O "tristonho" Brasil, que poucas vezes tem dado espectáculo nesta Copa América já se encontra na final da competição, depois de ter afastado o Uruguai no desempate por grandes penalidades (5-4), após um empate a 2 bolas no tempo regulamentar.
A selecção canarinha sem deslumbrar e com uma equipa que não se pode dizer ser a equipa principal consegue chegar à final da Copa América onde irá defrontar o vencedor do México-Argentina, a realizar hoje.
O jogo entre estes dois eternos rivais não se pode dizer que tenha sido muito bem jogado, mas foi acima de tudo, emotivo. O Brasil entrou bem na partida e logo ao 13 minutos o lateral direito Maicon iria inaugurar o marcador na sequência de uma defesa incompleta do guarda redes Fabián Carini. Era a sequência lógica de uma melhor entrada na partida por parte dos canarinhos.
Passados poucos minutos, um apagão numa das torres de iluminação iria originar uma paragem de 15 minutos na partida. Algo inconcebível num jogo de uma grande competição internacional, mas continuamos a falar da América do Sul!...
Após o reatamento, o Uruguai lançou-se ferozmente sobre o meio campo brasileiro e encostou o escrete à sua área, tendo várias oportunidades para igualar a partida. Daí não ter causado espanto o golo da turma celeste, aos 34 minutos (45+4), por parte de Forlán. Diego Forlán e Alvaro Recoba foram sem dúvida os melhores jogadores uruguaios nesta partida.
Porém, 5 minutos volvidos, e completamente contra a corrente do jogo, Julio Baptista iria colocar novamente o Brasil na liderança do marcador, num lance de bola parada.
Chegávamos assim ao intervalo com uma vitória por 2-1 da turma canarinha, resultado injusto para o nível exibicional apresentado pelas duas equipas.
Na segunda parte o jogo foi bastante mais calmo, também devido à saída prematura de Recoba, ao intervalo. O Uruguai teve muito mais dificuldade na construção de jogo e o Brasil foi sempre controlando as operações.
O futebol não é, no entanto, uma ciência lógica, e quando tudo apontava para um apuramento tranquilo do Brasil para a final, face às poucas dificuldades criadas pelos uruguaios, eis que Sebastian Abreu empata a partida, quando estavam decorridos 70 minutos.
Voltava tudo à estaca zero e até final dos 90 minutos poucos motivos de interesse teve a partida, que se concluiu com uma igualdade a 2 bolas.
Na Copa América não há lugar a prolongamentos, pelo que passaria-se imediatamente à marcação de grandes penalidades, onde Doni foi o grande protagonista e o herói brasileiro. Começaram melhor os canarinhos o desempate, com Robinho, Juan e Gilberto Silva a acertarem, ao passo que Forlan desperdiçou logo o primeiro remate dos uruguaios. Porém, depois, seria a vez de Afonso Alves também errar. A primeira série terminaria com uma igualdade a 4. E quando Fernando falhou de seguida, tudo parecia perdido para o Brasil. Só que Pablo Garcia acertou no poste. Gilberto marcou na resposta e depois seria a vez de Doni brilhar e "dar" ao Brasil um bilhete para a final!
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