Estádio: Cidade de Coimbra
Assistência: 19.464 espectadores
Árbitro: Paulo Pereira (Viana do Castelo)
Estado do relvado: razoável
Jogaram pela Académica: Pedro Roma, Litos, Danilo, Kaká, Paulo Sérgio, Lino, Alexandre, Roberto Brum, Dame, Filipe Teixeira e Gyano.
E ainda: Miguel Pedro, Nestor e Sarmento.
Jogaram pelo Benfica: Quim, Nélson, Luisão, Ricardo Rocha, Léo, Katsouranis, Karagounis, Petit, Simão, Miccoli e Nuno Gomes.
E ainda: João Coimbra, Rui Costa e Manú.
A equipa de Fernando Santos vinha moralizada com a conquista do Torneio do Dubai e com mais ritmo de competição, antes do reinício do campeonato português. Nenhum cenário conseguiria ser mais promissor para a equipa de Lisboa. E foi em Coimbra que se pode assistir a mais uma vitória do Benfica, num espectáculo bonito de se ver: duas equipas a jogarem com alta qualidade.
Com um golo madrugador de Ricardo Rocha – se bem que em fora-de-jogo – o Benfica estendeu as asas para aquela que parecia ser uma noite de glória. Engano rotundo. A Académica de Coimbra fez os possíveis e os impossíveis para mostrar que as delicadezas de anfitrião tinham terminado.
O esquema táctico de Manuel Machado empurrou os visitantes para trás, condicionando o contra-ataque benfiquista, ao mesmo tempo que criava situações de perigo iminente à baliza defendida por Quim. O jogo desenrolava-se assim: Académica atacava, Benfica defendia com mestria…
À passagem do minuto 30, o grego Katsouranis marca o segundo golo do Benfica; mas o mesmo árbitro que validara o erro do 1.º golo, anula este… limpo! Dois minutos volvidos e de novo, o 8 benfiquista aproveitando um serviço de Nuno Gomes empurra para golo… de novo anulado. Muita sorte ou muito azar para um homem só na mesma noite.
Contudo, nem só de remates vive um jogo. Quim teve a sua noite de trabalho. E de glória. Um punhado de óptimas defesas, sendo que aquela que vai ficar para sempre na memória envolve Filipe Teixeira e uma defesa instintiva.
Na recta final, Léo explicou aos estudantes o porquê do Benfica ter-se deslocado a Coimbra: o golo da tranquilidade absoluta e a conquista dos 3 pontos, que imediatamente colocaram os “encarnados” a dois pontos do rival Sporting. Sem culpas nos golos, o veterano Pedro Roma também assinou uma exibição dourada.
Melhor Jogador:
Quim foi eleito pela maioria da comunicação social como o melhor benfiquista em campo. As suas defesas impressionantes fizeram com que o clube da Luz não perdesse a vantagem face aos da casa. Quim continua ali e diz “presente” sempre que é chamado a intervir – quer gostem ou não dele.
Arbitragem:
Paulo Pereira, no cômputo geral, merece nota positiva, caso fosse o único árbitro da partida. Mas como a arbitragem é realizada em equipa, o seu trabalho acabou por ser prejudicado, devido aos auxiliares.
Pontos positivos do jogo:
O Benfica aproxima-se assim do 2.º classificado, o Sporting, estando apenas a um ponto da vice-liderança. Nada mau no encerramento da primeira volta.
O espectáculo, em si. Quando duas equipas fazem aquilo que lhes compete e jogam bem e bonito, todos ganham, independentemente do resultado.
Pontos negativos do jogo:Mau ajuizamento de certas situações de jogo, por parte dos árbitros auxiliares da partida. Fora-de-jogo no 1.º golo dos “encarnados”; anulação de um golo (limpo) a Katsouranis; mão na bola ou bola na mão de Simão, na área nos últimos 5 minutos da partida… são manchas que ficam e que os adeptos não esquecem.
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