terça-feira, setembro 19, 2006

Tribunal Atacante


Mais uma vez de volta com os casos mais "picantes" da jornada 3 desta Bwin Liga, que volta a não ser completamente dissertada pela necessidade de ser contruída quando ainda faltavam dois jogos por se realizar.
Uma nota mais, para o facto de os lances em questão serem todos dos jogos em que participaram os ditos "grandes": gostaríamos de fazer uma análise exautiva a toda a jornada, mas o destaque dado aos restantes clubes na televisão é, como todos sabem, mais exíguo. E como compreendem, não vamos falar do que não vimos...

Sporting – Paços de Ferreira

Aos 45'+2, Ronny introduz a bola na baliza do Sporting com a mão. A acção do árbitro foi a correcta?

A acção do árbitro foi obviamente incorrecta pois permitiu que um golo com a mão fosse validado. Na minha opinião, acho que o árbitro não viu que Ronny introduziu a bola com a mão, e poderão existir várias razões para isto, mas não invalida que um golo foi marcado com a mão e esse erro teve influência directa no resultado.

A acçao do arbitro foi completamente desfazada do que sucedeu. Deveria ter sido anulado o golo e marcado livre indirecto contra o Paços de Ferreira.

Nada a dizer, Ronny foi um verdadeiro artista a fazer lembrar outro génio do futebol Mundial e um outro do futebol Angolano...
Um erro equivalente a um golo falhado de baliza aberta por um ponta de lança, mas a esses ninguém coloca a honra em causa. Até porque pelas imagens percebe-se que o arbitro tem Polga à sua frente que não o deixa observar o lance, e ao arbitro auxiliar seria impossível de ver, assim como foi a quase todos os jogadores do Sporting que nem protestaram, e mais incrível, reparem na bancada por trás da baliza de Ricardo imediatamente a seguir ao golo... Não fossem as famosas TVs à entrada das bancadas do estádio de Alvalade e ainda agora esses adeptos Sportinguistas não percebiam o que se tinha passado...


Neste caso o arbitro não teve nenhuma acção, quando deveria ter tido e ver Ronny a marcar um golo com a mão e consequente expulsão do mesmo, principalmente após atitude do mesmo em relação ao caso em si.

Um minuto depois do golo do Paços de Ferreira, João Moutinho cai na área pacense. O árbitro mostra cartão amarelo ao jogador leonino por simulação. Esteve bem o árbitro?

Esteve bem e mal. Esteve bem, porque na minha opinião, João Moutinho atira-se para o chão a tenta levar o árbitro a marcar uma grande penalidade e por isso o cartão amarelo é bem mostrado. Esteve mal, porque quando o árbitro considera que um jogador o tentou iludir e mostra-lhe o respectivo cartão amarelo, o jogo deve recomeçar com um pontapé livre indirecto contra a equipa do infractor.

Esteve bem uma vez que não se vislumbra falta alguma e sim uma tentativa de engana-lo.

Nada a assinalar, João Moutinho procurou o contacto com o defesa pacense, jogo anti desportivo punido com cartão amarelo.

Penso que sim, porque notou-se que Moutinho simulou o penalty, nem foi tocado pelo adversário.

Corria o minuto 82 quando Liedson cai na área do Paços de Ferreira. Ficou uma grande penalidade por assinalar?

Na minha opinião não ficou uma grande penalidade por assinalar.
Há contacto, mas acho que é involuntariamente da responsabilidade de Liedson. Passo a explicar:
Liedson tenta pontapear a bola mas, no momento imediatamente antes, o defesa pacense corta a bola (que ressalta no mesmo Liedson, ou seja, não é o Liedson que pontapeia a bola) e, perante o movimento de pontapear a bola que já não está lá, Liedson atinge o pé do adversário, desequilibrando-se. Na minha opinião esteve bem o árbitro.


Não há grande penalidade neste lance. É o tipico lance à Liedson, é uma pena que o melhor marcador do campeonato recorra tantas vezes a este
estratagema e outros piores. Ficou por mostrar o amarelo que foi mostrado na primeira parte a João Moutinho.


Ficou um amarelo por mostrar a Liedson, na minha opinião o Levezinho procurou o contacto dentro da área.

È fiteiro como dizem, e um bocado em exagero. Desta vez achei que era mesmo penalty; o adversário ao tirar-lhe a bola dá-lhe um toque no pé, embora não se saiba se Liedson depois chegaria a bola, visto estar um pouco adiantada.

Benfica – Nacional

Cléber aos 58' toca com o braço numa bola endossada por Paulo Jorge. Mão na bola ou bola na mão?

No lance em questão tenho que dizer que a minha opinião em termos de espírito da Lei, o lance não deveria ser sancionado com cartolina amarela, porque acho que o movimento para trás do braço do Cléber indicia que ele não teve intencionalidade na jogada (para além da proximidade do adversário, que indicia o mesmo).
Mas, sabendo que o árbitro não tem como medir, dentro de campo, as intencionalidades dos jogadores, a minha opinião é de que o cartão amarelo é bem mostrado pois o braço de Cléber intercepta a trajectória inicial da bola.
À falta de medidores psicológicos, o critério tem de ser este.
Esteve bem o árbitro.


A falta foi bem assinalada porque o jogador toca a bola com o braço intencionalmente, e o correspondente cartão também acabou por ser mostrado. Esteve bem o árbitro nesta situação.

Mão na bola, esteve bem o árbitro ao marcar falta e mostrar catão.

Na minha opinião um amarelo escusado, foi um passe / remate à queima roupa com Cléber a pouco mais de 1 metro de distância, a Lei é clara, apenas deverá ser assinalado livre directo no caso de o jogador tocar deliberadamente a bola com as mãos, o que não me parece que aconteceu neste lance.

Naval – FC Porto

Lucho aos 29' cai dentro da área de rigor num lance disputado com Taborda. Esteve bem o árbitro?

Não. Lucho na discussão do lance em questão, adianta a bola em demasia e, deixando o pé para trás, ao sentir o contacto com o Taborda atira-se para a “piscina”. Perante esta situação, a atitude de Carlos Xistra foi errada pois a correcta seria sancionar o jogador portista com cartão amarelo e recomeçar o jogo com um pontapé livre indirecto a favor da Naval.

Esteve bem o árbitro e mal Lucho, uma vez que não há razão par marcar grande penalidade, uma vez que este sentiu o contacto e atirou-se, muito mal aliás, e perdeu-se assim uma jogada perigosa, em que podia sair cruzamento ou remate para uma baliza sem guarda-redes.

Lucho tentou ganhar uma grande penalidade na Figueira da Foz, jogo anti desportivo que deveria ter sido punido com cartão amarelo.

Tal como Moutinho, também Lucho se atirou para o chão e igualmente deveria ter sido sancionado com cartão amarelo. É a tal história dos critérios diferentes...

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