Data de Nascimento: 11/03/1978 (28 anos)
Clube: Chelsea FC
Nº da Camisola: 11
Posição: Ponta-de-Lança
Altura: 1,88 metros
Peso: 74 kg
Naturalidade: Abidjan – Costa do Marfim
Palmarés:
- 2 Ligas Inglesas (2005 e 2006)
- 1 Community Shield (2005)
- 1 Taça da Liga Inglesa (2005)
- Melhor Jogador da Liga Francesa (2004)
- Vice-Vencedor da Taça UEFA (2004)
- Vice-Campeão Africano [CAN] (2006)
“Tito”, como é chamado pelos mais próximos, nasceu na Costa do Marfim, mais precisamente em Abidjan, no dia 11 de Março de 1978, há quase 29 anos. Andou entre França, com o seu tio (jogador profissional) e a Costa do Marfim entre os cinco e os treze anos de idade. Porém, quando os seus pais se fixaram definitivamente perto de Paris, começou por jogar como defesa, mas o seu tio aconselhou-o a mudar para ponta-de-lança, argumentando que as pessoas só olhavam para os que marcam golos. O conselho foi seguido: Drogba conseguiu tornar-se profissional depois de muito esforço e muitas horas de treino extra, já após da hora de saída dos seus colegas do campo. Papin era o seu grande ídolo do Olympique de Marselha, do qual sempre se declarou adepto, mas Van Basten era a verdadeira referência para este rapaz, que visionava todos os jogos do holandês para aprender o máximo possível. O seu primeiro clube foi o Levallois FC mas o primeiro contrato profissional foi assinado com uma equipa da segunda divisão francesa, o Le Mans, em 1997. Na primeira época não jogou e na segunda só actuou por duas vezes. Em 1999/00, depois de ganha alguma maturidade, Drogba tornou-se peça-chave na modesta formação gaulesa: fez 30 jogos e conseguiu marcar 7 golos. Na época seguinte, em 2000/01, as coisas não lhe correram tão bem e terminou a temporada sem golos, apesar dos 11 jogos feitos. Até Janeiro de 2002, Drogba conseguiu 5 golos em 21 jogos. Apesar de os números não serem muito altos e de não ser uma grande proeza a obtenção de 12 golos em 64 jogos nas divisões secundárias, o Guingamp, recém-promovido à Ligue 1, decidiu adquirir o seu passe e usufruir dos seus préstimos. No que restou de 2001/02, fez 3 golos em 11 jogos. Foi em 2002/03 que se revelou em França e surpreendeu pelos golos e perfume de bom futebol. Neste ano, obtiveram o 7º lugar, a melhor classificação dos últimos 15 anos (só consegui dados dos últimos 15 anos), muito graças à magia do “Cavalo” Drogba que, em 34 jogos, facturou 17 golos. Todos os “grandes” de França, desde o PSG ao Lyon, passando pelo Mónaco e, claro, pelo Olympique de Marselha, do qual era fã desde miúdo, e para onde se dirigiu, ficaram de olho bem aberto. “Drogs” tinha explodido definitivamente, aos 24 anos. Em 2003/04 teve imenso sucesso. Encantou meia Europa com o seu estilo possante e rápido ao serviço dos marselheses. No campeonato, apesar da fraca prestação (7º), o ebúrneo marcou 18 golos em 35 jogos, o que é muito bom. Mas foi nas competições europeias que evidenciou todo o seu talento inato, nomeadamente na Liga dos Campeões, onde calhou no grupo dos campeões europeus desse ano, Porto. Marcou 5 golos em 8 jogos na fase de grupos da Liga Milionária. Além dele, existiam no plantel alguns outros bons avançados: Bakayoko, o melhor avançado de sempre do seu país antes de Drogba; Fernandão, que no Domingo se sagrou campeão do mundo de clubes e que foi considerado um dos melhores avançados do Brasileirão deste ano; Steve Marlet, com o qual fazia uma dupla fantástica e que é internacional francês; Mido, que joga actualmente na Roma e que é o mais conhecido egípcio da actualidade; Sytchev, o jovem avançado do recente adversário do Sporting, o Spartak de Moscovo, internacional russo; e Koke, que foi jogador do Sporting na época transacta. No entanto, o destaque foi inteirinho para o Jogador da Semana de hoje. Como o Marselha ficou em 3º lugar do grupo da Liga dos Campeões, a Taça UEFA era o novo destino, a nova montra para o craque marfinense. Mais 8 jogos, incluindo a final onde chegaram, 6 golos. Com alguma dificuldade, eliminaram o FC Dnipro Dnipropetrovsk e com mais dificuldade ainda o Livepool. Nos quartos-de-final derrotaram o Inter e nas meias-finais a vítima foi a equipa do Newcaslte United. Como se pode constatar, os adversários eram todos, à excepção dos ucranianos iniciais, muito complicados, mas a equipa francesa estava apostada em fazer uma campanha europeia fantástica, muito por culpa de Didier Drogba. Só o Valência, na final da Taça UEFA, por intermédio de Vicente e Mista, conseguiu parar o até então imparável Marselha, derrotando os francófonos na final por 2-0. A qualidade evidenciada e o número fantástico de golos marcados foram o suficiente para se tornar o melhor jogador do campeonato francês, para conseguir a sua primeira internacionalização e para convencer José Mourinho, recém-chegado ao Chelsea, a contratar o africano. O treinador