quarta-feira, março 14, 2007

Tribunal Atacante


Olá pessoal. Após um interregno longo demais para ser verdade, o Tribunal volta à acção, atrasado mas cheio de energia. Forças externas teimam em tentar obstruir a rubrica mais popular do FA mas nós voltamos sempre...

Este foi um fim de semana desportivo agradável e polémico a lançar as bases para duas semanas de clássicos decisivos... A ver vamos!

Centra e chuta...



No sábado, o Sporting recebeu o Estrela num jogo em que Hélio Santos teve uma performance disciplinar desastrada com consequências para os atletas. Do jogo destaco os seguintes lances:



- Aos 20' Carreira tem uma entrada com tudo à bola dentro da sua grande área e atinge com o cotovelo (e não só) Polga, impedindo-o de jogar a bola. Este lance passou em claro ao árbitro mas na minha opinião seria motivo para grande penalidade e cartão vermelho pelo excesso de dureza que emprestou ao lance...

- Aos 68' Moses tem uma entrada "assassina" ao joelho de Tonel que o árbitro deixou passar mais uma vez. Não sei se um cartão vermelho bastava para punir este lance...

- Já perto do fim do jogo, Alecsandro numa disputa de bola atinge a face de um adversário com a mão sendo que a bola estava no chão. Intencional ou não, a verdade é que deixou o seu adversário fora da jogada com um lance de uso ilegal dos braços. A lei manda expulsar o jogador neste tipo de lances como já aconteceu recentemente e em abundância.



Ficarei por aqui embora o jogo da Alvalade tenha mais casos passíveis de análise. Foi um jogo rijo muito por culpa do árbitro que deve ter deixado os cartões em casa. Mais uma vez Hélio Santos a mostrara a sua falta de qualidade.



No Domingo à tardinha, o Porto deslocou à Madeira para defrontar o Marítimo num jogo habitualmente difícil e que contou com uma dureza excessiva por parte dos jogadores. Deste jogo fica:



- Aos 17' o Porto adianta-se no marcador numa jogada em que os locais reclamaram falta sobre o guarda-redes Marcos. Na minha opinião não existe falta nenhuma sobre o guarda-redes Marcos porque o contacto que existe entre o jogador portista e Marcos é da responsabilidade do guarda-redes brasileiro. Ora vejamos, o Bruno Alves corre em direcção à linha final, pára, salta e cabeceia a bola (em momento algum o defesa põe os braços no guarda-redes contrário). Por outro lado Marcos corre em direcção à linha lateral a seguir a bola. Existe contacto entre os dois. Falta? Nem pensar. Era o que faltava se um qualquer jogador não pudesse disputar a bola na pequena área. Não se pode é carregar o guarda-redes mas isso não quer dizer que um jogador tenha que se afastar para o guarda-redes passar.

O guarda-redes na sua pequena área não pode é ser carregado, não é não pode ser tocado. Este tipo de lances surge muitas vezes porque os guarda-redes estão habituados a se fazer ao contacto para cortar lances de perigo aos adversários (vejam o que o Helton fez neste mesmo jogo aquando do golo do Marítimo, reclamando uma falta inexistente para esconder a sua incompetência no lance...). Esteve bem o árbitro...

- Aos 23' Bruno Alves atinge Arvid com um encontrão por trás tirando o jogador holandês da disputa do lance. Lance passível de castigo máximo já que ocorreu dentro de área. O árbitro nada assinalou.

- Aos 29' minutos na área contrária, Gregory puxa Renteria de forma claríssima. Falta passível de grande penalidade com o árbitro a manter o critério e a não assinalar.

- Aos 77' Quaresma isola-se frente a Marcos mas o lance é interrompido por fora-de-jogo. Mal assinalado.

- Aos 85' o Marítimo marca o golo unm lance em que Helton reclama falta sobre si mesmo. Este lance é ainda mais claro que o golo do Porto, visto que creio que nem há contacto com o jogador insular e para além disso o lance passa-se fora da pequena área. Esteve bem o árbitro a deixar seguir.



Segunda-feira foi o dia em que o Benfica recebeu o Leiria para o fecho da jornada. Jogo sem muito aparato de arbitragem que mesmo assim no fim teve os seus casos:



- Aos 37' Simão disputa a bola com Éder a bola já dentro de área e cai. Quanto a mim acho que o árbitro tinha razões para marcar grande penalidade visto que Éder subtilmente puxa o braço de Simão. Simão, como qualquer jogador atira-se ao tapete, mas lá que foi puxado foi...

- Aos 81' nasce uma confusão com vários jogadores do Benfica a circundarem Harison e Katsouranis a pegar na bola e a atirá-la ao jogador leiriense. Do lance saiu um cartão amarelo para Katsouranis que quanto a mim foi o mais desajustado julgamento possível. Nas regras tudo o que refere-se a atirar objectos (entenda-se que num jogo de futebol os únicos objectos que podem ser atirados são a bola e as chuteiras) é considerado conduta violenta e como tal lances merecedores de expulsão. O árbitro considero comportamento anti-desportivo. Errou.

Claro que Harison atira-se para o chão e faz teatro, mas isso não invalida o acto em si, ou invalida?

- Aos 84' Karagounis atinge Harison de forma perigosa e deliberada. O árbitro esteve mal ao não mostrar, no mínimo, o cartão amarelo ao jogador benfiquista.



Esta semana fico por aqui e peço desculpa a todos pelo atraso no Tribunal mas, como sempre dizemos das coisa boas, mais vale tarde que nunca...

Até p'ra semana pessoal e lembrem-se: se eles podem apitar, nós também podemos rir...

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