segunda-feira, abril 09, 2007

UDL vs Belenenses: um empate seria mais justo

Estádio: Municipal Dr. Magalhães Pessoa (Leiria)
Assistência: 1.335 espectadores
Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Antes de mais, peço desculpa pelo tardio em que surge o post, mas os compromissos pascais e familiares não me deixaram escrever mais cedo a minha análise.

Este era um jogo bastante importante para as aspirações europeias da UDL e Belenenses. Enquanto que os primeiros tentam a todo o custo subir mais um pouco na tabela, os segundos estavam num confortável 5.º lugar.

Vou ser sucinta: a primeira parte do jogo que trouxe a Leiria os azuis do Restelo foi um tédio. Parecia que a assistência iria estar sujeita a um longo bocejo durante os 90 minutos. Apenas à passagem do minuto 38 é que parecia que algo podia ter acontecido com um remate de Paulo César à baliza de Marco Gonçalves, mas… nada aconteceu.

A segunda parte foi totalmente diferente. Tanto UDL como Belenenses surgiram com novo ímpeto após o intervalo e cheios de genica. Aliás, a segunda parte começa com a UDL a tentar encostar o Belenenses, com alguns remates fantásticos de Rossato e Harisson. Também a entrada de N’Gal serviu para refrescar e conferir mais velocidade que até então não existia.

Mas o velho cliché tem sempre razão “quem não marca, sofre” e a UDL acabou por sofrer o golo dos adversários. Dady foi o protagonista da tarde. Num rápido contra-ataque, conduzido por Amaral, Dady no interior da área remata de forma esplendorosa e vence Fernando.

Daqui e até ao fim, viu-se uma UDL a correr atrás do prejuízo, mas a pontaria parece nada querer com a equipa leiriense. Neste duelo de reencontros, venceu o antigo treinador leiriense, Jorge Jesus que, também “ajudado” pela partida que opôs SCP e Braga, ascendeu à 4.ª posição na Liga Bwin. No final, ambos os treinadores reconheceram a pobreza da partida, elogiando a segunda parte, e falando num empate como resultado mais justo.

MELHOR JOGADOR
Sinceramente, não consigo encontrar um jogador leiriense que se tivesse destacado. Talvez os “trintões” Renato e Paulo Gomes pela entrega de sempre.

ARBITRAGEM
Nota positiva para a arbitragem. Não me recordo de nenhum lance em que ficassem dúvidas. Apenas foram mostrados quatro amarelos e nada ficou por assinalar.

POSITIVO DO JOGO
*
A volta que deram na segunda parte. Apesar de terem sofrido o golo nesta parte, os jogadores leirienses batalharam e jogaram muito mais na segunda metade da partida. O empate seria o resultado mais justo.
* O treinador Paulo Duarte… é impressionante a entrega daquele homem que tem 16 anos de casa. Grita, esbraceja, parece querer saltar para o campo a qualquer momento. Mas, acima de tudo, a sua humildade. Assume-se como “treinador interino” e diz que está disponível para qualquer função que lhe atribuam. Julgo que seja o homem certo para o banco leiriense.

NEGATIVO DO JOGO

* A prestação da equipa, na primeira parte… perdiam passes infantilmente, estavam nervosos e desconcentrados.
* A luta por locais europeus que, neste momento, está mais complicada do que nunca.
* A pouca-vergonha que se assistiu à saída, perto das garagens. A “Frente Leiria” a tirar satisfações com Ivanildo foi um episódio deprimente, tanto para o grupo de apoio, como para o próprio jogador.

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