Entrou com o pé direito a selecção portuguesa de sub-20 no Mundial da categoria a disputar no Canadá, batendo a frágil selecção da Nova Zelândia por duas bolas a zero.
Num relvado sintético de relativa boa qualidade, Portugal apresentou-se inicialmente com alguns receios, fruto de se tratar do primeiro jogo da competição e talvez também devido ao relavado sintético e sua consequente adaptação. No entanto a partir do primeiro quarto de hora que se revelou algo equilibrado, o jogo pendeu a 100% para a nossa selecção que o dominou até ao fim.
Portugal assentou o seu jogo ofensivo principalmente na virtuosidade dos seus dois alas, Fábio Coentrão (Benfica) e Bruno Gama (Porto). O primeiro mais vistoso, com várias jogadas de grande recorte técnico a pôr em água a cabeça dos defesas neozelandeses. O segundo menos vistoso mas ainda assim bastante importante na manobra da equipa e o marcador dos dois golos.
No meio campo realçou-se Pélé (Vitória Guimarães), um poço de energia! Foi para mim a grande surpresa que este jogo me deu pois não o conhecia ainda suficientemente para aquilatar das suas qualidades. Possante, com boa leitura de jogo, foi a formiguinha da selecção, recuperando um número impressionante de bolas.
A partir dos 15 minutos iniciais Portugal acantonou-se no meio campo adversário e fruto de duas ou três boas arrancadas de Fábio Coentrão poderíamos facilmente ter chegada à vantagem, vantagem essa que surgiu a poucos minutos do final da primeira parte num livre superiormente executado por Bruno Gama! O "capitão" efectuou um remate com o pé direito, fazendo-a sobrevoar a barreira para entrar junto ao ângulo superior esquerdo da baliza de Spoonley. Chegávamos então ao intervalo com uma preciosa vantagem que daria mais tranquilidade à equipa para a etapa complementar.
Na segunda parte a toada não se alterou e Portugal ainda intensificou mais o seu domínio. Fábio Coentrão continuava endiabrado e Zequinha (Porto) nesta segunda parte mostrou-se bastante, com alguns bons pormenores. Um ponta de lança a seguir com atenção.
E aos 59 minutos o árbitro assinala uma grande penalidade sobre Zequinha. Bruno Gama encarrega-se de marcar o castigo máximo e dilata a vantagem para duas bolas a zero.
No resto do jogo a selecção lusa continuou a mandar no jogo e poderia ter ampliado a vantagem, com várias ocasiões desperdiçadas, perante neozelandeses que se remeteram a tarefas defensivas e a explorar o contra-ataque, desfrutando de uma grande ocasião para reduzir, aos 87 m , através de Brockie.
Destaque ainda para o fantástico apoio que a selecção portuguesa teve por parte dos seus emigrantes. Arrepiante!
Vitória inteiramente justa de Portugal, que inicia assim da melhor forma a sua participação no Mundial. Na próxima 5ª feira, um verdadeiro teste de fogo frente à selecção mexicana, uma das grandes favoritas da competição.
FORÇA PORTUGAL!
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