sexta-feira, dezembro 22, 2006

SL Benfica 4-0 Belenenses

Estádio: Estádio da Luz
Espectadores: 42.306
Árbitro: Bruno Paixão (Setúbal)

SL Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo, Katsouranis, Karagounis, Nuno Assis e Simão, Nuno Gomes e Kikin Fonseca
Treinador: Fernando Santos. Jogaram ainda: Beto, Manú e João Coimbra

Belenenses: Costinha, Gaspar, Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim, Sandro, Ruben Amorim, Eliseu e Zé Pedro, Silas e Dady.
Treinador: Jorge Jesus. Jogaram ainda: Roma, Sousa e Pinheiro


O Benfica acerta o campeonato com uma goleada, onde ficou patente que no aproveitar é que está o ganho. O Belenenses bateu-se bem, mas encontrou em Quim o principal adversário.

Fernando Santos não promoveu nenhuma alteração em relação ao onze que jogou no passado fim de semana frente ao Vit. de Setúbal. A única diferença residiu na convocatória de Miccoli, que se sentou no banco de suplentes.
O Belenenses apresentou um futebol agradável, nada parecido com o futebol triste que apresentou no início de época.
Principalmente apoiado nas investidas de Silas e de Zé Pedro, os azuis foram os primeiros a criar um certo perigo logo nos minutos iniciais, com remates de Zé Pedro e de Dady a levarem muito perigo para as redes de Quim. O Benfica foi equilibrando o jogo e criando também algumas situações, sem no entanto ter muita sorte, a não ser um remate de Simão que Costinha desvia por cima da trave.
Aos 20 minutos de jogo, surge o primeiro golo da partida. Gaspar e Simão disputam a bola, com o defesa belenense a meter a mão à bola dentro da área. Bruno Paixão não teve dúvidas e assinalou grande penalidade, que Simão converteu, convertendo-se assim também, no melhor marcador do Benfica, com 6 golos até ao momento.
A reacção do Belenenses não se fêz esperar e foi com bastante perigo, que minutos depois do golo, Zé Pedro rematava de fora da área com a bola a passar muito perto da baliza de Quim. Aliás, um dos fortes do médio de ataque azul, é precisamente a meia distância, que já fêz estragos noutros jogos contra o Benfica, mas nem por isso os jogadores encarnados, principalmente os centrais e por vezes Katsouranis, se preocuparam muito na primeira parte.

O Belenenses encostou um pouco o Benfica nos minutos que se seguiram ao golo, mas os encarnados, a entrada para o último quarto de hora da primeira parte, libertaram-se dessa pressão e retomaram um certo ascendente no jogo. Nesse período, o grande impulsionador do ataque encarnado foi Nuno Assis, que teve duas incurssões pela defesa azul, derivando da esquerda para o meio e servido, numa primeira oportunidade Kikin, que rematou ao lado da baliza, de zona frontal, e depois Karagounis, que mais ou menos do mesmo sítio do mexicano, deu o mesmo destino à bola.
Já perto do intervalo, um lívre apontado por Karagounis, daría o segundo golo ao Benfica, depois de a bola ter sido desviada por um jogador da barreira e de ter traido Costinha, que escorregou quando teve que mudar de direcção rapidamente. O Belenenses podería queixar-se de falta de sorte.
O intervalo chegaría minutos depois, e ficava a senção de um bom espectáculo, com duas equipas a praticarem um futebol agradável, com o Belenenses em certos períodos por cima do Benfica, mas a não ter a eficácia que necessitava para concretizar as oportunidades criadas. O Benfica, por seu turno, acabou por estender algum pragmatismo no seu futebol, e aproveitar, ainda que com alguma sorte à mistura, as oportunidades criadas.

