto do final do jogo mandar entrar, para o lugar de Djaló (que não esteve tão mal como em Guimarães – era complicado fazer pior), uma cópia do Ronaldinho, de que ninguém conhece ainda alguma qualidade (em Guimarães mete o Abel quando podia lançar o puto para partir os centrais, e em pleno Estádio da Luz é que lhe quer dar confiança?!!?)
Aos 71’, mais uma palhaçada de Pedro Henriques que apita com veemência o penalti (por mão de Katsouranis) prontamente assinalado pelo assistente, que afinal se transformou... numa bola ao solo... ... !!?!?!!
Nota ainda para a grande jogada de Romagnoli, a merecer golo, aos 81’. Nos últimos minutos as equipas, mais o que ganhar, não quiseram perder e arriscaram pouco, ainda que o Benfica fosse mais pressionante, contudo sem consequências.
No fim, o empate acaba por ser benéfico para o Porto, que assim escapa aos rivais, sendo no entanto o resultado mais justo. A haver um vencedor, este teria de vestir de verde e branco, pois as melhores oportunidades de golo durante o jogo foram criadas pelos homens de Alvalade.
Nota negativa (mas negativa com pontos negativos) a Pedro Henriques que foi apitar o “Derby” em estado de graça pela terceira vez consecutiva e saiu em vergonha (se a tiver), depois de dois penaltis não assinalados ao Sporting e um ao Benfica; três cantos que não viu a favor dos Leões e dois ao clube da Luz e várias faltas merecedoras de cartão que passaram impunes, pois é um árbitro que “deixa jogar”. Esperemos pelo comunicado do Sr. Vítor Pereira.
Nota igualmente negativa para os treinadores, que não tiveram ambição. Qualquer deles podia ter ganho o jogo se fizesse um pouco mais. Incompreensíveis as substituições de Paulo Bento.
Chegou a Alvalade como desconhecido para a maioria, e depois de um normal processo de adaptação acabou por vingar. Fui um dos que duvidei da sua qualidade, mas hoje Romagnoli é um valor seguro no plantel do Sporting. Correu quilómetros, jogou e fez jogar, partindo várias vezes a defesa benfiquista com passes rasgados e diagonais que os avançados leoninos trataram de desperdiçar.
Fotografias gentilmente cedidas pela City Files
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