quarta-feira, janeiro 10, 2007

Bayern Munique 0-0 SL Benfica* (3-4, grandes penalidades)

Estádio: Estádio Rashid (Dubai)
Espectadores: 5.000
Árbitro: Khaled Aldokhi


Bayern Munique: Kahn, Sagnol, Demichelis, Van Buyten e Lahm, Van Bommel, Deisler, Salihamidzic e Karimi, Makaay e Santa Cruz.
Treinador: Felix Magath. Jogaram ainda: Lúcio, Lell, Furstner, Ottl, Podolski e Pizarro
Marcadores das grandes penalidades: Van Bommel, Salihamidzic, Pizarro, Lúcio e Podolski

SL Benfica: Moretto, Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Miguelito, Beto, Katsouranis e Karyaka, Manú, Simão e Nuno Gomes.
Treinador: Fernando Santos. Jogaram ainda: Anderson, Paulo Jorge, Mantorras, Karagounis, João Coimbra e Marco Ferreira
Marcadores das grandes penalidades: Luisão, Mantorras, Beto, Karagounis e Marco Ferreira


Fernando Santos não queria fazer este torneio nesta altura, mas o certo é que o encaixe fianceiro já justifica a participação. Quanto ao jogo, foram 90 minutos a pensar nas grandes penalidades.


Fernando Santos alterou o esquema de jogo e utilizou o 4x3x3, não dando qualquer minuto de jogo a Rui Costa. O Benfica apresentou algumas caras novas no onze inícial, desde logo, Moretto e Muiguelito na defesa, Beto a trinco e Karyaka no vértice atacante. Manú foi outra das unidades que integraram o onze encarnado, que tem sido menos utilizado por Fernando Santos.
Do lado do Bayern, houve poucas alterações. Magath utilizou practicamente toda a artilharia bavara, com excepção a Lúcio, que entrou ao intervalo, tendo actuado no seu lugar Demichelis.
O jogo começou, e diga-se, foi sempre, lento. As equipas estavamclaramente em gestão de esforço, pois os respectivos campeonatos estão aí à perna, e ambas as equipas têm objectivos claros que querem atingir. No entanto pode-se dizer, que durante algum tempo, o Bayern foi superior, pois o Benfica cedeu a inicíativa de jogo aos bavaros, tentando o contra-ataque, fazendo valer a velocidade de Manú e Simão.
O Bayern foi o primeiro a criar perigo num canto, aos 6 minutos, com a bola a sobrar para fora da área e um jogador do Bayern a desferir potente remate, com a bola ainda a embater na trave de Moretto.
O Benfica tentou responder, e foi Manú, que em velocidade bateu Lahm, alias, sería uma constante durante o tempo que o extremo esteve em campo, mas a jogada acabou num canto sem consequências para a baliza de Kanh.
O Bayern começou a apertar um pouco o meio campo encarnado. Beto, que ainda não tinha actuado de início, acusou essa falta de rotina e foi tentando estancar a maior rotinagem bavara conforme podía, muitas vezes em falta. Karyaka, também demonstrou falta de ritmo, e não conseguiu criar uma jogada de perigo para a baliza de Kanh. Katsouranis era o único que conseguia estar em todo o lado e foi evitando algumas situações mais perigosas para a baliza de Moretto. No entanto o Bayern, a trocar a bola, conseguia chegar perto da área encarnada, e foi assim que Karimi bateu Miguelito e conseguiu centrar para a área, onde Santa Cruz estava um pouco atrasado. Durante alguns minutos o Bayern de Munique esteve no meio campo benfiquista, mas diga-se, também não conseguiu criar uma oportunidade clara de golo, muito por culpa de Luisão e Ricardo Rocha, que anularam por completo Makaay e Santa Cruz. No último quarto de hora da primeira parte, o Benfica foi superior, tendo encostado o Bayern no seu meio campo e chegando mas perto da área de Kanh, mas sem conseguir fazer algum remate. No entanto a grande oportunidade de golo pertenceu ao Benfica, já bem perto do intervalo. Nuno Gomes viu bem a entrada de Simão e meteu-lhe a bola, o capitão ganhou posição a Sagnol e só com Kanh pela frente, atirou um nada ao lado do poste mais distante do alemão. Pouco depois o árbitro apitou para o intervalo e ficava a impressão de um jogo sem vontade de ser jogado por ambas as equipas, que deram um pobre espectaculo aos cerca de 5 mil espectadores presentes no Estádio Rashid.


