Derby Tripeiro

Local: Porto
Estádio: Dragão
Assistência: 38.729 Espectadores
Árbitro: Elmano Santos

VISÃO PORTISTA

O Frio da noite Tripeira e o Calor Humano dos adeptos Portistas construíam um cenário de Contrastes, tal como as duas Equipas o fizeram no excelente relvado do Estádio do Dragão, dado que tivemos de um lado uma equipa Construtora e, do outro, uma preocupada única e exclusivamente com a «arte» da Destruição...

Jesualdo Ferreira estreou 3 novos jogadores no «onze» dos Dragões. Bruno Moraes, João Paulo e Ibson entraram, pela primeira vez, na equipa titular, aproveitando o «castigo» de Paulo Assunção e o «descanso» de Lisandro Lopez e Raúl Meireles.

A estratégia do Boavista visou anular o Futebol que o FC Porto ía conseguindo «fabricar», conseguindo quase sempre desfeitear as tentativas dos Dragões em entrar na área e de chegar à linha de fundo. Assim sendo, a 1ª Parte foi monótona, de sentido único e sem grandes sobressaltos para as duas defesas.

Para a 2ª metade, Jesualdo Ferreira procurou dar outra profundidade ao Futebol Azul e Branco, tirando João Paulo (cumpriu defensivamente, embora não consiguisse imprimir ritmo ao jogo) fazendo entrar Lisandro Lopez.
Os Dragões entraram mais afoitos, tentando imprimir mais velocidade à partida e os Laterias (Cech e Bosingwa) apareceram mais vezes no último terço a tentarem criar os desiquilibrios.
No entanto, seria uma dádiva de Khadim que lhes permitiria inaugurar o marcador, quebrando finalmente aquela enorme muralha Boavisteira. Aos 51' Ricardo Quaresma desfere um remate de fora da área, à partida perfeitamente defensável, contudo Khadim acredita no seu golpe de vista e vê a bola embater no poste e a anichar-se no fundo da baliza. Era o desalento dos Axadrezados que viam ruir de uma forma incrível todo o trabalho defensivo que vinham fazendo até então.

A partir daqui, o Boavista tentou subir um pouco no terreno, mas jamais conseguiu criar qualquer dificuldade aos Campeões Nacionais. O ritmo continuou vivo e as oportunidades sucederam-se junto à baliza Boavisteira.
Numa dessas, o FC Porto chegou ao 2º golo. 73' e, o actual Líder da Lista dos Melhores Marcadores, Helder Postiga fixou o resultado final em 2-0, através de um desvio oportuno, depois de um remate de Bruno Alves.
Até ao término do encontro ainda houve tempo para mais uma desperdício (Lisandro Lopez) e para o regresso à competição de Adriano.

Vitória calma e inequívoca do FC Porto, que foi a única que tentou jogar Futebol no Estádio do Dragão.

MELHOR EM CAMPO
Ricardo Quaresma, sempre ele! É o grande municiador do ataque dos Dragões e ainda conseguiu ser ele a abrir o marcador neste Derby que começava a dar sinais de se complicar. Está em grande forma! O FC Porto e Scolari (se quiser...) agradecem.


ÁRBITRO
Elmano Santos permitiu muito anti-jogo Boavisteiro, com sistemático recurso à falta, que o árbitro Madeirense tardou em punir com os devidos cartões. Teve dois «casos» de difícil análise, ambos na 1ª parte. No 1º, Ricardo Silva, com a mão, impede um cruzamento de Lucho Gonzalez, contudo o Defesa Axadrezado encontrava-se muito perto do Médio Portista, aceitando-se a análise do Árbitro. No 2º, Mário Silva e Quaresma «embrulham-se» na área dos Forasteiros, sendo igualmente complicado afirmar o que quer que seja.

POSITIVO DO JOGO
* O Alargar da vantagem pontual do FC Porto para os seus mais directos Adversários.
* A segurança e confiança dos Portistas.
* O Aniversário dos Super Dragões (20 Anos a aturá-los...). Sempre muito activos, não se calando um bocado que seja e com uma nova música - uma Adaptação do tema de Mike Oldfield, Moonlight Shadow. Autêntica «Chuva de Estrelas», menos a Catarina Furtado...

NEGATIVO DO JOGO
* A falta de Ambição do Boavista. Deviam ler o nosso Blog, pois «Nunca se joga para o ZERO ZERO».
* Quem ainda tiver dúvidas daquilo que Jaime pacheco incute nos seus jogadores, reparem só no que já conseguiu fazer com Roland Linz. Até o Austríaco já distribui "fruta" em tudo que mexe...
* A falta de ritmo dos 3 estreantes Dragões, face aos restantes companheiros. Ibson tem muito para dar ao FC Porto, mas tem de ser mais pragmático...



