12 de Junho de 2005
Suécia – Uma Selecção com potêncial
Como se qualificou
Depois de ter sido batida pela Alemanha, por 1-0, no Campeonato Europeu de Futebol Feminino de 2001, a Suécia conseguiu garantir, de forma categórica, a qualificação para a edição da prova que se realiza este ano – o que é uma má notícia para os seus rivais no Grupo 1.
Na Itália e na Finlândia, a Suécia tinha uma potência e uma nação emergente prontas a criarem problemas. No entanto, em Abril de 2003, quando a equipa de Marika Domanski-Lyfors goleou a Suíça por 6-0, apenas poderia existir uma selecção qualificada...
Depois de uma viagem aos Estados Unidos, onde alcançou a final do Campeonato do Mundo de Futebol Feminino, a Suécia deslocou-se à Sérvia e Montenegro em Novembro e venceu por 4-0, ampliando a sua vantagem em relação à Itália para cinco pontos. Seis meses depois, viria a visita à Suíça. Mesmo sem a lesionada Ljungberg, a Suécia venceu por 2-0, com golos de Salina Olsson e Sara Johansson.
Apesar de a qualificação estar quase garantida, apenas ficou assegurada no dia 12 de Maio de 2004, diante da Sérvia e Montenegro, em Växjö. Danka Podovac deu às visitadas a liderança no marcador antes do intervalo, mas Jane Törnqvist, Anna Sjöström, Malin Moström, Victoria Svensson – na sua 100ª internacionalização – e um auto-golo de Milena Mitic deram um expressivo 5-1 às nórdicas.
Com o primeiro lugar assegurado, a Suécia relaxou um pouco e em Junho perdeu por 2-1 na Itália, antes de empatar em Novembro, na Finlândia, a um golo. Ambas as oponentes conseguiram apurar-se nos "play-offs", o que provou bem a força deste Grupo 1, apesar de as suecas terem conseguido qualificar-se com quatro pontos de vantagem sobre as perseguidoras.
Historial da Selecção
A Suécia sempre foi um país importante no futebol feminino europeu, tendo vencido o primeiro Campeonato de Futebol Feminino da Europa, em 1984. Contudo, foi nos anos mais recentes que se tornou numa selecção talentosa, capaz de medir forças com qualquer formação a nível mundial.
Depois da vitória de 1984, quando bateu a Inglaterra em Luton, na marcação de grandes penalidades, depois de um empate a uma bola ao fim das duas mãos, a Suécia voltou a uma final em 1987, perdendo com a Noruega. Nos anos seguintes, o protagonismo foi apagado pelas vizinhas suecas e dinamarquesas, para além da Alemanha - apesar de a rivalidade com as germânicas ser algo para durar.
No entanto, após ter terminado em terceiro lugar no Mundial de 1991, as escolhas de Bengt Simonsson como seleccionadora, em 1992, e a promoção de Marika Domanski-Lyfors, quatro anos mais tarde, fez melhorar a sorte da selecção. Em 1995, a Suécia, alcançou a a final do Europeu feminino, tendo perdido com a Alemanha, por 3-2, em Kaiserslautern. Em 2001, as suecas alcamçaram a mesma etapa - mas perdeu diante da Alemanha através do golo dourado.
Desde então, manteve-se o mesmo nível exibicional, alcançando a final do Mundial de 2003 - voltando a perder para a Alemanha, de novo através do desempate por golo dourado. No ano passado, não conquistaram uma medalha nos Jogos Olímpicos por perderem com uma determinada nação mais a sul. No entanto, a vitória do Umeå IK's na Taça UEFA Feminina de 2003 e 2004, e o aumento da notoriedade do Djurgården/Älvsjö a nível nacional, também colocam a Suécia no topo do futebol europeu, e o talento da equipa sugere pode ser conquistado outro troféu, em Inglaterra, no mês de Junho.
A qualificação foi o "passeio" que se esperava. Seis vitórias consecutivas com a Suíça (duas vezes), Itália, Finlândia, e Sérvia e Montenegro (duas vezes) valeram às suecas a liderança no Grupo 1, permitindo percalços com a Itália e a Finlândia, que se qualificaram para Inglaterra através de "play-offs".
Caroline Jönsson é uma guarda-redes de confiança, ao passo que Marklund é a pedra basilar da defesa, sendo a experiência de Kristin Bengtsson outra presença vital na defesa. Num sólido 4-4-2, a capitã Malin Moström, Frida Östberg, Anna Sjöström e Malin Andersson assumem as despesas do meio-campo, mas, habitualmente, as atenções voltam-se para o ataque. Hanna Ljungberg, do Umeå, e Victoria Svensson, do Djurgården/Älvsjö, são rivais nos clubes mas entendem-se muito bem na selecção, formando uma parceria ofensiva temível; à qual é atribuída a razão do sucesso recente da selecção. A Suécia já foi vençedora vencedora em 1984; segunda classificada em 1987, 1995, 2001: semi-finalista em 1989, 1997; quartos-de-final em 1991 e 1993, enquanto que a nivel Mundial encontra-se em 5ªlugar.
A Seleccionadora
Escolhida para orientar a Suécia em 1997, Marika Domanski-Lyfors viu o seu país tornar-se num dos candidatos à vitória no Campeonato do Mundo. Como jogadora, representou o Nödinge SK, Surte IS e GAIS, mas foi no Jitex BK que conquistou dois campeonatos e duas Taças da Suécia nos anos 80.
Com apenas 28 anos de idade, passou a treinar o Tyresö FF. O reconhecimento do trabalho chegou em 1991, quando se tornou treinadora da selecção sueca de Sub-20, em 1991. Um ano depois, passou a adjunta de Simonsson, permanecendo à frente dos destinos do Tyresö até 1993. O surgimento de uma série de jovens talentos valeu uma série de conquistas com Domanski-Lyfors, incluindo o Europeu de 2001 e a presença na final do Mundial de 2003.
Em Inglaterra, terá Thomas Dennerby como adjunto, que levou o Djurgården/Älsvjö à hegemonia no seu país, e pode também contar com o apoio do seu marido, Ulf Lyfors, que guiou a Suécia na vitória do Campeonato da Europa de 1984.
As Suecas entram neste Campeonato com muita vontade de ganhar. Esta é uma selecção com um grande palmarés desportivo, e que exeçe um grande respeito perante as Adversárias, não so pela extrema consistência com que joga mas por já ser reconheçida como uma grande potência do futebo, feminino.
É sabido que as Selecções escandinávas têm vindo a progredir estrondosamente , e a Suécia não foge á regra ameaçando as suas adversárias, com uma equipa extremamente experiente e com um ataque fulminante na hora de atacar, assim é de esperar que esta Selecção seja mais uma das forte candidatas á vitória do Euro.
Sem comentários:
Enviar um comentário