No reatamento, o Bayern veio completamente diferente. Magaht efectuou todas as alterações, menos o guarda-redes. Sendo assim, Demichelis ficou nos balnearios e no seu lugar surgiu Lúcio, assim como Sagnol, tendo entrado Lell no seu lugar. Karimi e Deisler também não voltaram e surgiram Furstner e Ottl respectivamente, e também Pizarro e Podolski nos lugares de Makaay e Santa Cruz. Ou seja, Magaht alterou meia equipa, mas não alterou o sistema de jogo, que se manteve num 4x4x2 em losango, mas as substituições revelaram-se infrutiferas, pois nenhum dos substitutos se destacou em relação aos substituidos.
Do lado do Benfica, Fernando Santos, fez entrar Anderson, Paulo Jorge e Mantorras, para os lugares de Ricardo Rocha, Simão e Nuno Gomes.
E o jogo recomeçou fraco como terminara. No entanto, os encarnados demonstraram outra disponibilidade nos mintos iniciais da partida, o que valeu uma jogada de algum perigo para a baliza de Kanh, quando Lúcio perdeu a bola entre Mantorras e Paulo Jorge, com o esferico a sobrar para Karyaka, que ainda entrou na área, mas acabaria por atirar ao lado.
Mantorras ainda foi espicaçando alguns defesas bavaros e conseguiu trocar as voltas a Lúcio numa sucessão de fintas junto à linha final, que deixou o central brasileiro fora da jogada, mas o centro do angolano não encontrou ninguém na área, estavam decorridos 66 minutos de jogo e as equipas ainda não tinham criado nenhuma oportunidade de golo.
O jogo entrou na fase final e Fernando Santos deu oportunidade a Karagounis, João Coimbra e Marco Ferreira de mostrarem alguma coisa. Mas nem o grego, nem os portugueses fizeram algo de especial relevo. Os últimos minutos foram um pouco mais movimentados, com Beto a ter oportunidade de atirar à baliza de Kahn, na sequência da marcação de um lívre directo, mas bateu mal na bola, Mantorras ainda conseguiu desviar, mas o remate foi muito frouxo e anichou-se nas luvas do guarda-redes alemão. O Bayer respondeu, primeiro num canto, em que Moretto ficou na baliza e a bola acabaria por cair num defesa encarnado que limpou a jogada, e depois numa investida de Lell, mas Pizarro não rematou bem e a bola perdeu-se. A fechar o tempo regulamentar, João Coimbra viu bem Mantorras na área, mas o passe saiu muito atrasad, o angolano aoinda conseguiu atrasar para Beto, mas o centrocampista voltou a não acertar bem na bola e o remate saiu muito torto. O jogo terminou pouco depois e na marcação das grande penalidades, Moretto foi héroi. Ele que já havia defendido uma grande penalidade marcada por Ronaldinho Gaucho em pleno Camp Nou, defendeu desta feita, os penaltis de Van Bommel e Pizarro. Do lado do Benfica, apenas Beto falhou o seu penalti.
O resultado dos 90 minutos ajusta-se áquilo que foi o jogo. Sem ideias, apenas com uma oportunidade de golo, e para o Benfica, sempe jogado a passo. Nos penaltis, venceu quem marcou mais, e aí há que dar o mérito aos jogadores encarnados que marcaram os golos, e a Moretto, que adivinhou, e bem, os remates de Van Bommel e Pizarro. Quarta-feira o Benfica defronta a Lazio, na final do torneio, que venceu horas antes o Marselha.

O Melhor em Campo


*Moretto. O gurada-redes benfiquista, acaba por merecer especial destaque, pois foi o jogador que garantiu a vitória encarnada defendendo duas grandes penalidades. Uma exibição sem complicar, também não houve muito que fazer, apenas falhando a 10 minutos do fim, num canto, ficando na baliza quando devería ter saido à bola. De resto, bateu bem as bola, pecha que o deixou com má fama.

O Positivo do Jogo


* A vitória encarnada. Cerca de um milhão de dolares ( a volta de 800 mil euros) entraram nos cofres do Benfica, graças a esta vitória.
* Uma vitória, mesmo que a feijões, frente ao Bayern de Munique é bastante moralizadora.
* A presença de apoiantes portugueses nas bancadas do Estádio Rashid. Até adeptos afectos ao Vit. Guimarães lá estavam.

O Negativo do Jogo


* A lentidão com que foi jogado por ambas as equipas.
* Ausência de oportunidades de golo, fruto de alguma falta de criatividade dos dois conjuntos.
* Beto. O centrocampista encarnado provou que a camisola do Benfica lhe pesou e de que maneira, nos ombros. Jogou sempre em esforço, fruto também da pouca utilização, chegando sempre atrasado aos lances, o que lhe valeu um cartão amarelo já na perte final da partida. Não conseguiu acertar um único remate e foi o único jogador encarnado a falhar uma grande penalidade. Deve estar definitivamente de saida do clube.

O Árbitro


Alguém o viu? Não houve necessidade de intervir muitas vezes, excepto em algumas jogadas mais ríspidas. Bem no amarelo a Beto, e bem no tempo de compensação dado em ambas as partes.

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