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VISÃO BOAVISTEIRA

Deixo o resumo ao meu companheiro João Ribas na sua análise portista e falar daquilo que me vai na alma.

Aquilo que viram hoje não é uma equipa a jogar para o zero-zero como ele disse acima. É uma equipa completamente desgastada mentalmente.
Jaime Pacheco disse para os jogadores serem agressivos, e assim teria que ser. É um Derby e, como não temos a mesma qualidade do FC Porto, há que jogar á base da força. Mas alguns jogadores foram um bocado longe mais, e tiro a culpa a Pacheco.
Acreditem que custa muito ser adepto do Boavista. O problema é que se eu fosse o treinador faria o mesmo que fez. Aliás, até punha os jogadores mais agressivos com ele fez, porque era por aí que o Boavista poderia ganhar face ao maior tecnicismo dos Portistas.

Foi um jogo com Fair-Play, até demais. É tão chato estar a fazer uma exibição segura e eficaz defensivamente, ver os Campeões a tremer porque não conseguiam marcar, até que aquele Khadim que anda à 7 anos a receber ordenados sem fazer nada, sofre um golo daqueles...
Ora bem, o Boavista é das equipas mais desgastadas mentalmente, sem segurança e não consegue atacar com muitas peças, nem que o adversário fosse o Aves e aquele Khadim decide oferecer a vitória à equipa adversária. Digam lá que mais alguém pode fazer?
O jogo em si foi demasiado fechado, sem oportunidades, mas com o FC Porto a ter maior domínio e a conseguir uma vitória normal.
O Boavista já sabia que se sofresse o golo, jamais seria equipa de voltar a empatar, porque não existe como conjunto, nem como equipa atacante e existem jogadores que estão a perder a paciência: Roland Linz... Aquela falta sobre Quaresma não foi de propósito, foi porque estava farto de correr sem ter uma equipa que lhe desse a bola em condições. Qualquer jogador ficaria assim.
Grzelak grande jogador sempre a trabalhar, quer ofensiva quer defensivamente.
Zé Manel é bom jogador, mas muito trapalhão.
Temos o Kazmierczak que ainda dá alguma luta e, acabou, não existe mais ninguém...
Ricardo Sousa é um jogador complicado, não se esforça.
Quanto a Tiago e Lucas são jogadores de distrital, principalmente o segundo. Há jogos que não jogam nada e não existe ninguém que os coloque, pelo menos, um jogo no banco? São filhos do presidente ou enteados?
Ricardo Silva é um chefe, o verdadeiro Capitão desta equipa e não aquele mediano Tiago!

Não há liderança, não há conjunto, não há equipa. É a vida e a solução não é mandar ninguém embora. É escolher os jogadores certos, dar oportunidades a todos, e apoiar, porque esta época já pouco se pode fazer, mas para o ano há mais e é preciso criar um conjunto sólido que o Boavista não tem tido ao longo dos anos...
Essencialmente é isto: O Boavista não ataca porque quer, ataca porque tem medo! Até com o Aves foi assim…

MELHOR EM CAMPO
Ricardo Silva, como já disse, é um verdadeiro Capitão. Foi o melhor jogador do Boavista ao lado de Cissé. Se não fosse Khadim o Boavista tinha empatado quase de certeza.
Em contraste com Lucas, Tiago, Mário Silva e até Linz, Ricardo Silva está em forma e demonstra que ainda anda preparado para estas andanças... e poucas faltas fez.





ÁRBITRO
Como Boavisteiro digo: O Boavista foi beneficiado pela arbitragem.
Cissé merecia no mínimo um cartão amarelo e Roland Linz não merecia continuar em campo após o lance com Quaresma.
De resto, a equipa foi muito faltosa e nesse ponto o Árbitro tentou sempre controlar o espectáculo, faltando alguns «amarelos» por exagero de faltas.
Quantos às GP: o de Ricardo Silva não existe, porque o jogador estava demasiado perto de Lucho (para a próxima ele corta os braços ok?...) e o de Mário Silva é duvidoso, mas já vi lances bem piores.

POSITIVO DO JOGO
* Essamé jogou 10' (pelo menos teve uma oportunidade)...
* O FC Porto está bastante forte e espero que ganhe ao Arsenal para a Liga dos Campeões. Vou ver mais duas equipas inglesas a serem eliminadas pelos portugueses...
* Grzelak corre, e corre, e corre... para quê? Os seus colegas não fazem o mesmo, então para que é que se cansa?...

NEGATIVO DO JOGO
* A atitude de Roland Linz não tem nada a ver com Pacheco como disse o Ribas. Tem a ver com isto: corram o jogo inteiro para trás e para a frente, recebendo a bola em más condições e sem apoio e sejam um Avançado de classe que gosta marcar golos. Que tal a sensação? Deve ser óptima...
* O Boavista não existe como equipa...
* Lucas continua, e continua, e continua a jogar... Porquê?