Olá a todos,
O Post de hoje é dois em um, em primeiro porque vou fazer o comentário do jogo da jornada, e depois uma espécie de revisão do que se passou com o CSM esta época.
No sábado, em jogo antecipado da última jornada da Bwin 06/07, o Marítimo recebeu no seu reduto o Boavista.
A equipa do Porto entrou em campo com um onze habitual, à excepção de Ricardo no centro da defesa. O Marítimo entrou com uma equipa coesa e com um 11 que vem sendo habitual nas escolhas de Pazos.
Os da casa entraram bem no jogo, jogavam com a bola no chão, algum ritmo e velocidade, sempre impulsionados para o ataque ora por ARVID ora por OLBERDAM.
Logo à passagem dos 15m de jogo o Marítimo poderia ter inaugurado o marcador por intermédio de Kanu, o jogador teve uma oportunidade fulcral para fazer 1-0, valeu o guardião Boavisteiro a segurar o empate.
Em contra-ataque o Boavista saiu rapidamente e veloz pela ala direita do seu ataque, apanhou a defesa do Marítimo em contra-pé e um cruzamento potente acabou por deixar a bola à mercê do ala esquerda do Boavista que inaugurou o marcador.
Foi um balde de àgua fria, o Marítimo até então jogava bem, atacava e até tinha tido boas chances de fazer o primeiro da partida, o resultado era injusto.
Até ao intervalo, o Boavista meteu uma bola à barra da baliza insular, o Marítimo por seu lado teve 3 tentos fulcrais para igualar a partida, não conseguiu por mérito do guardião Boavisteiro, o jogo estava bonito e tínhamos futebol.
Ao intervalo 0-1, vai tudo para a casota, o Boavista revelava muitas fragilidades defensivas, o Marítimo atacava bem e dominava.
Logo no inicio da 2 parte, já com Douglas em campo, o Marítimo empata por intermédio de Arvid.
A partir desse momento, a história do jogo resume-se à incompetência técnica da equipa de arbitragem, uma dualidade de critérios gritante e assustadora penalizava o Marítimo, Hélio Santos pura e simplesmente cortava tecnicamente os lances de ataque do Marítimo, que dominava e caia bem em cima do adversário, mas por faltas invisíveis e mal assinaladas não conseguia chegar à baliza adversária.
Por outro lado, o Boavista fazia igual ou pior na área Maritimista, mas não era sancionado, simplesmente jogava-se a belo prazer.
Tanto é que aos 73m, resultado de uma falta inexistente, o Boavista ganha um livre que é batido para o extremo Direito dos axadrezados, o mesmo cruz para Linz, que fora de jogo, e sublinho completamente fora de jogo faz o segundo golo para os visitantes, o lance é de tal forma escandaloso que os próprios jogadores do Boavista nem festejaram o golo de imediato, esperaram uns segundos até que o àrbitro da partida ratifica-se a decisão passiva do Fiscal de linha, ratificado o lance ai sim, os Boavisteiros ainda meio surpreendidos festejaram o golo e fizeram-no ainda incrédulos.
Até ao fim, foi mais do mesmo e de forma escandalosa a dualidade de critérios punia o Marítimo, uma punição pesada e sem tino.
Terminou o jogo, o Marítimo sofre mais uma derrota e termina o campeonato em 11º lugar.
Arbitragem:
Para esquecer, a incompetência de Hélio Santos é de tal forma gritante que só vendo para crer, e vou citar o comentador da TSF “Quando as coisas assim são é natural que os adeptos demonstrem a sua insatisfação e se isto acontecesse num dos jogos amanhã provavelmente teríamos uma guerra civil no pais, o Marítimo tem muitos motivos para se queixar do Sr. Hélio Santos e auxiliares”…nota 0 para a pandilha.
Melhor jogador do Marítimo:
Destaco Olberdam e Arvid, os dois jogadores seguraram bem o meio campo e tiveram irrepreensíveis durante todo o jogo, só Pazos não viu isto e acabou mesmo por tirar de campo Olberdam..
