Sadinos Vs Panteras Negras

Local: Setúbal
Estádio: Bonfim
Assistência: 2500


Surpreendidos, perdidos e desentendidos. O Boavista levou uma lição de garra, agressividade e humilde de um novo Setúbal. A onde esteve até agora este Setúbal e a onde andou o Boavista da semana passada, devem ter sido perguntas que várias pessoas fizeram.

Vitória de Setúbal que manteve a sua táctica e estratégia, mudando a mentalidade. Foi uma equipa que jogou com imensa raça, sempre a trocar a bola, bastante rápida e agressiva. Na equipa, João Paulo estreou-se na baliza, enquanto Julien foi outra estreia, saindo Lourenço da equipa, e passando Bruno Ribeiro para o lado esquerdo do ataque.
No Boavista tudo igual desde a última jornada, mas a mentalidade não foi a mesma. A equipa surpreendeu-se com a vontade sadina e perdeu-se, sendo que alguns jogadores fizeram mesmo exibições muito fracas.

A equipa sadina entrou cheia de garra, e dominou os primeiros vinte minutos, devido à força do meio-campo e à segurança da defesa. Mesmo assim, oportunidades nem vê-las, e fez com que a garra inicial se perdesse, e o Boavista lá conseguiu acalmar o seu jogo, fazendo boas jogadas.
Aos 30m, Kazmierczak teve a primeira oportunidade do encontro, depois de uma boa jogada do lado direito do ataque, num bom centro de Rosário para trás, remate mau de Zé Manel que sobrou para o polaco mandar ao lado. Pouco depois, o mesmo Zé Manel fez uma boa jogada individual, mas o remate final bateu nas pernas de Auri, que fez um belo jogo.
Quase no intervalo, Julien ganha uma boa no ataque, faz um centro rasteiro, a bola bate em Ricardo Silva e sobre para um bom cabeceamento de Ademar e grande defesa de William.
Na segunda parte começa com o golo da vitória sadina. O irreverente Amuneke que tinha entrado, conduz uma jogada de contra-ataque, Hélder Rosário ainda lhe corta a bola, mas ele levanta-se, vai à linha, centra rasteiro e ao segundo poste aparece o jovem Julien a dar a vitória ao Vitória. Um golo bem demonstrativo da raça sadina.
O Boavista perdeu-se, e só num cabeceamento de Cissé que Adalto safou em cima linha, foi o mais perigoso dos axadrazados.
Do outro lado, um livre ensaiado de Adalto, fez com que William fizesse uma bela defesa em voo, e ainda conseguisse ficar com a bola. Logo a seguir, foi a vez de Zairi safar em cima da linha um remate de Binho, o melhor em campo.

E assim, o Setúbal leva os primeiros três pontos para casa, e passa à frente do Boavista que leva duas derrotas em dois jogos fora.

Melhor em campo: Helder Rosário

Foi de longe o melhor da turma de xadrez, apesar de ter levado com o irrequieto Amuneke, e foi o único defesa do Boavista que se mexeu no lance do golo. Começou este campeonato a lateral-direito, apesar da equipa ter dois que estão operacionais. Só que Rosário tem feitos jogos muito bons, e além de defender bem, tem atacado ainda melhor, cada vez com mais velocidade e técnica.
No último minuto da partida, passou por três jogadores do Vitória e centrou para Kazmierczak falhar sozinho na marca da grande penalidade.

Árbitro: Hélio Santos

Errou em alguns lances para os dois lados, mas acabou por ser o Boavista o mais beneficiado. Mário Silva merecia ter sido expulso, pois teve pelo menos duas faltas muito feias para levar o segundo cartão amarelo.

Positivo do Jogo:

William parece estar a voltar aos velhos tempos. Um grande jogo do guarda-redes, que fez três grandes defesas do Boavista

A defesa do Setúbal esteve muito bem, tal como Amuneke e Varela no ataque.

Petrovic não teve medo, e fez as substituições certas, mas não teve culpa da atitude de certos jogadores

Negativo do Jogo:

Lucas é de longe o pior elemento da equipa, e Petrovic mostrou não estar agradado com a sua atitude. Parece estar sempre perdido e não consegue ter a velocidade do resto da equipa.

Anti-jogo dos setubalenses foi em demasia, e pena o árbitro não ter punido na altura certo, o guarda-redes João Paulo.

Zairi até pode ser o Cristiano Ronaldo de Marrocos, mas ou joga em equipa, ou mais vale voltar para o seu país.