quinta-feira, março 08, 2007
PSG e Benfica - Belos anos 80
Em redor do PSG-Benfica, há, entre as estatísticas que podem ser exploradas, o facto de na história das duas equipas existirem vários jogadores comuns: Fernando Cruz(Anos 60), Humberto Coelho, João Alves, Ricardo, Valdo, e mais recentemente, Kenedy, Hugo Leal e... Laurent Robert.
João Alves, conhecido por jogar sempre com as luvas pretas que foram de seu avô, Carlos Alves, era um jogar extraordinário. Armador de jogo à moda antiga, jogando mesmo ao centro do terreno, praticamente “apenas” com a função de armação de jogo.
O Luvas Pretas» – 1972-73 no Varzim; 1973-74 no CDMontijo; 1974-76 e 1983-85 no BoavistaFC; 1976-78 no Salamanca, Esp.; 1978-79 e 1980-83 no SLBenfica; 1979-80 no PSG, Fra.
Valdo, magnifico jogador brasileiro, cuja contratação daria enredo para novela, tantas foram as peripécias, foi o último grande camisa 10 da história do Benfica. Depois do sucesso alcançado foi para França com sucesso, para o PSG, do poeta/técnico Artur Jorge. Regressou mais tarde ao Benfica já sem o fulgor de então, junto a Ricardo Gomes, mas a tempo de contribuir para uma taça de Portugal, no princípio dos anos das trevas dos encarnados. Continuou a jogar no Brasil até há pouco tempo.
Humberto Coelho que dizer deste fabuloso central. Aos 18 era titular absoluto. Cabeceador único, fantástico nas saídas para o contra-ataque, finalizador de nível, comandante supremo do exército encarnado, único representante do futebol português na última vez que se fez uma selecção da Europa digna dos seus pergaminhos, jogando ao lado de Krol e Karl-Hans Forster, como reconhecimento da sua categoria.
O acordo entre Humberto e o PSG, tornado público em Maio de 1975, deixou o Benfica em choque. A despedida acontece a 28 de Junho e a apresentação na capital francesa a 15 de Julho. Operado ao menisco em 1976, cedo se começou a desenhar o regresso do capitão à casa onde foi verdadeiramente feliz. Foi a 4 de Março de 1977.
Ricardo Gomes era um líder. Alto e forte, forte em todos os sentidos. De presença física como moral. Impunha-se com facilidade, sendo respeitado por todos. Enquanto os companheiros jogavam à lerpa, ele lia um texto de um filósofo qualquer. “Tem cara de capitão”, diziam na altura. A sua saída do Benfica, da forma que foi feita nunca foi bem digerida, mas tentou apagar um pouco essa “lapso” regressando depois e ainda ajudando à conquista de uma taça. Quando percebeu que já não tinha as faculdades de outrora retirou-se.
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