sábado, abril 07, 2007

Reportagem: Uma Viagem pela Europa



Passei os últimos dez dias a viajar por algumas cidades da Europa, numa viagem de autocarro, para ver e rever algumas cidades com museus, castelos, palácios, avenidas, catedrais… mas não só. Esta viagem teve também o seu “quê” de futebolístico e é sobre essa parte de que vou falar, mesmo temendo que o interesse para o leitor seja pouco ou nenhum.

Parti às 18h30m de Seia em direcção a Mulhouse, com dormida no autocarro, e fiz uma viagem que, entre algumas paragens, durou sensivelmente 24h. Nesta cidade francesa nada vi de interessante, serviu apenas para recuperar energias. No segundo dia, parti em direcção a Munique, nas vésperas do Bayern de Munique contra o Schalke 04. No dia do jogo, tive oportunidade de me deslocar ao Estádio Olímpico de Munique, palco de grandes conquistas dos bávaros. Tive pena de não poder entrar no estádio, mas vê-lo por fora já foi uma grande honra.







Só de pensar na quantidade de emoções que despertou em milhares e milhares de pessoas adeptas do Bayern e do Munique 1890 - não só grandes alegrias, como também grandes tristezas, como é óbvio - e que eu estive lá, fico radiante. Isto já para não falar dos JO de 1972, competição para a qual foi construída esta bela obra de arte. E se ainda hoje nos parece moderno, imaginem esta construção há mais de três décadas. Este estádio acolheu a final do Campeonato do Mundo de 1974, num Holanda versus Alemanha Federal, em que os da casa saíram com a vitória; a final da Taça dos Campeões Europeus de 1979, em que a fantástica equipa do Nottingham Forest FC bateu os suecos do Malmö FF pela margem mínima, 1-0; e duas finais da Liga dos Campeões: em 1993, 1-0 favorável ao Marselha diante do AC Milan e em 1997, quando o Borussia de Dortmund de Paulo Sousa conquistou o troféu contra a Juventus numa memorável vitória por 3-1. É ainda um dos melhores estádios da Europa e é parte integrante do complexo Olímpico onde estão também as piscinas e o Olypiahalle, o pavilhão. Além disso, Michael Jackson, AC/DC, Jon Bon Jovi, Robbie Williams, Deep Purple, B.B.King, Metallica, Simply Red, The Rolling Stones tocaram neste estádio e no pavilhão, também. Tive também a oportunidade de subir à Olympiaturm, a famosa torre das telecomunicações. A 185m de altura, depois de uma rapidíssima viagem de elevador, pude ver o relvado do Olympiastadium e o lindíssimo Allianz Arena, ao longe, bem como toda a cidade (ou grande parte) de Munique.















Rumei, postumamente, em direcção ao centro da cidade, onde almocei e passei a tarde e, até bem próximo da hora do jogo (15h30m), vi uma imensidão de adeptos do Shalke 04 e uns poucos do Bayern de Munique. Fiquei algo surpreendido por ver tantos adeptos dos visitantes e tão poucos dos da casa. Pensando neste post, decidi meter-me com alguns “mineiros” (alcunha dos simpatizantes do clube) e tirei algumas fotos com eles.










O policiamento esteve sempre presente mas não me parece que tenha sido necessária a intervenção das autoridades, pelo menos não me apercebi de desacatos e vi não raras vezes adeptos de ambas as equipas juntos.


Mais tarde, vim a saber da derrota dos meus “amigos” forasteiros. Na manhã seguinte, antes da partida para a Áustria, pedi para ir ver o Allianz Arena bem de perto e fiquei deliciado com o estádio. Arrisco dizer que é o melhor estádio do mundo por aliar modernidade e beleza. Lindo!











Outra coisa em que reparei, foi na quantidade impressionante de estacionamentos, numa demonstração de cuidado ao nível de planeamento que os nossos estádios do Euro 2004 não tiveram. Foi incrível poder estar junto do “pneu” e tenho que admitir que fiquei absolutamente maravilhado com os 5 minutos de contacto com esta relíquia do futebol mundial.

Após passagens por Salzburgo e por Innsbruck nos dias seguintes sem nada a registar (não consegui ver os estádios), fiquei em Milão durante duas noites. Estive em vias de ir a San Siro, porém impossibilidades logísticas obrigaram-me a “só” ver o fabuloso centro histórico da metrópole italiana. Não tentei sequer comparar bilhetes, mas duvido que os houvesse no dia do jogo. Mesmo assim, foi-me possível ver as ruas vestidas de vermelho, não só com adeptos do AC Milan, como também, e principalmente, dos alemães do Bayern.









A estes adeptos, costumo chamar "adeptos de peso":





E outros são emblemáticos:




Desta feita não solicitei uma fotografia, mas tirei bastantes aos fãs das duas formações. Acabei por ver a primeira parte do jogo num restaurante cheio de camisolas do Inter e fotografias com jogadores do mesmo clube, cujo empregado, no entanto, era ferrenho do AC. Acabei de ver o jogo no Hotel, onde horas antes tinha encontrado um pai e um filho que se deslocavam para o Giuseppe Meaza que deverão ter saído tristes com o resultado prejudicial aos milaneses. Fiquei muito desagradado por ter ido a Milão uma segunda vez, mas novamente sem ir ao belo estádio do AC e do Inter. Pode ser que “à terceira seja de vez”.

Em Avignon e em Bayonne, onde dormi nas duas noites seguintes, não vi nada nem ninguém, à excepção da grande quantidade de campos relvados com miúdos a jogar à bola, algo que não esperava ver com tanta abundância.

Para terminar, uma fotografia tremida ao estádio do Mónaco, o Estádio Louis II, que vi mesmo só de relance. Como também já tinha ido ao principado, digo o mesmo - pode ser que “à terceira seja de vez”.








Nota - Cliquem nas fotografias para as ampliar.
Nota II - Foi muito complicado escolher as melhores fotografias.



Peço desculpa se este post não tem interesse nenhum, mas quis apenas dar mais uma prova da internacionalização do Futebol de Ataque e demonstrar que não me esqueci deste grande blog enquanto viajante europeu. O Futebol de Ataque é um blog internacional!

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