domingo, janeiro 14, 2007
Nova era, velha história.
Estádio: José Arcanjo, Olhão
Assitência: 6 000 pessoas
Árbitro: Lucílio Batista
Se Manuel Cajuda esperava ter a sua cidade natal como talismã para um começo promissor à frente do Vitória, o que aconteceu esta tarde em Olhão não correspondeu claramente às suas expectativas. Aliás, estreia pior para o novo técnico vimaranense seria difícil de acontecer.
Com um onze muito diferente daquele que vinha a ser utilizado até aqui ( Cajuda fez alinhar Sereno e Tchomogo pela primeira vez e fez regressar Moreno e Otacílio ), o Vitória entrou no jogo com motivações ofensivas e até conseguiu ser a equipa com o maior nível de posse de bola, bem como a equipa que conseguiu o maior número de oportunidades de golo.
Nada que fosse traduzido em golos ( como já vem sendo habitual! ). Aliás, a primeira parte da partida foi jogada muito lentamente e sem apresentar grandes motivos de interesse. Não foi de estranhar por isso, que o intervalo tivesse chegado com um nulo no marcador.
Na segunda parte, se era esperado que fosse o Vitória a entrar determinado e fortemente inclinado para a baliza adversária, ( mais uma vez ) aconteceu precisamente o contrário. O Olhanense entrou plenamente convicto de que queria ganhar o jogo, e fez pela vida logo nos primeiros minutos, pondo Nilson à prova um par de vezes. O Vitória apresentava-se apático e sem capacidade de resposta, limitando a assistir à luta do Olhanense pela vitória.
A partir do minuto 58, um jogo até então morno, muda completamente de rumo. Manuel Cajuda substitui Moreno e Brasília por Flávio e Targino, respectivamente, certamente com o objectivo de tornar mais dinâmico o seu ataque.
Objectivo falhado muito por culpa de Franco. Na pior altura do jogo, o central vitoriano sem pensar que se com onze já estava difícil então com dez seria praticamente impossível, comete falta e recebe ordem de expulsão, após ver o segundo cartão amarelo. Desespero total dos homens de Guimarães que três minutos depois, como já não era de admirar, sofre o golo, por Djalmir.
Se a igualdade já estava a ser pensada como um bom resultado, este golo veio deitar por terra todas as expectativas de empate e desde o golo do Olhanense o Vitória limitou-se a esperar que Lucilio Batista apitasse para o final do encontro.
Pelo meio, ainda houve tempo para Henrique, após alegadamente ter agredido um homem do Olhanense, ser expulso com um cartão vermelho directo.
Estreia demasiadamente má para Cajuda que terá claramente muito trabalho pela frente, com esta equipa. Quanto aos jogadores, esses continuam a gozar com as gentes que os seguem para onde quer que seja, e envergonham a cada Domingo que passa este clube. Já nem existem palavras adequadas para esta vergonhosa situação.
MELHOR JOGADOR
Sereno #4. É realmente muito frustrante chegar a este ponto e não ter vontade de escolher nenhum dos homens que veste a camisola do Rei. Porque o que apetece mesmo pensar é que nenhum deles merece vesti-la. De qualquer maneira, e guiando-me pelo relato do jogo que é a única base que existe, Sereno, total estreante nesta Liga de Honra, jovem vimaranense que actuou esta tarde como lateral-direito, no lugar de Vítor Moreno, parece ter feito uma partida de bom nível, mostrando a Manuel Cajuda que também pode fazer parte das suas contas.
ARBITRAGEM
Obviamente que é muito dificil avaliar correctamente a arbitragem quando o único suporte que existe é o relato do encontro, mas pelo que me foi dado perceber, Lucilio Batista esteve bem em praticamente todos os lances que ajuizou e não teve qualquer tipo de influência no resultado final.
PONTOS POSITIVOS
- Positivos? Além das mais 200 pessoas que sairam de madrugada de Guimarães para estarem presentes no Algarve, não encontro nenhum. Aliás, num clube em ruinas, a única coisa positiva que ainda se encontra é realmente a sua inigualável massa humana.
PONTOS NEGATIVOS
- A atitude.
- A ingratidão.
- A falta de liderança.
- O medo de ganhar.
- A inconsciência do clube que representam.
- Os jogadores mediocres que representam o Vitória.
- Quando me começarem a "ouvir" talvez já seja tarde. Enquanto não tivermos uma equipa, estruturada de acordo com os objectivos a que este clube se deve propor sempre, enquanto não tivermos uma liderança forte, o Vitória continuará a cair, cair, cair...
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