Estádio: Estádio da Luz
Espectadores: 55.000
Árbitro: Claus Bo Larsen (Dinamarca)
SL Benfica: Quim, Nelson, Anderson, David Luiz e Léo, Petit, Karagounis e Rui Costa, Simão, Miccoli e Nuno Gomes.
Treinador: Fernando Santos. Jogaram ainda: Mantorras, Dérlei e Katsouranis.
Espanyol: Gorka, Zabaleta, Torrejón, Jarque e Chica, Ito, Moisés, Riera, Luís García e De la Peña, Pandiani.
Treinador: Ernesto Valverde. Jogaram ainda: Eduardo Costa, Corominas e Jonatas.
O Benfica acordou do sonho de chegar á final de Glasgow. A falta de sorte, aliada á falta de eficácia voltaram a ser determinantes para o desfecho da eliminatória.
Fernando Santos operou algumas alterações no onze encarnado, deixando Katsouranis no banco e promovendo a entrada do maestro Rui Costa, que tão bons resultados tem dado, após a sua entrada. Com esta alteração, o Benfica passou a jogar em 4x3x3, com Simão encostado á esquerda e Miccoli á direita, mas sempre em rotação, ou seja, trocando constantemente as posições na tentativa de baralhar o sector mais recuado do Espanyol. Do lado dos visitantes, já se sabía, vinham tentar defender o resultado obtido na primeira mão, e assim jogaram em 4x2x3x1, com Ito e Moisés como jogadores mais recuados do meio campo, e Pandiani sozinho na frente, ele que é o melhor marcador da competição, com 10 golos apontados. Riera e Luís García caíam nas alas e De laPeña foi o motor da equipa, por onde passava todo o jogo do Espanyol.
O Benfica entrou ligeiramente diferente dos outros jogos, mas ainda assim não ao nível daquilo que nos habituou. Karagounis foi o primeiro a criar perígo, ao minuto 7, mas o remate espontanêo do grego, do meio da rua, acabou por sair ao lado do poste da baliza de Gorka. O Espanyol tentou responder e na sua melhor arma, o contra-atque e sempre utilizando a ala esquerda, com Riera a pôr a cabeça em água a Nelson, á semelhança do que já tinha acontecido na primeira mão, e também Pandiani, que descaía para essa zona, surge a melhor oportunidade de golo dos forasteiros, com o uruguaio a tentar uma espécie de cruzamento-remate, com a bola a bater com estrondo no poste da baliza de Quim. No seguimento da jogada, novamente Riera a cruzar, mas a defesa afastou. A resposta encarnada não tardou, e veio através dos pés de Simão, mas o remate do jogador acabou desviado para canto, do qual não surgiu nada digno de registo. Depois de um primeiro quarto de hora algo emocionante, o jogo começou a decair de intensidade, muito por culpa da atitude defensiva dos jogadores do Espanyol, que jogavam todos atrás da linha da bola, o que deixou os jogadores mais criativos do Benfica sem espaço para sair a jogar. Ainda assim, o perígo voltou a rondar a baliza de Gorka, mas apenas através de lances de bola parada. Aos 25 minutos, um lívre apontado por Rui Costa levou algum perígo á área do Espanyol, mas Pandiani, que também defendeu, acabpou por afastar. Minutos depois, a melhor situação de golo para os encarnados, através de um canto apontado por Simão, com Nuno gomes a desviar ao primeiro poste, e David Luiz a chegar atrasado á emenda ao segundo. O Benfica continuou a pressionar e a empurrar os jogadores do Espanyol para o seu meio campo, o que resultou numa sequência de faltas e de paragens, que fez com que o final da primeira parte fôsse algo aborrecido. Ainda assim o Benfica dispôs de nova oportunidade, após passe a rasgar a defesa de Simão, mas Miccoli não conseguiu o remate pois Gorka saíu com rapidez. O intervalo chegou pouco depois, com a sensação de que se o Benfica tivesse apertado mais um pouco, tinha conseguido um golo nos primeiros 45 minutos.
No reatamento, o Benfica surgiu mais decidio a tentar alterar o rumo dos acontecimentos, onde apenas um golo chegava. As primeiras situações de algum perígo pertenceram ao benfica, que foi o único a atacar no segundo tempo. Logo a abrir, Simão teve uma boa ocasião para marcar, ao minuto 47, mas o remate saiu fraco e á figura de Gorka. Ernesto Valverde tentou segurar o maior ímpeto atacante dos encarnados, e retirou Ito, que já acusava algum cansaço, além de já ter um cartão amarelo e fêz entrar Eduardo Costa para o seu lugar. Os minutos continuavam a passar e os jogadores e o público da Luz comaçaram a ficar cada vez mais nervosos, pois não viam o golo surgir. Mas ao minuto 65 surgiu a primeira de três grandes ocasiões de golo desperdiçadas pelo ataque encarnado. Rui Costa entrou na grande área pela direita do ataque e rematou cruzado, e com a baliza completamente á mercê, Nuno Gomes atirou precisamente para onde estava o guardião espanhol, permitindo assim a defesa do guarda-redes. Minutos depois, Fernando santos mexeu na equipa e retirou precisamente o avançado e fêz entrar o outro talismã, Pedro Mantorras. O público começou então a puxar pela equipa, que arrancou para um bom período. Logo após a entrada de Mantorras, surge nova oportunidade de golo para o Benfica, com Rui Costa e Simão a tabelarem e o extremo encarnado a deixar em Miccoli, que de fora da área arrancou um remate potente e colocado, sem hipoteses para Gorka, mas que acabou por embater no poste e depois nas costas do guardião acabando por não entrar na baliza. Dois minutos depois, foi a vez de Rui Costa atirar com estrondo ao mesmo poste, na sequência de uma falta apontada a 25 metros da baliza do Espanyol, com o guarda-redes Gorka completamente batido. A entrada para o último quarto de hora do jogo, Rui Costa voltou a ter hipótese de remate dentro da área, mas o tiro saiu frouxo. Ernesto Valverde e os poucos adeptos do Espanyol, estavam a ver o Benfica massacrar os seus jogadores e estes a não conseguirem sacúdir a pressão.