português ficou impressionado com as qualidades deste atleta quando o defrontou na Liga dos Campeões e obrigou os “blues” a baterem o recorde de transferências, com a compra a assumir o valor de 37,5 milhões de euros (!). “Tito” abandonou, assim, a Ligue 1, com 80 jogos e 38 golos obtidos na competição mor do futebol gaulês. Na sua primeira época em solo inglês contribuiu com 10 golos em 26 jogos para o primeiro título do Chelsea nos últimos 50 anos. Além disso, foi muito importante para a chegada às meias-finais da Liga dos Campeões, onde marcou 5 golos em 9 partidas. Em grande! Esta foi mesmo uma época extraordinária para o avançado em questão e para o clube. Apesar disto, Drogba foi considerado inconstante pelos “media” e pelos adeptos. Em 2005/06, no ano passado, foi ainda mais preponderante. Marcou 12 golos em 29 jogos e foi, sem dúvida, a referência no ataque da formação londrina. E não chegou aos 30 desafios disputados porque, a meio da época, teve que se deslocar ao Egipto para disputar a CAN – Taça das Nações Africanas, a maior competição africana de selecções que se disputa de 2 em 2 anos. Das 16 equipas que foram à fase final, a Costa do Marfim era uma das favoritas, apesar do grupo difícil onde estava. Os da casa, o Egipto, um dos grandes favoritos, estavam no mesmo grupo, A, assim como Marrocos e a Líbia. A Costa do Marfim ganhou a Marrocos por 0-1, golo do inevitável Drogba aos 39 minutos na conversão de uma grande penalidade, e 1-2 à Líbia, com “Drogs” a apontar novamente um golo, o primeiro da Costa do Marfim. Com o apuramento para os quartos-de-final já garantido, “os Elefantes” saíram derrotados do jogo contra o Egipto, por 3-1. Nos quartos-de-final, o jogo foi altamente disputado: 0-0 nos 90 minutos, 1-1 no fim do prolongamento (golo camaronês do “português” Meyong). Na decisão por penalties ficou 11-12 para a Costa do Marfim, o que é indicador de um equilíbrio enormíssimo, até nos penalties. Drogba garantiu, com um golo solitário frente à Nigéria nas meias-finais, aos 47 minutos, a ida à final da prova. Na final, um reencontro com os anfitriões, o Egipto, que já haviam encontrado na fase de grupos. Após um nulo ao fim de 120 minutos, os egípcios ganharam por 4-2 nos penalties. Drogba era, contudo, um verdadeiro herói nacional e todos os adeptos do futebol (e não só) no seu país natal o adoram. Drogba é o maior embaixador da Costa do Marfim e é considerado o melhor futebolista da história deste país.Com o sucesso em Inglaterra e a ida dos africanos ao Mundial, Drogba assumiu índices de popularidade nunca antes vistos e já há músicas e danças que lhe são dedicadas assim como uma panóplia de produtos criados à sua imagem. Impressionante! Continuando com a época de 2005/06, nada de mais a acrescentar: título sem grandes dificuldades e uma grande temporada do nosso ponta-de-lança. Na Liga dos Campeões, os “carrascos” do Barcelona, actuais campeões em título, deitaram por terra as aspirações da turma de José Mourinho nos oitavos-de-final. Veio o Mundial e a Costa do Marfim ficou no “grupo da morte”, com 4 poderosas selecções, algumas das mais fortes de cada pote: Argentina e Holanda eram os favoritos mas a Costa do Marfim e a Sérvia e Montenegro estavam prontas para surpreender. A Argentina ganhou à Costa do Marfim no primeiro jogo por 2-1, golos de Saviola e Crespo, e Drogba, aos 82, só foi capaz de reduzir a desvantagem. “Os Elefantes”, de quem muito se esperava, e que muitos consideravam a melhor equipa africana, entravam a perder, mas com dignidade, pois a Argentina é um adversário de peso. Ainda nada estava perdido e as expectativas continuavam num patamar elevado no que à prestação desta selecção diz respeito. Porém, a segunda derrota, desta feita diante da Holanda, tiraram as hipóteses que os africanos ainda possuíam de passar aos oitavos-de-final. No final, 2-1 para os Países Baixos. No último jogo, a Costa do Marfim conseguiu de certo modo salvar a prestação no Mundial e foi vencer a Sérvia por 3-2, num jogo em que Drogba não pisou o relvado devido a suspensão. Esta época parece ser, pelo menos para já, a melhor a nível individual para o marfiniano: leva já 9 golos em 17 jogos e conseguiu, com a sua classe, superar a falta de adaptação de Shevchenko ao clube e tem sido o esteio ofensivo da equipa. Na Liga dos Campeões demonstrou já todo o seu potencial com 5 golos em 6 jogos. Depois deste início fulgurante, muito se espera deste ponta-de-lança na recta final do campeonato britânico e da Liga dos Campeões, a altura de todas as decisões. O melhor jogador marfinense de sempre está aí para o que der e vier e parece estar decidido a fazer a “época da vida dele”.
Esta é a última rubrica antes do Natal por isso… Bom Natal para todos os atacantes leitores e escritores.
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