Estádio: Mata Real
Assistência: 3.000
Árbitro: Lucilio Baptista
O Benfica deslocou-se ontem ao sempre difícil campo da Mata Real, num jogo muito importante, sob uma chuva quase diluviana, e estando com o pássaro na mão deixou-o fugir já em período de descontos.
O jogo iniciou-se muito equilibrado, com ambas as equipas a temerem-se, e também a "estudar" o próprio estado do terreno, bastante rápido devido à chuva que se abateu sobre o Norte do país durante o dia de ontem.
A primeira oportunidade de golo acaba por ser para o Paços de Ferreira, num fantástico remate de fora da área, que Quim (continua seguríssimo) defendeu espectacularmente. O Benfica a partir daí começa, curiosamente, a controlar o jogo, com Simão e Paulo Jorge particularmente activos nas alas, sempre com o apoio de Nuno Assis e Karagounis.
Após dois ou três ataques perigosos, surge então o golo do Benfica, uma espectacular arrancada de Paulo Jorge pela esquerda, um cruzamento perfeito para a cabeça de Katsouranis que apenas teve que encostar para a baliza. Estava assim feito o primeiro golo do grego ao serviço do Benfica, ele que já disse valer por época 10 golos... A ver vamos...
Após o golo e durante o resto da primeira parte o Benfica controlou praticamente todo o jogo, e a nota de maior destaque é a lesão de alguma gravidade de Nuno Assis, que acabou por ser substituído por Manu. Com esta alteração, Simão passou a ser o "10" da equipa, jogando ao meio. Para mim esta é uma solução muito pouco natural para a equipa, aliás como se foi vendo no resto do jogo, enquanto o capitão encarnado actuou nessa posição.
Chegou o intervalo e a chuva não parava. A "equipa" do Futebol de Ataque presente na Mata Real ponderava abandonar o estádio e deslocar-se para o café mais próximo, mas decidimos aguentar mais 5 minutos. Após uns cânticos mais fortes a chuva parou... Milagre!...
A segunda parte iniciou-se como tinha terminado a primeira, com a formação encarnada a controlar o jogo, e o Paços a não demonstrar soluções para chegar à baliza contrária. Até que Léo tem um erro que acabou por modificar o curso do jogo, uma infantilidade para um jogador com tanta experiência como ele. Após discussão com o árbitro auxiliar e de receber o correspondente cartão amarelo, bate palmas na cara do árbitro que o expulsa imediatamente. Penso que o desnorte em alguns jogadores do Benfica é gritante e mais do que o que jogam ou não, a componente psicológica é neste momento a mais importante de ser trabalhada.
Após a expulsão Fernando Santos retira (a meu ver bem) Manu, muito apagado, e coloca Miguelito em campo, e pode-se dizer que o ex-nacionalista até entrou bem no jogo, defendendo bastante bem.
O Paços nos minutos seguintes à expulsão começa então a pressionar com mais unidades e o Benfica a recuar um pouco em demasia. No entanto passados 5 minutos já a formação lisboeta estabiliza novamente e começa a controlar um pouco melhor o jogo. E com Simão aberto numa ala e Paulo Jorge na´outra, começam a surgir alguns contra ataques rápidos.
Entretanto, Lucílio Batista, como é seu timbre, decide ser protagonista do jogo e começa a distribuir amarelos a torto e a direito, sem controlar minimamente o jogo, e sem critério. Na onda é apanhado entretanto o defesa central do Paços Luís Carlos. No estádio não fiquei com a certeza do amarelo ter sido dado pela falta em si ou por protestos. Mas foi um lance de compensação já habitual nas péssimas actuações deste árbitro.
Com mais espaço para jogar o Benfica consegue controlar totalmente o jogo e tem duas oportunidades incríveis falhadas, com algum azar à mistura. Luisão atira ao poste no seguimento de uma falta apontada por Simão, e a uns 5 minutos do final do jogo, Katsouranis, com a baliza completamente escancarada, atira ao poste, perdendo a oportunidade de "matar" o jogo.
É então que de uma forma a meu ver completamente desastrada o Benfica começa a defender o resultado completamente atrás, sem segurar a bola, sem fazer aquilo que um candidato ao título e grande equipa deve fazer que é controlar a posse de bola, ainda por cima com os jogadores com a técnica que os encarnados têm, e já no minuto 92, no seguimento de uma jogada do lado direito, João Paulo sobe mais alto do que Anderson e empata a partida.
Resultado amargo, e apesar de tudo injusto por tudo o que se passou na Mata Real.
MELHOR EM CAMPO
Paulo Jorge. O irrequieto extremo do Benfica começa a mostrar que foi uma boa contratação. Colocou a cabeça em água aos defesas contrários, e foi o jogador mais perigoso da equipa. Penso que já agarrou o lugar na equipa principal. Tem uma característica que eu gosto muito num jogador: RAÇA.
ÁRBITRO
Deplorável. O Sr. Lucílio Baptista já não engana ninguém. É MAU! Um péssimo árbitro, que tenta fazer com que ninguém fique chateado com ele, e que ontem se deve ter lembrado de Martins dos Santos e desatou a amarelar tudo e todos. Se formos fazer bem as contas aos amaraelos mostrados reparamos que mais de metade deles não são dados por faltas. Incrível.
POSITIVO DO JOGO
- Katsouranis e Karagounis. Estiveram bem no meio campo, apesar de não ser uma solução natural. Katosouranis perdeu a grande oportunidade de brilhar apontando dois golos...
- Cristiano. O jovem do Paços de Ferreira, com um estilo tipo Cristiano Ronaldo, é bom jogador. Um jovem a ter atenção no que falta do campeonato.
NEGATIVO DO JOGO
- Anderson. Comentava minutos antes do golo que Anderson tinha estado todo o jogo a fazer borrada. Parece que estava a adivinhar o que ia acontecer. O brasileiro será que já percebeu porque foi para o banco?
- Leo. Não se admite o que fez, prejudicando a equipa.
- O Estádio e o preço dos bilhetes. É inacreditável como ainda existem estádios destes na nossa Liga principal e se cobrem 25 euros para estar à chuva, numa bancada amovível sem condições nenhumas, num estádio com uma zona envolvente em terra batida, que rapidamente fica em lama, etc. UMA VERGONHA!
Por fim, aqui está a foto da presença do Futebol de Ataque sob chuva diluviana, em Paços de Ferreira, com o especial agradecimento à BWin, pelos convites que nos ofereceram:
Da esquerda para a direita, Pantera Branca, Luís Sousa e NSC
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