sexta-feira, março 09, 2007

PSG 2-1 SL Benfica


Estádio: Parque dos Príncipes

Espectadores: 45.ooo

Árbitro: Graham Poll (Inglaterra)



PSG: Landreau, Mendy, Sakho, Rozenhal e Armand, Chantome, Cessé, Kalou, Frau e Rothen, Pauleta.

Treinador: Paul Le Guen. Jogaram ainda: Gallardo, Luyndula e Dramé.



SL Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Anderson e Léo, Petit, João Coimbra, Karagounis e Simão, Miccoli e Dérlei.

Treinador: Fernando Santos. Jogaram ainda: David Luiz, Nuno Gomes e Beto.



Dez minutos bastaram ao Benfica para descer do céu ao inferno. Após a saida de Luisão devido a lesão no joelho, a defesa tremeu e o PSG aproveitou para virar o marcador.



O Benfica até começou bem o jogo. Algumas alterações na equipa de Fernando Santos, que teve uma primeira mão para esquecer em termos de gestão de difículdades no plantel, levaram a que Katsouranis, a braços com uma gastroenterite, tivesse que ceder o lugar a João Coimbra. No ataque, e á semelhança do jogo em Bucarest, o parceiro de Miccoli foi Dérlei.

O PSG entrou forte nos primeiros minutos, mas cedo o Benfica tomou conta do jogo e partiu para uma primeira meia hora de grande qualidade, pressionando os jogadores do meio campo e da defesa, que demonstrava uma passívidade enorme. Paul Le Guen jogou numa espécie de 4x5x1, com Pauleta sozinho no meio dos centrais, mas quando a equipa tinha a bola, facilmente se desdobrava num 4x3x3, com Rothen e Frau a aparecerem na alas. A primeira grande oportunidade de golo pertenceu ao Benfica, logo aos 7 minutos, com Simão a ver bem a desmarcação de Dérlei e a dar-lhe a bola, mas o avançado benfiquista recebeu mal e deixou-se antecipar na hora do remate por Rozenhal, que esteve em bom plano em toda a partida. Do pontapé de canto não surgiu grande perígo, mas três minutos depois surgiria o golo de Simão. Jogada de Nelson pela direita, a deixar Armand e Rothen para trás e a ir á linha arrancar um excelente cruzamento para Simão, em antecipação a Mendy, cabecear sem hipoteses para Landreau. Era a explosão de alegria dos adeptos portugueses presentes nas bancadas do Parque dos Prícipes. O Benfica continuou a carregar, e nesta altura o PSG practicamente não atacava, nem esboçava qualquer capacidade para reagir ao melhor e mais rápido futebol encarnado, que jogando sempre de forma apressionar o jogador que tinha a bola, obrigava os locais a falhar muitos passes, o que proporcionava ao Benfica uma maior posse de bola e gestão do esforço. O melhor que o PSG conseguiu neste período, foi um remate que saiu por cima da baliza de Quim ao minuto 21, da autoría de Rothen. O Benfica continuou a jogar de forma rápida e fazer as transições ofensivas com velocidade e neste particular, João Coimbra esteve em bom plano, fazendo o papel de transportador de bola, assim como Karagounis, um dos melhores em campo.

Aos 22 minutos o Benfica podería ter sentenciado a partida. Boa combinação entre Simão e Miccoli, mas o italiano na hora do remate adiantou muito a bola e permitiu o corte do defesa para canto. Do canto batido por Simão, Dérlei surgiu lívre para cabeçear a contar, mas o remate saíu ao lado. O PSG começou a tentar alguma reacção, fruto de algum adormecimento do conjunto encarnado e Nelson tem uma desconcentração que podería ter sido fatal não fôsse a intervenção de Luisão a evitar que o jogador parisiense caminha-se sozinho para a baliza, estava decorridos 24 minutos de jogo.

Aos 30 minutos, o momento do jogo. Luisão tenta fazer o corte sobre Frau, mas além de fazer falta, agravou a lesão que já tinha no joelho e que o manteve em dúvida para este jogo. O jogador não conseguiu contiuar em jogo e teve que ser substituido, dando o seu lugar a David Luiz, reforço de inverno, que fêz assim a sua estreia com a camisola do Benfica, e logo numa competição europeia. Do lívre, um remate perigoso, mas Quim aliviou para canto.



Os jogadores do PSG aperceberam-se de algum nervosismo do sector defensivo do Benfica, após a saida de Luisão e começaram a pressionar mais os encarnados, que foram cedendo de forma incrível, a iníciativa de jogo aos locais, e aos 35 minutos surgiu o primeiro golo do PSG, da autoría de Pauleta. Até ao momento algo apagado, o ex-internacional português, com um movimento de rins tirou dois jogadores do Benfica do caminho e bateu cruzado. David Luiz e Kalou fazem-se ao lance, mas não tocam na bola, o que fez com que Quim perde-se tempo de reacção e visse a bola entrar na baliza, tendo ainda batido no poste. Estreia algo aziaga do central brasileiro, envolvido ainda por cima num lance cápital da partida. A tremideira continuou durante alguns minutos, muito por culpa da troca posicional dos centrais, tendo Anderson ocupado o lugar de Luisão e David Luiz o lugar de Anderson, algo que foi rectificado já tarde de mais. Aos 40 minutos surgiu o segundo golo do PSG, depois de uma excelente iníciativa de Kalou que passou por 3 (!) defesas do Benfica, em slalons sucessívos, dando depois em Frau, que rematou sem hipóteses para Quim. Era a explosão de alegría do lado dos franceses, que em determinados momentos da partida assobiaram a equipa.
Frau teve ainda outra oportunidade já perto do fim da primeira parte, tendo adiantado-se aos centrais, mas o remate de cabeça saiu por címa da baliza de Quim.



