Estádio: José Gomes
Assistência: 1000
Árbitro: João Vilas Boas
"Em nossa casa mandamos nós "
Parece que afinal o factor casa sempre serve para alguma coisa. Quem achava nas palavras de Dauto Faquirá, o factor casa, uma desculpa esfarrapada, tem agora que dar a mão à palmatória. Em 3 jogos, no renovado Estadio José Gomes, 3 vitórias sem sofrer um único golo.
A primeira coisa que tenho de dizer, é dar os parabéns ao Nacional, porque não compareceu ao jogo. Isto foi uma vitória por falta de comparência, embora por 2-0. No entanto oportunidades escandalosas não faltaram para o 3, 4 ou 5-0.
O Estrela entrou mais uma vez a pressionar e muito o último reduto visitante, e aos 10 minutos já tinha obrigado Diego a 3 defesas de grande nível, a última num livre directo de muito longe, por Jaime. O sufoco foi mesmo intenso de tal modo que o primeiro amarelo da partida surgiu logo aos 9 minutos, para Pateiro.
Só a partir dos 15 minutos o Nacional (ou lá quem era, uma vez que nem o equipamento é o “normal”) conseguiu perceber a táctica dos Tricolores e encaixar, mantendo o jogo equilibrado. Embora sem causar perigo.
O Estrela esteve sempre mais afoito e em meia-hora já tinha obrigado a 3 amarelos aos visitantes.
Foram 45 minutos só com uma equipa a atacar e a rematar, a outra sempre que tinha a bola controlava a meio campo, sem se aventurar muito no jogo. Porquê desta atitude? O Estrela dominava mas não era avassalador, longe disso. Incompreensível...
Aos 45 minutos surgiu o que a maioria dos adeptos tricolores mais desejava até então (se não contarmos com golos). Uns 15 minutos antes, Jones, recebeu uma entrada feia, lesionou-se e ficou estendido, Bruno com a bola não atirou para fora e continuou com ela, progrediu, fintou e fez um passe para alguém que teve a decência de afastar pelas 4 linhas, a fim de ser prestada assistência a Jones. Bruno protestou ferozmente com os colegas pelo acto, durante largos minutos. Nas bancadas a cada jogada só se pedia que alguém entrasse de pitons a Bruno, para deixar de ser parvo. Não foi preciso, a providência divina fez com que o jogador se lesionasse sozinho e saisse de maca em cima do intervalo. Foi em grande.
Na segunda parte fez-se Luz, em dois sentidos, foi ligada a iluminação artificial e o Estrela entrou de rompante marcando dois golos e falhando uma serie deles.
Antes do inevitável golo, mais um cartão amarelo, a um madeirense.
O primeiro golo surgiu após um canto pela esquerda do ataque, num lançamento longo para o segundo poste, em que uma falha inacreditável da defesa, deixa Jaime sózinho na pequena-área!!! rematar em voo de cabeça. Estava feito um merecido 1-0.
Entre este golo e o segundo surgiu mais um cartão amarelo a um madeirense. Isto prova que a equipa que vestia de azul, andava tão perdida como o equipamento que traziam. Não sabendo o que fazer deixava o Estrela jogar e só travava os avanços com faltas para cartão.
Sete minutos após o primeiro golo, surgiu o segundo. Tiago Gomes em tabelas com o colega de ataque, Moses, deixa a defesa pregada ao chão entra “pela área a dentro” na esquerda e á saida de Diego faz com que a bola lhe passe por baixo do corpo.
Nem 10 minutos tinham passado e Moses que com o corredor livre, desde meio campo e apenas com um defesa pela frente numa situação de dois para um, resolve rematar á entrada da area, muito torto, quando do outro lado estava Jones isolado.
De seguida é N’Diaye, que após cruzamento de Moses, se encontra sozinho, ao primeiro poste, e de cabeça remata ao ângulo para defesa fenomenal de Diego, quando muitos adeptos já gritavam golo.
A 10 minutos do fim é desta feita Zamorano, entrado à pouco, que cruza para Jones rematar de cabeça, e falhar quase escandalosamente, tendo Diego defendido com os pés, sabe lá ele como.
O jogo terminou pouco tempo depois, com 3 pontos oferecidos pela equipa que vestia de azul, que fez zero!!! remates, obrigando Paulo Lopes a ser um dos piores em campo, uma vez que raramente teve a bola e a defesas não foi chamado.
Realce ainda que o único fora de jogo apontado ao Nacional, surgiu ao minuto 92, não que fosse bem ou mal mas foi a única vez que foram com perigo ao ataque... muito estranho.
Melhor em campo
Diego, guarda-redes do Nacional, e o único que não vestia de azul, estando de laranja da cabeça aos pés. Evitou a goleada, com um par de defesas fenomenal, fora as outras de menos monta.
Positivo do jogo
3 pontos fáceis, facílimos.
A atitude inicial do Estrela, que ultimamente, encosta qualquer adversário atrás e cria bastantes situações de golo eminente.
Negativo do jogo
Quem eram aqueles gajos vestidos de azul que vieram com o guarda-redes titular dos sub21 da Suiça?
Um único fora de jogo, ao Nacional, por uma única jogada de ataque e ao minuto 92???
Arbitragem
Boa arbitragem, o que começa a ser estranho, não é normal tantas vezes referir aqui que as arbitragens sejam boas.
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