Mais um Domingo de futebol finalmente. À noite tenho um não muito convincente Estrela – FC Porto, e de tarde tenho oportunidade de escolher aqui um campo qualquer à volta para ver um pouco de futebol de outras divisões, muito mais entusiasmantes.
Entre o Atlético – Torreense da Segunda Divisão Serie D e o Olivais e Moscavide – Trofense da Liga Honra, decido-me por este último.
Assim fui ao Estádio Alfredo Marques Augusto, não muito convencido de que veria um bom jogo, porque a equipa da casa nunca me oferece bons jogos quando lá vou.
Não conhecia ainda os novos equipamentos de ambas as equipas, mas à primeira vista são absolutamente horríveis. Os donos da casa todos de laranja a puxar para o fluorescente com as mangas de preto, e os da Trofa todos de um amarelo estranho, carregado com uma lista grená de lado, por baixo das mangas. Em suma a primeira visão foi bastante desagradável.
Mas o jogo nem por isso, embora tenha começado um pouco enfadonho, depressa começou a ser movimentado, com o sinal mais a ser dado pelos visitantes, quase sempre.
No Trofense pode-se ver o “dinossauro” Idalécio como defesa central e no Olivais temos o jovem Hélio Roque do Benfica, entre outros.
Na primeira parte o Olivais pouco ou nada rematou. E o Trofense chegou bastantes vezes à area dos lisboetas. Tanto que ao minuto 25 uma boa desmarcação forasteira obrigou o guarda-redes a boa defesa, mas do canto surgiu o primeiro golo do jogo, numa falha de marcação no coração da àrea que permitiu que Chico de cabeça marcasse.
O jogo ficou um tudo ou nada mais equilibrado a meio campo e não fosse o Olivais ter um jogador extremo direito chamado Laurindo??? e outro na defesa chamado Hugo Évora, que jogam tão bem futebol como eu jogo basket, teria talvez tido melhor sorte em toda a partida.
A segunda parte começou como acabou a primeira, com as equipas a jogarem bem no aspecto de sentido de baliza e atacante.
O Trofense desta segunda parte aproveitou principalmente o balanceamento atacante dos donos da casa que com muito azar na frente e muita sorte atrás iam tendo que correr atrás somente do 0-1.
Foi um recomeço emocionante, os do norte tiveram duas ou três oportunidades em que ficaram isolados e remataram ao lado escandalosamente e logo aos 10 minutos numa dessas situações o avançado “amarelo” finta o guarda-redes e este puxa-lhe as pernas, fazendo penalty e levando só amarelo, quando o jogador ficava isolado para a baliza e em frente a esta.
Do penalty surgiu o 0-2. E deste resultado não surgiu mais porque o Trofense em 7!!! situações de um avançado para o guarda-redes, resolveu: permitir a defesa, rematar ao poste, atirar à barra, e fazer chapéus para fora.
Do outro lado o Olivais jogava bem em combinações atacantes mas a defesa do Trofense quando não dava conta do recado, tinha sorte porque o ultimo passe ou remate saia ao lado, emborqa sempre perto da baliza. Helio Roque e Pereirinha muito bons no ataque laranja.
O jogo foi muito empolgante, especialmente na segunda parte, em que qualquer equipa poderia ter marcado por diversas vezes, tendo podido ficar uns 3-7 ou 4-9, tais os falhanços escandalosos.
Muito bom jogo, com uma vitória mais que justa e sem muita dificuldade de dirigir por parte de Pedro Henriques, que dizem ser o melhor ou dos melhores do país.
Fiquei agradado com o espectáculo, não tanto com o resultado porque antes do jogo queria que o Olivais ganhasse e no final porque se o Trofense não tem falhado tanto e de maneira escandalosa teria visto uma mão cheia de golos num jogo.
Melhor jogador:
Pereirinha, do Olivais, muito bom com a bola nos pés, só foi travado com falta e foram imensas vezes, que deram vários livres directos desaproveitados.
Arbitragem
Pedro Henriques sem incomodar muito, fez um bom trabalho.
Nota final Positiva:
As duas claques: Os Mosca Knights que já são meus velhos “conhecidos” de há muitos anos e são uma boa claque e à Bull Of Hell Trofa ou lá o que seja (pelo menos era o que estava escrito numa das bandeiras da mesma) do Trofense, sempre bem dispostos e a puxar pela equipa.
Nota final negativa:
Laurindo e Hugo Évora, os enterras de Moscavide.
Falhanços escandalosos em situações de 1 para 1 do Trofense
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