quarta-feira, abril 04, 2007
Tribunal Atacante
Olá pessoal e benvindos ao Tribunal Atacante - Especial clássico.
O Clássico da Luz foi um jogo muito nervoso quer por parte dos jogadores quer por parte da equipa de arbitragem...
Esta, da responsabilidade do sr. Pedro Proença, cometeu muitos erros (alguns com influência directa no resultado) numa arbitragem muito longe de se poder considerar boa.
Mas por outro lado e "citando" uma ideia que ouvi hoje (e concordo completamente), considero que, mesmo havendo erros com influência no resultado, estes vieram repor a normalidade no marcador, porque acho que o resultado é justo e que nenhuma equipa merecia ganhar à outra...
Tenho dito...
Centra e chuta...
3' - Nos primeiros minutos de jogo, Bruno Alves tem uma entrada perigosa sobre Simão. O árbitro assinala a respectiva falta, mostrando e bem o cartão amarelo ao jogador portista. É verdade que o Bruno Alves toca primeiro na bola, mas isso não escuda o facto de a entrada ser atentatória à integridade física do adversário.
Esteve bem Pedro Proença.
No minuto seguinte, Simão Sabrosa tem uma entrada também perigosa sobre Adriano. Desta vez o árbitro não agiu nem técnica nem disciplinarmente.
Esteve muito mal Pedro Proença (anunciar [atenção que não foi intencional, mas aconteceu]dualidade de critérios nos primeiros cinco minutos é dos piores erros que um árbitro pode cometer pois manda uma mensagem negativa aos jogadores logo no início do jogo).
31' - Lance recorrente nas áreas. Num canto (ou livre, nem me lembro bem), Anderson derruba Pepe dentro da área de grande penalidade. Acho que ficou por marcar uma grande penalidade por assinalar. Agarrar, todos agarram mas derrubar já é um bocado diferente...
Tendo em conta que é um lance de "agarranços e empurranços" dentro de área, dou o benefício da dúvida (embora a tender para menos infinito) a Pedro Proença e seu assistente.
50' - Num lance na área portista, Quaresma corta a bola a Nelson. O defesa benfiquista pede grande penalidade por mão do avançado do Porto. O árbitro nada assinalou. Vi uma repetição em que me pareceu que Quaresma toca efectivamente a bola com a mão mas mesmo assim o árbitro decidiu bem e passo a explicar porquê: a infracção que dá direito a grande penalidade é tocar a bola deliberadamente com a mão. Sendo que (e já o disse muitas vezes aqui) são árbitros e não psicólogos (não qualificados para julgar intenções), o bom senso e as indicações mandam que o árbitro veja se o jogador tirou vantagem do toque que efectua. No caso em questão o corte é feito com o pé e quando toca na mão de Quaresma, a bola vai parar aos pés de Nelson. E assim, o jogador benfiquista não foi prejudicado pela acção.
Bem Pedro Proença.
59' - Raul Meireles comete uma falta, lesiona-se e abandona o terreno de jogo definitivamente. Marek Cech prepara-se para entrar para o seu lugar. O árbitro só autorizará a substituição numa interrupção posterior à da marcação do livre, mas Luis Gonzalez não deixa que a marcação do livre ocorra. O árbitro mostra a cartolina amarela ao jogador portista e aí autoriza a substituição. Esta situação é caricata mas realmente não tem nada que se lhe diga. O árbitro já tinha dado ordem para seguir o jogo com a marcação do livre e teve de o interromper posteriormente para sancionar disciplinarmente Lucho. Nesse momento, já poderia autorizar a substituição porque Lucho provocou "nova interrupção" no jogo.
Esteve bem Pedro Proença.
83' - Livre batido por Simão do lado direito do ataque benfiquista e David Luiz cabeceia a bola ao poste. Neste lance, o jogador benfiquista beneficia de uma posição de fora-de-jogo. O lance devia ter sido prontamente anulado pelo árbitro assistente. Lance com influência directa no resultado porque é deste lance que surge o auto-golo de Lucho Gonzalez.
Esteve mal o assistente de Pedro Proença.
90'+3 - Cech leva um cartão amarelo por atrasar a reposição de bola em jogo. Esteve bem o árbitro porque o jogador realmente impediu a reposição em jogo (por mais razão que um jogador tenha, não pode tomar a lei pelas próprias mãos e os jogadores muitas vezes esquecem-se disso) mas, se mostrasse também o cartão amarelo ao jogador do Benfica que marcou o livre, porque a bola está a uns bons quatro, cinco metros de onde a infracção foi cometida, teria aí agido de forma inteiramente correcta. Sim, é prática comum no futebol adiantar a bola, mas cinco metros???
Esteve mais (no amarelo ao Cech) ou menos (não deu amarelo ao outro infractor) bem Pedro Proença.
Deixo para o fim um lance que não me lembro bem em que minuto sucedeu. Miccoli agarra na bola e atira-a contra Fucile. Mais uma vez aqui vos digo que as regras dizem que arremessar objectos contra os adversários é considerada conduta violenta.
Deixo ao vosso critério a análise se o Miccoli "PASSA" a bola a Fucile ou se "ATIRA" a bola a Fucile...
E aqui termina a dissecação do clássico. Outros lances aparatosos passaram ao lado, porque os acho mais ou menos consensuais (como por exemplo na acção correcta do árbitro aquando da falta sobre Miccoli aos 37') e sendo assim fica por aqui este Tribunal.
Peço desculpa aos simpatizantes dos restantes clubes mas apenas vi o clássico esta semana. Se sentem-se injustiçados, façam algo por isso. Enviem lances que queiram ver dissecados (é imperativo que tenha suporte video) e prometo que serão analisados...
Mudando de assunto e antes de terminar, o Tribunal Atacante solidariza-se com todas as vítimas de violência praticada por mentecaptos que todos os dias atiram à lama o nome do desporto que todos adoramos. Junto a minha voz à da revolta porque urge fazer alguma coisa.
Vamos correr com a violência antes que a violência corra com o futebol!!!
Até p'ra semana pesssoal e não se esqueçam: se eles podem apitar, nós também podemos rir...
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