Pior jogador do Marítimo:
Sem duvida Filipe Oliveira, um jogador muito fraco fisicamente, sem visão de jogo e acima de tudo muito perdulário, este jogador não consegue segurar uma bola e não consegue ganhar um lance em 1x1.
Conclusão:
O jogo terminou com a vitória do Boavista, a meu ver foi injusta, a equipa do Porto não jogou para ganhar, aliás, tem 3 lances de perigo durante todo o jogo, 2 deles deram golo e outro foi à barra, foi beneficiada pela arbitragem que afastou constantemente o perigo criado pelo Marítimo do seu meio-campo.O Marítimo, até não jogou mal, foi prejudicado mas pelo futebol que apresentou merecia ter ganho os três pontos.
Retrospectiva Liga Bwin 06/07
O Marítimo entrou na Bwin com boas expectativas, uma equipa que se acreditava ser de bons valores futebolísticos e que se queria na Europa, os objectivos delimitados eram esses, uma posição Europeia e uma final da Taça.
Pecava por defeito, na orientação técnica, os Maritimistas não acreditavam que Ulisses Morais, seu timoneiro, pudesse ser o homem ideal para atingir os objectivos acima descritos.
O Marítimo dá o ponta-pé de arranque na Bwin com um activo superior ao passivo em termos de finanças, era uma equipa em que todos nós tínhamos orgulho e esperançados de bons resultados o estádio começa cheio e em festa, pesava embora o jogo ser contra o Nacional da Madeira.
As expectativas não saíram frustradas e os 3 pontos saíram dos pés de Moukori, num golo singelo que fez a alegria dos adeptos.
Nas jornadas seguintes o Marítimo depara-se com uma derrota em Paços de Ferreira, empate com o Aves nos Barreiros, e uma roubalheira que deu a vitória ao Leiria na cidade do Lis.
A contestação entrava ao rubro, Ulisses demonstrava inaptidão para conseguir dar um rumo a este navio verde rubro, o plantel vivia de instabilidade, rotatividade e pouca rotina de jogo, os jogadores ora eram convocados ora ficavam no banco, uma loucura técnica.
As vitórias regressaram com a recepção ao Estrela, uma vitória gorda por 3 golos, mas em que o Marítimo chegou a estar em desvantagem, num jogo que não deslumbrou mas ganhou, seguiu-se uma derrota pesada no Dragão 3-0 para os bi-campeões nacionais, e depois uma visita dos despromovidos aveirenses, deram mais 3 pontos ao Marítimo, mais uma vez um jogo em que o Marítimo teve grandes dificuldades e esteve mesmo a perder por 1-0.
As exibições em casa eram horríveis e fora de casa para esquecer, adivinhava-se um pesadelo, os adeptos não gostavam do que viam e a contestação subia a olhos vivos e raiados de sangue, Ulisses continuava a fazer das suas.
O Marítimo sai de portas para jogar duas vezes fora do seu reduto, ora contra o BRAGA ora contra a Naval, surpreendentemente goleia os arsenalistas com 4 golos e timidamente ganha 3 pontos pela margem mínima na Figueira da Foz, regressa ao Funchal para receber o SCP, as esperanças dos sócios e adeptos subiram no gráfico das boas graças.
Com o SCP, um jogo para esquecer, muito perdulário e com um plantel estranho, Ulisses sofre uma derrota por 0-1, era a desgraça, não pelo resultado mas pelo que se assistiu, uma desorganização táctica, digna de uma criança inexperiente e sem qualquer conhecimento de futebol.
Nos Barreiros o ambiente andava pesado, as pessoas contestavam tudo e todos e interrogavam-se o que se passava com o seu Marítimo.
O Marítimo sai para o estádio da Luz e leva na bagagem a esperança de todos os Maritimistas, mais uma vez Ulisses faz o impensável e que não tinha resultado contra o SCP e FCP, mas a teimosia de burro é assim, 3 centrais para defrontar o SLB na Luz.