Fernando santos apostou tudo no ataque e retirou de campo, Nelson e Karagounis a dez minutos do fim da partida, fazendo entrar Dérlei e Katsouranis, acabando o jogo com quatro jogadores no ataque. Ernesto Valverde, que já tinha substituido Pandiani por Coro, a vinte minutos do fim, abdicando do ataque, ainda retirou De la Peña e fez entrar Jonatas, que teve paepl preponderante nesta fase final da partida, nomeadamente a segurar a bola e a ganhar faltas inteligentes aproveitando o nervosismo dos jogadores encarnados. Ainda assim, o Espanyol pode queixar-se de uma grande penalidade que o árbitro não apontou, quando Léo derruba dentro da área Luís García, depois deste ter desviado a bola do defesa e preparar-se para rematar. Na resposta, a bola chegou rápidamente a Mantorras, que sofreu falta, com o árbitro desta vez a apitar e a distribuir cartões amarelos aos jogadores do Espanyol por protestos. A falta, a entrada da área, não causou estragos. Nesta fase final do jogo, o espanyol surgiu mais vezes no ataque, algo que não fêz durante practicamente todo o jogo e teve algumas situações de perígo, aproveitando o balnceamento ofensivo do Benfica. Jonatas passou com arte por Katsouranis a três minutos do fim do jogo, mas acabou por rematar ao lado. Já nos descontos, Riera voltou a conseguir centrar a bola sem oposição e do outro lado foi Coro que rematou torto. O jogo chegou ao fim momentos depois com o nulo a subsistir e com a consequênte eliminação do Benfica. Os responsáveis do Espanyol fizeram a festa no relvado, juntamente com a equipa. Nas bancadas da Luz, a festa fêz-se do lado dos poucos adeptos azuis e brancos, presentes no estádio.
O Melhor em Campo.
* Simão. Esteve sempre muito activo, em trocas constantes com Miccoli e Nuno Gomes, tentando baralhar a defesa do Espanyol. Nas bolas paradas que ele apontou, sairam alguns lances de perígo. No lance em que Nuno Gomes atirou á figura de Gorka, podería ter marcado, caso a comunicação entre ambos tivesse funcionado.
* Rui Costa. Distribuiu sempre bem o jogo, e teve várias oportunidades de golo nos pés, das quais a mais flagrante é a bola ao poste aos 73 minutos, após marcação de um lívre a 25 metros da baliza de Gorka.
* Gorka. Mais uma vez fundamental e desta feita com alguma sorte á mistura. Batido nos lances em que a bola embateu no poste, teve ainda a sorte de na primeira, a bola lhe bater nas costas e ainda assim não entrar. No lance de Nuno Gomes, teve o mérito de estar no sítio certo, na altura certa. Na primeira parte teve algumas intervenções seguras, uma das quais já perto do intervalo, quando não permtiu que Miccoli rematasse para golo.
O Positivo do Jogo.
O Benfica pode agora concentrar-se na única competição em que ainda está envolvido, que é o campeonato. Apenas três pontos separam os encarnados dos líderes e tudo pode acontecer. Sem o desgaste dos jogos á quinta-feira, o Benfica pode ainda tentar chegar ao título, mas no mínimo tem tudo para garantir o segundo lugar na prova.
O Negativo do Jogo.
A falta de sorte dos avançados foi mais uma vez notória. Os postes evitaram outro resultado, é certo, mas também os jogadores não estiveram no seu melhor no capítulo da finalização, permitindo ao guarda-redes algumas defesas que poderíam ter dado golo, nomeadamente a de Nuno Gomes. É certo que é umaboa defesa, mas o avançado tinha meia baliza a sua mercê....
O Benfica continua sem atingir uma meia final de uma grande competição, continuando também sem conseguir eliminar um clube espanhol, depois de o último ter sido o Betis, precisamente á 25 anos atrás.
O Árbitro.
O dinamarquês Claus Bo Larsen, foi um árbitro que não esteve muito bem na noite de ontém. Teve algumas decisões difíceis de ajuizar, como um lance dentro daárea do benfica já perto do final da partida, onde Léo rasteirou claramente Luís García, com o árbito a nada apitar. Foi talvêz o maior erro do juiz, que teve alguma dualidade de critérios na amostragem de cartões amarelos.
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