No segundo tempo, os treinadores não efecturam nenhuma alteração e o jogo recomeçou com Quim em evidência, ao defender um remate de Sandro, já dentro da área, para canto. Começava aqui o festival de Quim.
Do canto nada resultou, mas passados alguns minutos, o Benfica sentencia a partida. Jogada pela direita do ataque encarnado, com Karagounis a fazer um bom cruzamento, Nuno Gomes, já dentro da área assiste Kikin, que quase no chão e num vôo em peixe, faz o terceiro golo da noite. O mexicano, de quem se diz estar de regresso ao México, festejou o golo de uma forma bastante efusiva, chegando mesmo a simular o vôo da águia Vitória.
O Belenenses esmoreceu um pouco, mas nem por isso deixou de ser perigoso. Aos 56 minutos, Quim efectua nova defesa, desta feita após um cabeceamento de Zé Pedro, desviando a bola para canto, e a melhor oportunidade dos homens do Restelo, esbarraria no poste, num remate efectuado por Dady, onde Quim ainda intervém, desviando a bola para o ferro da sua baliza.
A partir deste momento, o jogo perderia algum ritmo e velocidade, com o Benfica a gerir o 3-0, e o Belenenses a tentar encurtar distâncias. Jorge Jesus, ainda tentou alterar o rumo dos acontecimentos, fazendo entrar Roma, para o lugar do azarado Gaspar, que fêz a falta que originou o primeiro golo do Benfica e não marcou convenientemente Nuno Gomes, que assistiu Kikin no terceiro.
No Benfica, Fernando Santos retirou Karagounis, que fêz uma boa partida, e deu a Beto nova oportunidade. E Beto, a dez minutos do fim, está na origem do quarto golo. Bruno Paixão apontou uma falta perto da entrada da área azul e o público pediu insistentemente que fôsse Beto a bater o livre. O jogador encarnado abeirou-se de Simão, e quando toda a gente esperava o remate do trinco encarnado, Simão levantou a bola, para aparecer Katsouranis e apontar de cabeça e de costas para a baliza o quarto golo, o seu quinto no campeonato. Um justo prémio para o médio grego, que também fez um grande jogo de futebol, principalmente na segunda parte, cortando alguns lances de perigo à nascença e jogando sozinho, no lugar habitualmente ocupado por Petit.
Até ao final, nada de relevante a apontar, e em jeito de conclusão, pode dizer-se que o Benfica construiu uma vitória feliz, baseada no aproveitamento de oportunidades claras de golo criadas. O Belenenses, pode-se queixar de alguma falta de sorte, principalmente no lance do segundo golo, altura em que o jogo estava a ser favorável aos azuis, embora o Benfica já tivesse equilibrado e criado oportunidades para marcar, e no lance da bola ao poste, já com 3-0.

A derrota acaba por ser penalizante para o Belenenses, que vinha em franca recuperação, conquistando 9 pontos, nos últimos três jogos, pois em caso de vitória subiria ao 5º lugar da tabela. O Benfica, por seu turno, termina com vitórias todos os jogos efectuados na primeira volta, e acaba sendo a melhor equipa em jogos disputados em casa, pois em termos de golos, o score é de 20-3...

MELHOR EM CAMPO
Quim. Sem dúvida o melhor elemento benfiquista no terreno, principalmente na segunda parte, onde negou por 4 vezes o golo aos atacantes do Belenenses. Muito seguro sempre que foi chamado a intervir, foi bafejado com a sorte, num lance em que a bola lhe bate nas costas e encaminha-se para o poste da sua baliza.

POSITIVO DO JOGO
* Mais uma vitória encarnada, a sétima, em jogos disputados na Luz, fazendo assim o pleno nos jogos da primeira volta. A equipa do Benfica, mostra-se demolidora e segura em casa, como atesta o score de golos: 20-3. Não é certamente por aqui que o Benfica não será campeão esta temporada.
* Afluência de público ao estádio. 42.306 espectadores numa fria noite de Quinta-Feira, é muito bom.
* O futebol mostrado pelo Belenenses. Foi um derby, que teve tudo. Bom futebol, golos e sem casos. A jogar assim, avizinham-se bons tempos para os lados do Restelo. Pena o Belenenses não poder rectificar este resultado, nos proximos dias....

NEGATIVO DO JOGO
* Nada a apontar, a não ser o facto de este jogo ser o último em três semanas....

ÁRBITRO
Bruno Paixão fez uma boa arbitragem, pois também os jogadores facilitaram o trabalho do juiz. Não houve casos de difícil juizo. O lance do penalti, na minha opinião, foi bem ajuizado pelo árbitro.

Como esta é a última crónica antes do Natal, gostava de desejar um FELIZ NATAL a todos os elementos do blog Futebol de Ataque e a todos os leitores.

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