domingo, abril 22, 2007
Referências estrangeiras do futebol luso: Peter Rufai
A referência estrangeira desta semana foi um dos melhores guarda-redes que alguma vez passaram por Portugal. Peter Rufai, o príncipe da Nigéria, notabilizou-se no Farense em meados da década de 90.
Rufai começou a carreira Stationery Stores em 1979, com ainda 16 anos. Porém, só deu nas vistas em 1983, quando os Stores chegaram à final das Taças das Taças africanas. Nesse mesmo ano, estreou-se pela selecção da Nigéria e viria a estar presente na Taça das Nações africanas de 1984.
Em 1985, muda-se para os Femo Scorpions e um ano depois torna-se no primeiro guarda-redes nigeriano a jogar no estrangeiro, ao se mudar para Dragons, clube do Benin. Continuou ao seu nível e esteve presente na Taça das Nações Africanas, de 1988.
Na época de 1989/90, Rufai dá um grande passo na sua carreira ao transferir-se para o Lokeren, da Bélgica. O nigeriano representou esta equipa da Flandres por três épocas. Contudo, as coisas não correram conforme planeado e nem a posterior mudança para o Beveren fez com que Rufai fosse utilizado mais regularmente. A uma certa altura, o guarda-redes deu mais relevância em acabar os seus estudos do que em se concentrar na sua carreira.
Depois de acaba a aventura na Bélgica, muda-se para Go Ahead Eagles da Holanda. Aí voltou a ter as oportunidades que merecia e foi a tempo de ser campeão africano de selecções em 1994, bem como, posteriormente, de estar presente no Mundial de 1994, nos Estados Unidos. Por terras americanas, os super águias, em estreia absoluta, chegaram aos oitavos-de-final, e Rufai foi um dos obreiros de tal proeza.
Deu nas vistas, na maior competição entre selecções, e no ano seguinte estava no … Farense. E foi provavelmente em Portugal, por terras algarvias, onde ganhou foi respeitado. Um guarda-redes temível, seguro, e muito complicado de bater. Recordo-me em particular de um jogo, na época 95/96, em que Marítimo e Farense empataram a 0, no qual Peter Rufai garantiu um ponto, que, mais tarde, viria a ser precioso na manutenção.
Realizou duas épocas e meia de grande nível na capital do Algarve, com especial destaque para a sua primeira época, onde foi uma das pedras basilares do onze de Paço Fortes que conseguiu a qualificação inédita para a Uefa.
Portanto, a meados da época de 96/97 deixa o Farense e transfere-se para o Hércules, de Espanha. Bastou apenas meia época para Rufai se revelar na Liga Espanhola e mudar-se para … o Deportivo.
Todavia, as coisas na Corunha não correram pelo melhor, pois foi sempre a sombra Songo’o. E em duas épocas somente jogou sete partidas oficiais, embora estivesse presente no Campeonato do Mundo de 1998, em França.
Há procura de uma nova oportunidade, Rufai partiu para um país onde foi sempre bem tratado: o nosso. Desta feita para representar o Gil Vicente;
a equipa de Barcelos, que tinha acabado de regressar ao principal escalão, procurava um guarda-redes experiente para ajudar a equipa a ter uma classificação honrosa. No entanto, apesar de todo o seu currículo, o nigeriano apenas jogou um jogo, sendo preterido por Paulo Jorge. No final da época foi … dispensado.
Com esta passagem por Portugal, Rufai acaba a carreira e nos dias que correm é empresário no seu país.
Rufai ainda é hoje é lembrado pelos adeptos que ainda restam do Farense. As gentes de Faro não esquecem toda a sua dedicação pelo clube. Só é pena que o “Príncipe” não tivesse tido o final de carreira que mercecia.
Ficha Técnica:
Nome: Peter Rufai
Data de nascimento: 24/08/1963
Naturalidade: Lagos
Nacionalidade: Nigeriana
Posição: Guarda-Redes
Clubes que representou como jogador: Stationery Stores, Femo Scorpions, Dragon, Lokeren, Beveren, Go Ahead Eagles, Farense, Hércules, Deportivo e Gil-Vicente
Intercionalizações: 65 (1 golo!)
Palmarés:
Campeão africano de selecções
Vencedor da Taça da Nigéria
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