segunda-feira, março 19, 2007

Oves Moles 2-2 Leões das Ilhas


Local: Estádio Municipal de Aveiro

Árbitro: Paulo Paraty

Espectadores: Cerca de mil




Neste jogo de Aveiro, talvez o interessante fosse começar pelo fim, pois foi nas últimas badaladas que o encontro ganhou emoção. Essa emoção, contudo, acabou por ser frustrante para equipa verde-rubra, que, com o pássaro na mão, deixou fugir os três pontos.

Mas vamos ao jogo propriamente digo…



Num jogo fulcral para as aspirações de ambas as equipas, o Beira-Mar começou melhor, criando mais calafrios à defensiva maritimista, através dos livres marcados por Tininho.

Aos 21 minutos, André Leão avança lentamente pelo meio-campo maritimista e, a uns bons trinta metros da baliza, desfere um remate sem qualquer hipótese para Marcos. Estava inaugurado o marcador, naquele que foi, sem dúvida, o melhor momento do encontro.

O conjunto orientado por Ulisses Morais, com Kanu e Mbsessuma na frente, apoiados por Marcinho e Douglas, tentou reagir, porém sem resultados práticos.




Ao intervalo, o resultado era justo e premiava a melhor sobre o terreno de jogo.



No segundo tempo, o conjunto da Madeira entra em campo com Wênio e Lipatin, para os lugares de Milton do Ó e Kanu, respectivamente. Com isto, o Marcinho jogaria a extremo, Mbsessuma jogaria no apoio a Lipatin e Wênio tentaria fazer o lugar de central.

O Marítimo começou mais afoito, indo atrás do prejuízo. No entanto, o Beira-Mar controlava o jogo, embora as oportunidades fossem surgindo de parte a parte.

Ninguém esperava, todavia, aquilo que iria acontecer nos últimos dez minutos.



Aos 84 minutos, já com Moukori em campo, que entrou para o lugar de Olberdam, Darl Douglas cruza para área, onde Mbessuma desvia a bola de Eduardo e esta sobra para Lipatin, que empata a partida. Dois minutos depois, há cambalhota no marcador: Douglas, outra vez ele, assiste Mbessuma, que finta Eduardo e põe a sua equipa em vantagem. Um grande balde de água fria para os cerca de mil adeptos aveirenses presentes no estádio.

Por esta altura, os adeptos verde-rubros já festejavam a vitória, uma vez que havia uma lei no plantel de Ulisses Morais que dizia: “sempre que Mbessuma marca, o Marítimo ganha”. Todavia, a excepção faz a regra, ou seja,aquilo que outrora era lei passou a ser regra, tudo porque Alcaraz, sem marcação na área, empatou a partida, encerrando a lei “Mbessuma”, perante uma defensiva verde-rubra totalmente descoordenada, com Briguel a central e Arvid Smit a lateral direito!



Depois disto, o esférico ainda circulou pelas duas balizas, só que sem perigo para ambas as redes.



Melhor jogador do Marítimo:




Darl Douglas – Irrequieto este jogador nascido no Suriname. Se na jornada passada estreou-se marcar, nesta ronda – não marcou, é certo – esteve nos cruzamentos que originaram os dois golos insulares.



Arbitragem:


Aparentemente boa, sem pontos a apontar na comunicação social e sem críticas dos treinadores.



Positivo do jogo:

*o grande golo de André Leão

*um jogo muito disputado

*a emoção dos últimos dez minutos



Negativo do jogo:


*apenas mil pessoas num estádio que tem capacidade para trinta mil

*o Marítimo que fica a ver navios a partirem para a Europa

*falta de solidariedade da equipa verde-rubra na altura de defender



Conclusão:


O Marítimo marca passo na luta pela Europa e poderá ver o quinto lugar a seis pontos. Após conseguirem o mais difícil, os jogadores verde-rubros não recuaram para segurar a vitória e o golo de Alcaraz é o exemplo disso.

Este resultado acaba por ser também negativo para o Beira-Mar, que, em caso de vitória, sairia da linha de água.

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