ESPECTADORES: 1200
ÁRBITRO: Cosme Machado
Varzim: Bruno Conceição; Pedrinho, Alexandre, Nuno Gomes, Telmo; Campinho, Emanuel, Malafaia; Marco Cláudio, Roberto, Chico. Jogaram ainda: Candeias, Nuno Rocha, Ukra
Fátima: Pedro Duarte; Duarte Machado, Bispo, Veríssimo, Samuel; João Fonseca, Joel, Falardo; Marinho, Ricardo Jorge, Carlos Saleiro. Jogaram ainda: Moreira, Marco Airosa, Nuno Gomes
Golos: Roberto (25' g.p.), Chico (45')
Cartões: Alexandre (6'), Chico (75'), Bispo (76')
O Fátima explicou este domingo na Póvoa o porquê de um arranque tão promissor na Liga Vitalis.
Os homens de Rui Vitória entraram extremamente motivados para o embate com o Varzim, muito fruto do triunfo (surpresa, ou talvez não?...) sobre o Trofense na ronda inaugural.
Os homens de Rui Vitória entraram extremamente motivados para o embate com o Varzim, muito fruto do triunfo (surpresa, ou talvez não?...) sobre o Trofense na ronda inaugural.
O encontro foi o primeiro da história entre os dois clubes e deu água pela barba aos poveiros que defrontaram uma equipa inexperiente (é certo) mas sem medo de jogar de igual para igual. Ainda para mais, o Varzim esteve aquém das expectativas criadas depois do jogo brutal de há uma semana em Portimão. Ao contrário do que aconteceu no jogo da primeira jornada, o Varzim entrou controlador mas muito pouco sereno, principalmente do meio campo para trás.
Campinho substituiu o titularíssimo Tito (a contas com uma lesão) e durante algum tempo andou longe da partida. Os visitantes chegaram mesmo a responder com perigo e aproveitaram a intranquilidade nas hostes poveiras para, a espaços, lançar terror no último terço do terreno.
Mas, porque a Natureza (mais cedo ou mais tarde) faz a selecção natural, venceu a persistência dos mais experientes.
O lance que dá origem ao primeiro golo alvi-negro é bem o exemplo disso: Chico recebe uma assistência de Roberto e esgueira-se a alta velocidade para a área de rigor. Acaba derrubado por Veríssimo (num erro infantil do defesa do Fátima) e o árbitro não teve dúvidas.
Penalty claro aos 25 minutos de jogo!
Na conversão, Roberto disparou para o primeiro golo do Varzim, e isso teve efeitos imediatos para a formação visitante.
20 minutos depois do primeiro, o Fátima encaixava o segundo golo: Chico recebe dos pés de Campinho um passe bem medido e parte para a luta com os adversários. Um a um foi vencendo a oposição e do meio da rua, fez mira para atirar de pé esquerdo lá para dentro!
As bancadas voltaram a levantar-se.
Golaço de Chico e contas do jogo fechadas ao cair da primeira parte.
No segundo tempo, o Varzim consentiu algum ligeiro domínio aos visitantes, mas a ordem era clara: dominar sem sofrer e, se possível, ampliar o score. Isto faz-se com inteligência e também com alguma felicidade.
No segundo tempo, o Varzim consentiu algum ligeiro domínio aos visitantes, mas a ordem era clara: dominar sem sofrer e, se possível, ampliar o score. Isto faz-se com inteligência e também com alguma felicidade.
Com um Fátima mais forte, o Varzim foi controlando mas não evitou o atrevimento dos visitantes.
Aliás, a grande oportunidade de golo para o Fátima acontece a pouco mais de um quarto de hora do fim do jogo e é nada mais nada menos do que um remate de cabeça enviado ao ferro da baliza de Bruno Conceição. O perigo repetiu-se mas menos iminente com um remate de livre que passou a escassos centímetros do alvo.
Mas a marca final do jogo era a do Varzim: o mesmo Roberto que, na primeira jornada, percorreu quase todo o meio campo do Portimonense para marcar o terceiro golo, desenrolou, ao cair do pano, um lance em quase tudo semelhante.
Mas a marca final do jogo era a do Varzim: o mesmo Roberto que, na primeira jornada, percorreu quase todo o meio campo do Portimonense para marcar o terceiro golo, desenrolou, ao cair do pano, um lance em quase tudo semelhante.
Só que desta vez errou a baliza.
Era o 3-0... e dava mesmo a sensação que a bola ia entrar. Não entrou por milímetros.
MELHOR EM CAMPO
CHICO #25. Volta a ser decisivo para o resultado. Sofreu o penalty que abriu o caminho para a vitória e disparou um remate canhão que resultou num 2-0 de belo efeito. Confirma as melhores expectativas: tal como em Portimão, jogou com uma alegria e uma energia absolutamente contagiantes. Ao seu lado conta com o não menos inspirado Roberto. A ambos se deve o bom arranque do Varzim nesta Liga Vitalis. Os seis golos apontados pela formação alvi-negra têm a assinatura da dupla maravilha. Isto promete.ARBITRAGEM: Há quem venha com a tese do rico e do pobre para acusar Cosme Machado de ter beneficiado o Varzim no lance do penalty. Desculpa de mau pagador. Veríssimo comete falta clara sobre Chico. Castigo máximo incontestável.
PONTOS POSITIVOS
100%. Dois jogos igual a duas vitórias e liderança garantida
Dupla maravilha. Chico e Roberto marcaram os seis golos que o Varzim marcou até ao momento. Os dois pontas de lança entendem-se às mil maravilhas. São do melhor que o Varzim tem este ano.
Gestão. Há quem diga que depois do segundo golo o Varzim fez uma gestão pouco racional do resultado. E isso interessa a alguém? No fim do jogo contam os três pontos. E esses ficaram na Póvoa.
Entrega. Definitivamente o Fátima entrou nesta Liga Vitalis para incomodar. A formação aos comandos de Rui Vitória é aguerrida e, a julgar por este início de campeonato, promete dar luta a quem com ela se cruzar.
PONTOS NEGATIVOS
Defesa. A ausência de Tito é notória. Campinho acabou por estar à altura de substituir o inquestionável #6. Mas quando Tito não joga, a defesa passa por alguns maus bocados.
Foto: Jornal de Notícias
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