O resultado foram menos 3 pontos e uma asneirada tamanha, um jogo que poderia ser fácil tornou-se uma tormenta 2-1 o resultado final, tendo ficado um penalti por assinalar a favor do Marítimo.
A visita do Setúbal à Madeira teve o mesmo desfecho da posterior visita a Coimbra, a vitória e mais 6 pontos em dois jogos, pontos esses que viriam a ser muito importantes para a manutenção, ainda não adivinhavam os Maritimistas o que vinha a caminho.
Estamos em Dezembro e a primeira volta a terminar, o Marítimo recebe o Belenenses e sofre a derrota mais pesada do campeonato, 1-4 para os azuis de Lisboa, um peso na testa dos Maritimistas que viam assim a Europa a poder escapar como areia pela palma da mão, e areia é a especialidade do Presidente do Marítimo, que continuava a manter Ulisses no comando técnico dos verde-rubros, todos os dedos apontados na direcção de Ulisses as vozes Madeirenses pediam ao pai natal e a São Silvestre que este se fosse embora.
Em Janeiro, recomeça a liga e os reis não trazem boas prendas, trazem sim mais um resultado duvidoso, sofrível e desastroso, o Marítimo em vantagem no marcador, contra o Boavista, deixa-se empatar infantilmente ao ultimo segundo e novamente devido às opções de U.Morais, era o desespero na Madeira, as pessoas começavam a descabelar.
O jogo mais importante da jornada vinha já no fim de semana seguinte, depois de uma derrota e consequente afastamento da taça de Portugal em Penafiel, o Marítimo tinha de ganhar na Choupana, o jogo prometia emoção e bom futebol. Quem foi à choupana viu de facto e mais uma vez, um Ulisses Morais completamente desorientado e com a cabeça a fumegar, novos erros tácticos e infantis deram uma vitória ao Nacional por 3-2.
A visita do Paços à Madeira e a posterior ida à Aves resultam em 2 pontos, novamente consentidos, em ambos os jogos o Marítimo esteve em vantagem e deixou-se empatar nos últimos segundos da partida, novamente por causa das substituições visionárias de Ulisses.
Nem o maior crente em Deus conseguia ter fé no que se passava com os Verde-Rubros.
O Leiria vinha ao Funchal, e por cá ninguém acreditava, aliás, esse era o jogo da contestação massificada contra Ulisses e a Direcção, resultou num desastre futebolístico, uma abébia de Marcos dá um golo ao Leiria, as coisas aquecem nas bancadas mas o Marítimo acaba, com sorte, por dar a volta ao resultado e ganha 3 pontos preciosos, só por sorte e há quem diga que foi porque Ulisses ficou limitado às substituições antes do intervalo.
Os Jornais da região bombardeavam as opções da Direcção, e questionavam o porquê de manter um treinador daqueles nos verde-rubros…eram a voz dos adeptos.
O Marítimo visita o Estrela, e perde por 1-0, a gota de água foi derramada, inadmissível um resultado tão paupérrimo para uma exibição ainda pior. Seguiu-se o FCP aqui no Funchal, o Porto sem jogar a bola acabou por vencer por 1-2, não havia justificação para tanta passividade e tanta desorganização, até então o MARITIMO ainda não tinha apresentado um 11 inicial igual, este plano de rotatividade resultava desastroso e transformara-se num pesadelo para os Madeirenses, era a tristeza um espelho da alma Martimista que sentia um abalo inigualável desde há 22 anos.
GRITAVA-SE NÃO DEIXEM MORRER O MARITIMO….
Foi em Aveiro que o comboio descarrilou, mais uma exibição desastrosa, o Marítimo em vantagem acaba por empatar num jogo podre e muito mau.
Foi na recepção ao Braga, que a vergonha assumiu contornos insuportaveis, uma derrota num jogo que tinha tudo para ser fácil, 1-2. Ulisses sai do Marítimo e dá por finalizado o seu trabalho horrível, o publico aplaudiu e esperança depositada no que estava para vir, a grande mudança que se esperava de qualidade e coerente, alem disso Domingos paciência tinha saído do Leiria nesse mesmo dia, acalentava-se a esperança de Domingos vir a dirigir os desígnios Maritimistas.