No reatamento, as posições dos centrais foram corrígidas e as coisas correram melhor para a equipa do Benfica, que voltou a entrar forte, tentando virar o rumo dos acontecimentos. Aos 50 minutos de jogo, Simão dispõe de uma excelente oportunidade de golo, mas o remate do capitão saiu por cima da baliza de Landreau. O Benfica dominava por completo e aos 53 minutos nova oportunidade, destas feita de David Luiz. Canto apontado da esquerda e Dérlei ao primeiro posta a fazer o desvio para David Luiz aparecer bem ao segundo e não fôsse Mendy em címa da linha de golo, o central tería marcado. Neste período da partida o melhor que os locais conseguiram, foi um remate de Pauleta que saiu ao lado levando algum perígo. O Benfica continuou a carregar, assumindo as despesas do jogo, e á passagem da meia hora teve nova grande oportunidade, com Simão a meter em profundidade em Miccoli e o italiano já dentro da área rematou cruzado, mas o tíro saíu ao lado do poste mais distante da baliza de Landreau. A partir deste período o jogo começou a decair de ritmo, e o PSG pedíu penalti num lance duvidoso entre Léo e Frau, aos 66 minutos, mas Graham Poll nada assinalou.

Aos 70 minutos, mais uma contrariedade para Fernando Santos. Já com Nuno Gomes em campo, no lugar de Dérlei, que ainda não demonstrou grande frescura, João Coimbra teve que abandonar o terreno de jogo, também lesionado. Para o seu lugar entrou Beto.
Nos minutos finais da partida, viu-se o Benfica a tentar chegar a área de Landreau através de lancamentos longos, tentando aproveitar a, já pouca, velocidade de Miccoli, mas sem sucesso, e um PSG, tentando claramente gerir a vantagem e a posse de bola, através de trocas, agora mais serenas. No segundo tempo, a prestação de david Luiz subiu bastante, tando inclusivé uma excelente oportunidade para marcar. O jogador demonstrou bom sentido posicional e boa capacidade de antecipação. O melhor que o PSG conseguiu nesta fase foi um lívre perigoso, em zona frontal, já aos 89 minutos mas o remate de Gallardo ficou na barreira, interceptado por David Luiz, que ficou combalido. Pouco depois o jogo chegou ao fim, com um resultado que até nem é mau, tendo em conta que os encarnado marcaram um golo fora, o que pode ser determinante no jogo da Luz. Ficou a impressão de que este Benfica é muito súperior ao PSG, principalmente quando joga rápido e pelo lado esquerdo da defesa, onde Armand, nunca teve argumentos para segurar o jogador que lhe caíu, muitas das vezes Nelson. No jogo da segunda mão, no Estádio da Luz, o Benfica tem todas as condições para obter um bom resultado e seguir em frente na competição.



O Melhor em Campo.



Destaco Simão pela primeira parte. Foi dos melhores e dos pés dele sairam as melhores oportunidades do Benfica, tanto no primeiro tempo, como no segundo. Os pontapés de canto causaram grandes calafrios na defesa gaulesa e o golo apontado com excelente sentido de oportunidade foi prémio merecido. No segundo tempo desapareceu um pouco de jogo, mas fez-se notar em alguns lancamentos rápidos para Miccoli.



O Positivo do Jogo.



Numa derrota não pode haver muita coisa positiva, mas o factor positivo deste jogo, acaba por ser o golo conseguido fora, que pode ser crúcial no jogo da segunda mão. Apesar da derrota, uma derrota com golos é sempre factor motivacional.



O Negativo do Jogo.



Sem dúvida o minuto 30, minuto da lesão de Luisão, que ficará como o minuto da viragem de um jogo que parecia sentênciado. A influência do gigante brasileiro na defesa é por demais evidente, e o desnorte que se seguiu á sua saída foi essencial para um ganhar de confiaça dos jogadores do PSG, que até ao momento não tinham feito nada mais do que correr atrás da bola e do jogador que a tinha, chegando até a serem assobiados. A partir deste momento, e sentindo a insegurança do sector defensivo, passaram a controlar e a ser aplaudidos, conseguindo obter dois golos, que lhes conferem vantagem no jogo da segunda mão.



O Árbitro.



Á inglesa. Deixou jogar não apitando a qualquer toque, tendo no entanto ficado algumas faltas por marcar para ambos os lados. Pareceu-me bem apreciado o lance entre Léo e Frau, não existindo motivos para grande penalidade. Ajuizou quase sempre bem e esteve bem auxiliado.

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