A União de Leiria garantiu ontem o apuramento para a Taça UEFA ao vencer por uma bola a zero a equipa israelita do Maccabi Netanya. O jogo da 1.ª mão havia ficado empatado a zeros, deixando a decisão da eliminatória para hoje.
Estádio: Kiryat Eliazer, em Haifa
Assistência: (cerca de) 13.000 espectadores
Árbitro: Sorin Corpodean (Roménia)
MACCABI NETANYA
Stauber; Saban, Murillo, Hermon Golan e Ben Dayan; Amir Taga, Cohen Almog, Cohen Tamir, Bundea, Schechter; Menachem e Okocha
Suplentes: Nir Gal; Ben Shabat, Strul Bernad, Vayer Adam, Maabi Tal, Yampolsky Bamidele e Rozenthal
Treinador: Reuven Atar
UNIÃO DESPORTIVA DE LEIRIA
Fernando; Éder, Renato, Hugo Costa e Laranjeiro; Tiago e Faria; Sougou, Cadú, Paulo César e João Paulo
Suplentes: Alemão, Bruno Sousa, NGal, Alhandra, Toñito, Marco Soares e Jessuí
Treinador: Paulo Duarte
Ao Intervalo: 0-0
Marcadores: N’Gal (84’)
Disciplina:
Cartão Amarelo: Ben Dayan (40’), Amir Taga (63’) e Laranjeiro (80’).
Cartão Vermelho: nada a registar
VISÃO LEIRIENSE
A UDL dominou a partida, foi mais pressionante, mais construtora de jogo, mais organizada e mais sofredora. Na primeira mão, tínhamos sido completamente injustiçados, mas fez-se luz e o Maccabi revelou a equipa fraquinha que realmente é. Sem ideias e recuando no campo, o nosso adversário deixou a UDL jogar o que quis e lhe apeteceu durante toda a 1.ª metade da partida, faltando apenas o golo… o tal do “calcanhar de Aquiles” que já falei noutra análise anterior. Mas esta não é de todo a única contrariedade da equipa. A 1.ª tinha sido a ausência do treinador no banco, por castigo imposto pela UEFA.
João Paulo foi, sem dúvida, um imenso pulmão falhando, por muito pouco, muitas vezes, o alvo: a baliza defendida por Stauber. Ao intervalo, a nossa terceira contrariedade: Hugo Costa sai, por lesão contraída ainda durante os primeiros 45 minutos. Estreia-se Bruno Sousa. Cinco minutos volvidos e nova contrariedade: o capitão Renato também sai lesionado… vimo-nos então numa situação chata, no mínimo. Ainda faltavam 40 minutos para o fim e nós com uma lista de aborrecimentos. Aos poucos, começava-se a pensar “E se formos a prolongamento?”… pensava-se na contrariedade seguinte que era o regresso a Portugal.
Até que aos 84 minutos, N’Gal, que havia substituído Sougou, faz o golo que dá a tranquilidade. Para passar, a equipa do Maccabi teria de marcar 2 golos em 6 minutos… e fez-se a festa na residência Duarte!!
Melhor em campo: toda a equipa. Mas destaco N’Gal. Marcou O golo, estando apenas há 24 minutos em campo. Ainda que assistido pelos colegas avançados – Paulo César cruza para João Paulo, que deixa para o golo do camaronês.
Arbitragem: O árbitro romeno fez uma arbitragem tranquila. Assinalo apenas um erro: num rápido contra-ataque da equipa portuguesa, existe falta sobre um atleta leiriense. Em vez de deixar seguir a jogada, o senhor do apito decide ver se aquilo funciona e interrompe, ignorando a “lei da vantagem”. De resto, nada a assinalar. Cartões bem mostrados nos momentos correctos.
Aspectos positivos: Estamos na Europa, estamos na Europa… lálálálá!!! Brincadeira! O nível de jogo… a equipa está a aumentar de nível. Os jogos europeus são motivadores para a melhoria nas prestações.
Aspectos negativos: Sei que é bater no ceguinho, mas o FCP podia ter sido um pouco mais sensível às dificuldades leirienses em conseguir voo de regresso. A equipa tem de ser separada em TRÊS GRUPOS, para regressar a Portugal a tempo para o jogo com os azuis-e-brancos. Os regulamentos foram cumpridos? Todos sabemos que sim. Mas não lhes custava adiar por um dia que fosse.
Sem comentários:
Enviar um comentário