RIJEKA
O clube de hoje, é um dos habituais do antigo campeonato jugoslavo e agora do campeonato croata. Nunca foi uma equipa de topo, embora tenha ganho duas Taças da Jugoslávia e da Croácia. Um clube um pouco parecido com o Boavista em Portugal, que está sempre em espreita por um lugar europeu e alguns anos em que passa por candidato ao titulo, mas não mais... nem menos.
Tem uma historia curiosa uma vez que nasceu noutro país e depois da Segunda Guerra passou a fazer parte doutro.
Para se conhecer a história do clube, tem de se conhecer um pouco da história do país. A cidade de Rijeka já teve vários dominios e nomes. Pertenceu ao Império Austro-húngaro, já foi apenas uma cidade-estado, já fez parte da Itália e da Jugoslávia. Hoje em dia é croata.
Assim o clube nasceu em 1925 quando era pertença da Itália, com o nome de Unione Sportiva Fiumana, uma vez que a cidade se chamava Fiume.
O Fiumana era uma equipa média-pequena, tanto que jogou na divisão mais alta do futebol italiano em 1928. A partir daí e com a criação das Serie A e Serie B, e com as baixas posições, o clube passou a representar a Serie B em 1929, de onde desceu, só voltando em 1941. No ano seguinte foram interrompidos os campeonatos em Itália devido à Segunda Guerra.
No final da Guerra, a cidade deixou de ser italiana e passou a fazer parte da recém-criada Federação Jugoslava. Em 1946 mudou o seu nome para Kvarner e foi assim que o clube foi conhecido até 1954, altura em que, definitivamente, passou a ser a cidade de Rijeka que agora conhecemos.
Foi campeão da Segunda Divisão com 2 pontos de vantagem do Lokomotiva, com o melhor ataque e defesa da prova. Jogou então pela primeira vez no escalão maior da Jugoslávia em 1958 e por lá ficou até 1969. Na época de estreia ficou em 8º lugar, entre 12 equipas. Manteve sempre as mesmas classificações até que em 1964/65 conseguiu um brilhante 4º lugar, apenas a um ponto dos 2º e 3º classificados. Classificação que repetiu no ano seguinte.
Na época de 1968/69 fcou em último lugar e desceu e nos 3 anos seguintes na Segunda Divisão ficou em primeiro lugar, só que sempre sem subir, uma vez que não garantia os requisitos minimos. Tal só aconteceu em 1974, quando depois de mais um titulo de campeão da Segunda Divisão subiu para nunca mais descer.
Três boas campanhas no campeonato, onde fez um 8º e dois 5ºs lugares, seguiram-se a vitória na final da Taça da Jugoslávia de 1978, frente ao secundário e também estreante Trepca Titova Mitrovica, por 1-0 após prolongamento.
No ano seguinte voltou à final para defender o troféu, e com sucesso, mas desta feita contra a excelente equipa do Partizan, 2-1 foi o resultado. Foi o ano de esteia na UEFA via Taça Vencedores das Taças. Na primeira mão eliminaram os galeses do Wrexham por 3-0 + 0-2, perdendo depois com os belgas do Beveren 0-0 + 0-2.
Esta segunda vitória na Taça deu-lhes nova oportunidade na Taça Vencedores das Taças, um pouco melhor desta vez eliminando os belgas do Beerschot 2-1 + 0-0, os checos do Lokomotiva Kosice 3-0 + 0-2, chegando aos quartos de final para perder com a Juventus 0-0 + 0-2.
No campeonato sucediam-se os anos mais ou menos bons, conforme as lesões dos jogadores mais influentes. Nunca desceu abaixo do 12º lugar nem subiu acima do 5º lugar.
Nova participação europeia só no ano de 1985, devido ao 4º lugar do ano transacto. Calharam então com os espanhóis do Valladolid os quais depois de ganharem 0-1 em Espanha foram goleados em Rijeka por 4-1. De seguida foi a vez de outra equipa espanhola ser vergada no Estadio Kantrida, o poderoso Real Madrid que perdeu por 3-1 mas na segunda volta e, mercê da vergonhosa arbitragem, do belga Scoeters, que descobriu um penalty providencial aos 67 minutos, que completou com a amostragem de 3 cartões vermelhos aos Jugoslavos, o Rijeka foi eliminado por 0-3.
Em 1987 novamente a ida à final da Taça, desta feita para perder, com o Hajduk Split, mas só em penatys (9-8), depois de 1-1 em jogo corrido.
O último campeonato Jugoslavo coincidiu com um dos piores anos do clube, que acabou na 13ª posição mas que em nada iria influenciar a nova época, ja na recém independente Croácia.
Um sexto lugar entre 12 equipas, dava um real valor da equipa, tanto do que ela valia antes como o que agora demonstra ser, ou seja, uma equipa que normalmente se classifica no meio da tabela.
Em 1996 beneficiou do alargamento, e não desceu de divisão uma vez que acabou num modesto 11º lufgar em 12 participantes.
Em 1998 surgiu a melhor posição, em campeonatos, até então. Um segundo lugar levou-os, pela primeira vez, à Liga dos Campeões e a disputar a segunda eliminatória, onde por ironia do destino calharam com o Partizan da Sérvia, sendo eliminados com 0-3 e 1-3.
Em 2005 a melhor época de sempre a nivel interno, tendo ficado no segundo lugar da geral e ganho a Taça da Croácia, vencendo na final o vencedor do campeonato, Hajduk Split que assim não conseguiu a dobradinha.
O ano passado, exactamente como no tempo da Jugoslavia, foi o segundo ano seguido à final ganhar a mesma, exactamente como dantes. Desta feita a vítima foi o Varteks. No campeonato novo segundo lugar a 9 pontos do Dinamo Zagreb e 18 do terceiro, o Varteks.
Este ano não etá a correr muito bem uma vez que embora tenham sido apurados para as meias finais da Taça, foram eliminados na taça UEFA, com o Omonia Nicosia do Chipre, e estão no 7º lugar a 24 pontos do 1º, o Dinamo Zagreb.
Pelo clube teem passado alguns nomes famosos nesta região e na Europa, como por exemplo: Pavlicic, Bosko Balaban, Florjancic, Fredi Bobic e Elvir Bolic.
Jogam no Estadio Kantrida com capacidade para 11,000 pessoas, e qualquer semelhança com o Estadio do Restelo, seja ao nivel da cor das cadeiras, ou da proximidade e vista para o rio/mar é pura coincidência.
Palmarés:
2 vezes Vencedor da Taça da Jugoslávia: 1978 e 1979.
1 vez Finalista Vencido da Taça da Jugoslávia: 1987.
2 vezes Vencedor da Taça da Croácia: 2005 e 2006.
1 vez Finalista Vencido da Taça da Croácia: 1994.
1 vez Vencedor da Taça dos Balcãs: 1978.
1 vez Finalista Vencido da Taça dos Balcãs: 1980.
1 vez Finalista da Supertaça da Croácia: 2006.
ESTA FOTO FOI TIRADA NOS RESTAURADORES EM LISBOA, NA ALTURA DO EURO 2004
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