domingo, dezembro 31, 2006

Marítimo 2-0 Pontassolense

Olá a todos,

Após a quadra natalícia, o Marítimo e o Pontassolense agendaram um jogo de treino para a manhã de sábado, do dia 30 de Dezembro.
Na equipa verde-rubra foi notória a ausência do melhor marcador da equipa, Collins Mbessuma, cuja viagem da Zâmbia, seu país de origem, sofreu um atraso. Outro destaque deste jogo foi a estreia de Diogo Valente, jogador emprestado pelo F.C. Porto, com a camisola verde-rubra.
O onze maritimista apresentou algumas novidades, nomeadamente o facto de o meio-campo defensivo ser constituído por Olberdam, a trinco, e Neca.


Poucos minutos passavam das 10 horas quando Elmano Santos apitou para o início da partida. Como se esperava, o Marítimo entrou mais pressionante, tentando, desde o primeiro minuto, empurrar a equipa da Ponta do Sol para a sua defesa.
Com cinco minutos apenas assistimos duas oportunidades de golo uma para cada lado. Primeiro, os verde-rubros por parte de Neca, que, após um mau passe de Paulo Graça, falha a baliza por centímetros. De seguida, uma saída em falso de Marcos ia custando caro à equipa do Marítimo, valendo a intervenção pronta de Gregory.
Numa primeira parte em que os verde-rubros, apesar de algo descoordenados, dominaram e obtiveram maiores oportunidades, com Lipatin e Luís Olim a demonstrarem maior inconformismo, um dos melhores lances nesta etapa do jogo pertenceu à equipa do Concelho da Ponta do Sol, em que num livre muito bem marcado por Pires que embateu na barra da baliza de Marcos.
Ao intervalo, o jogo estava como começou, muito por culpa do desacerto dos verde-rubros nos passes. E apesar de um maior domínio dos maritimistas, o Pontassolense batia-se de igual para igual, demonstrando o porquê de ser o líder incontestado da Série A da II Divisão Nacional.
Para a segunda parte, ambas as equipas mudaram as suas peças do xadrez. No que diz respeito à equipa do Marítimo, entraram Zé Gomes, Wénio, Kanu e – a estreia – Diogo Valente, para os lugares de Briguel, Marcinho, Filipe Oliveira e Luís Olim, respectivamente. Com estas mudanças, Wénio passou a ser o trinco e Neca o pivot da equipa.
A segunda metade começou com o golo do Marítimo. Uma excelente jogada de Neca pela direita, que assiste Lipatin pare este inaugurar o marcador nos Barreiros. A equipa verde-rubra, que se apresentou mais organizada na segunda parte, não se deu satisfeita e procurou rapidamente aumentar a vantagem. Marcos, na etapa complementar do jogo, foi reduzido ao papel de mero espectador.
O Marítimo, que não parecia que estava a perder, lançou um autêntico massacre à baliza contrária, com Kanu, que esteve em destaque pela negativa, a falhar um festival de golos. Mais tarde, entraram Moukori, Fernando e Alex, para as posições de Lipatin, Olberdam e Milton do Ó, respectivamente, sendo por intermédio do primeiro, que entrou muito bem no jogo, refira-se, que o Marítimo chega aos 2-0. O francês aproveitou um mau atraso para o guarda-redes pontassolense e garantiu a vitória verde-rubra.
Pouco depois, Elmano Santos apitou para o final de um amigável, onde os verde-rubros venceram de forma natural.

Melhor em campo:
Neca – melhor na segunda parte, quando jogou na posição a que está mais habituado, e foi dos pés dele que saiu o passe para o primeiro golo do encontro.
Destaco também Luís Olim e Lipatin, os mais inconformados nos períodos menos bons da equipa.






Positivo do jogo:
*Um bom treino para as duas equipas
* A estreia de Diogo Vaelente, que, embora pouco intruzado, deixou algumas notas positivas
*A atitude da equipa da Ponta do Sol, que se bateu de igual para igual

Negativo do jogo:
*O festival de golos falhados por Kanu na segunda parte, a actuar como mais um defesa pontassolense
*O ritmo pausado, natural de um de treino
*Os poucos espectadores nas bancadas, o que faz concluir que os tempos em que os treinos do Marítimo tinham uma assistência razoável já eram
* O mau estado do relvado dos Barreiros

Arbitragem:
Aquém do esperado. Apesar de se ter tratado de um jogo amigável, sou da opinião que se exigia um maior rigor por parte de Elmano Santos.
O juiz da partida só mostrou um amarelo, a Olberdam, a punir uma falta à entrada da área verde-rubra. Porém, outros dois cartões ficaram por mostrar, onde destaco uma entrada sobre Diogo Valente, que, tendo em conta critérios utilizados ao longo da época, seria passível de cartão vermelho.
Ainda há a realçar uma grande penalidade, que ficou por assinalar, após uma carga sobre Neca.

Conclusão:
Um treino proveitoso para as duas equipas. O Marítimo, depois de uma primeira parte inconstante, entrou na segunda parte com uma maior organização e coesão, com Wénio a suster os contra-ataques pontassolenses.
A equipa da Ponta do Sol, que é líder destacado da Série A da II Divisão, demonstrou ser uma matreira, forte a defender e perigosa no contra-ataque. Acredito, apesar de os objectivos da equipa não serem tão ambiciosos, que esta equipa estará na Liga de Honra na próxima época.

Curiosidades:
*Cerca de dez minutos, uma bola foi atirada para a bancada e não havia bolas suplentes, sendo preciso cerca de um minuto para que o jogo fosse retomado. Durante esses minutos, um simpático cão decidiu passear pelo relvado. Contudo, o nosso amigo de quatro patas demonstrou o seu bom senso e saí do campo na altura em que Evaldo recebeu a bola para efectuar o lançamento.

*Estavam uns certos adeptos nervosos que estavam a assistir ao jogo, alguns estavam com o sistema nervoso num estado crítico, que eu pessoalmente só chego a esse num Marítimo – Nacional.
Alguns criticavam efusivamente o árbitro, sendo que um proferiu a seguinte frase: “ ofereceram-te um almoço na Ponta do Sol, ou então foi um cacho de bananas……”

*Este foi o segundo jogo que vi nos Barreiros esta época. Nesses dois jogos, o francês Cedric Moukori fez o gosto ao pé. Será que eu serei uma espécie de talismã do jogador francês?


Feliz 2007

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