domingo, maio 06, 2007

II DIVISÃO SERIE D - TEMOS CAMPEÃO !!!



REAL SPORT CLUB - CAMPEÃO DA II DIVISÃO SERIE D - O SONHO TORNOU-SE REAL


Última jornada da II Divisão, Serie D.

Real, Odivelas e Louletano partiam para esta última jornada, empatados na primeira posição com 43 pontos, mas definidos pelos jogos entre si. Aí o Real ganhava em todas as frentes e contra os outros dois, quer juntos, quer individualmente. De seguida o Odivelas e por último o Louletano. A um ponto do trio da frente aparecia o Atlético, que também poderia ter uma palavra a dizer.

Assim à entrada desta jornada, o Real era a única equipa que dependia dela própria, sendo que o Odivelas esperava que o Real escorregasse; o Louletano esparava que os dois da frente escorregassem e o Atlético esperava que todos escorregassem, numa situação tanto miraculosa como cómica.

Quis o destino que:

- O Real fosse jogar em casa do pior último classificado, de todas as séries do Nacional, desde a Liga Bwin.com até à III Divisão, O Estrela Vendas Novas, que só tinha conseguido 12 pontos neste campeonato.

- O Odivelas jogava em casa com o Abrantes, equipa aguerrida do meio da tabela.

- O Louletano jogava tambem em casa, contra um dos candidatos à descida, o Torreense, que mesmo perdendo necessitava apenas de que quem viesse atrás não pontuasse.

- O Atlético revivia histórias antigas, jogando em casa contra o rival Barreirense, conhecido de velhos campeonatos, principalmente na Primeira Divisão, embora por obra estranha do destino, já se encontrava despromovido à Terceira Divisao, algo que nunca deve ter acontecido na história do clube, ou já não acontecesse à decadas imemoriais.

Assim e pelo facto de, a FPF ter decidido, e muito bem (só tenho a agadecer, é pena não ser para sempre), realizar as jornadas sob sua alçada (II e III Divisões) no Sábado, desloquei-me à bonita cidade de Vendas Novas, onde iria mais que provavelmente ver uma festa de campeão, tal a diferença de valores entre os dois conjuntos.

Assim re-conheci a nova cidade, onde já não ía desde as excursões efectuadas na escola primária, em visitas de estudo. Para meu agrado a cidade é: Bonita, pró-moderna, bem cuidada e acima de tudo, limpa.

O Complexo Desportivo é algo de extraordinário, uma vez que engloba um Pavilhão Gimnodesportivo, Complexo de Piscinas, Piscina Olímpica, Tanque de Saltos e Piscina Coberta de Aprendizagem, Estádio Municipal, Pista de Atletismo em sintético (azul), Polidesportivo ao ar livre e a nova sede social do clube, fundadda em 1999.

O que mais salta à vista é a maneira cuidada como se apresentam as instalações, limpas, asseadas e o bom uso que se faz delas. Na sede social encontra-se uma galeria de taças e fotos com história, um café, uma loja do clube, e um amplo espaço com 12 a 15 mesas de bilhar onde se encontrava muita gente a realizar a sua partida.

Ás 16 horas começou a partida, com imenso público afecto aos visitantes, como não podia deixar de ser numa situação destas, até porque o público da casa à muito que desistiu de ver o clube este ano. Assim eram umas 70 pessoas vindas de Massamá “contra” uns 10 a 15 sócios do Estrela.

Jogava assim o Real em casa, e aos 12 minutos Hugo Rosa aparece solto pela esquerda e à saida de René, remata em jeito, cruzado, fazendo o primeiro golo do jogo. Foi a segunda festa da partida. ( a primeira foi feita com a entrada dos jogadores em campo).

Estava feito o que se previa e necessitava, agora apenas restava esperar pelo apito do àrbitro para o final dos 90 minutos. Com a diferença de valores a sobressair bastante, o jogo foi em larga maneira dominado pelo Real nesta primeira parte, que sem forçar muito aparecia algumas vezes com perigo na área adversária.

Aos 42 minutos uma falta sobre o possante avançado “lisboeta” Nuno Gomes, (sim o Real tem um avançado chamado Nuno Gomes, mas este marca golos e tem outra tonalidade de pele... e não usa bandoletes), levou o árbitro a assinalar livre directo à entrada da área. Chamado a marcar, Carlos Marques, meteu a bola no ângulo superior esquerdo da baliza do Estrela. Um grande golo, que ainda contou com a estirada do guarda-redes, para a fotografia, mas que deu ainda melhor aspecto ao remate colocadíssimo e ao golo.


O intervalo chegou pouco depois.

Na segunda parte mais do mesmo. O Real dominava, controlava todas as operações e os jogadores queriam oferecer mais golos ao público. Duas ou três jogadas bonitas não deram golo por acaso, mas uma delas acabou por dar. Um remate perto da baliza e no meio da confusão com o guarda-redes a tentar fazer uma defesa que o levou a tocar na bola e defender para fora?... alguns gritaram golo, outros ficaram indecisos e só depois de verem que os jogadores festejaram e de a bola calmamente mexer nas redes se decidiram a aplaudir o golo, de Tiago.

É que pelo ângulo de visão parece que o guarda-redes fez uma defesa em que a bola saiu ao lado da baliza, mas foi pura ilusão, a bola foi mesmo para dentro da baliza, só que foi aos saltos tão devagar e em diagonal que só tocou mesmo no fundo das redes passado dois ou três segundos.

Não tinha havido duvidas sobre o vencedor até então mas a partir daí deixou mesmo de haver o que quer que fosse, até deixou de haver um pouco de Real que abrandou e finalmente permitiu que o EVN chegasse ao ataque com perigo, talvez numa tentativa de permitir o golo de honra. Mas foi então que brilhou o guarda-redes de Massamá com duas defesas extraordinárias nos últimos 5 minutos quando já se gritava? Golo. Não haveria ninguém para gritar aquele golo nas bancadas e mesmo dentro do campo duvido que os jogadores “verde e brancos” festejassem.

O jogo acabava pouco depois com os festejos dos jogadores junto do publico e principalmente entre eles.



Nos outros jogos, o Odivelas seria surpreendido em casa contra o Abrantes por 0-2, o Louletano ganharia ao Torreense por 3-0 e o Atlético golearia o Barreirense por 4-0.

No restante da jornada, ficou definido também que o Imortal desceria de Divisão, num jogo contra os vizinhos do Messinense. Uma partida em que os homens de Albufeira estiveram a ganhar, até 14 minutos do fim. Uma vitória seguráva-os em lugar do Torreense, e assim suspirou-se de alivio em Torres Vedras.

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