Ze Luís assegurou o jogo Marítimo Naval, com um empate a 1 bola, e um futebol manso e lento.
A estreia de Alberto Pazos, um treinador escolhido a dedo pelo Presidente Carlos Pereira, foi um espelho da contratação, um desastre, não só porque o próprio jogo trás um record para a Liga, o golo mais rápido do campeonato, LIEDSON aos 15 segundos, mas como pela goleada em Alvalade. Tudo por àgua abaixo, esperanças Europeias, futebolísticas, resultados tudo pelo cano…
A visita à luz resultou em mais uma goleada sem resposta, o Marítimo tinha perdido o rumo e o norte, agora só para sul e para o fundo da tabela, o pesadelo tornava-se cada vez mais real e as possibilidades de termos um Marítimo medíocre eram crescentes.
Para a frente era o caminho, com o sonho Europeu cada vez mais no fundo do oceano, Fomos a setúbal garantir 1 ponto, a Académica veio cá e garantimos um ponto, fomos a Belém regressamos sem pontos.
Ontem terminou o campeonato, com o Marítimo em 11º, uma segunda volta com 15 jogos e uma vitória apenas, um Marítimo medíocre, mal orientado e sofrível é aquele que nos deixa em termos de Bwin 06/07.
Termina assim uma das épocas mais negras da equipa Madeirense nos últimos 22 anos, neste momento os sócios e adeptos estão amargurados e descontentes com as politicas de uma direcção tendenciosa e duvidosa, as vozes criticas levantam-se em todas as direcções, mas a direcção parece continuar alheia ao que se passa à sua volta e mantém a politica do diz que disse e faço o que quiser.
Ao longo da época, a passividade da Direcção mostrou algumas fragilidades, e relembro o caso Carlitos, em que literalmente o Marítimo foi usado como “palhaço” para um negócio mal contado e cheio de artimanhas. A direcção nada fez e continua sem nada fazer.
Diogo Valente, o jogador vem para o marítimo por empréstimo, faz 3 jogos, farta-se disto, arranja uma lesão foge para o Porto, e a Direcção, mantém-se na indiferença e ainda alimenta a história da lesão tramadíssima que impede o jogador de jogar, palhaçada para inglês ver.
Manduca, a divida do SLB continua por saldar, e ao que parece a direcção do Marítimo continua a rir para o clube de Lisboa e com uma atitude de subserviência, querem ver que o gajo ainda regressa?!?!?!?!?
Neca, um jogador que tinha todo o potencial para jogar pelo Marítimo, é dispensado e emprestado a uma equipa Turca em Dezembro, BOA OPÇÂO Sr Presidente, o jogador foi só o melhor marcador da equipa Turca.
O pior disto tudo, é, Ulisses que devia ter levado guia de marcha em Novembro, aguenta até Abril, e como se não bastasse é substituído por um gajo que de futebol entende tanto como um bailarino em fim de carreira.
Posto isto, resta-me despedir da época desportiva que ora finda, felicitar o FCP pelo titulo nacional alcançado, dar as boas vindas ao VFC e ao Leixões, espero sinceramente que o Marítimo apareça renovado na época vindoura e que acima de tudo, apresente um bom futebol e vitórias, acima de tudo vitórias.
Entretanto, as ultimas noticias indicam que Pazos saiu do Maritimo, mais uma vez e neste momento, estamos sem treinador, fala-se em Nelo Vingada, vamos esperar para ver e durante o defeso voltarei com notícias.
Desta epoca, resta-me deixar-vos com uma imagem que ilustra aquilo que os jogadores, as equipas técnicas e a direcção fizeram aos adeptos:
A todos os leitores do Blog, um grande abraço e até à próxima.
VIVA O MARITIMO……..
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