Depois de um post sobre o homem que lançou as sementes deste projecto, a Daniela voltou ao Europeu de futebol feminino, desta vez analisou o França - Noruega da primeira fase do Mundial!
França X Noruega
O primeiro golo de Isabell Herlovsen pela sua selecção manteve a Noruega na luta por um lugar nas meias-finais e impediu a França de assegurar igual presença antes da realização dos encontros da derradeira jornada.
Cabeceamento ESPECTACULAR
O seleccionador Bjarne Berntsen lançou Isabell Herlovsen, de apenas 16 anos, ao intervalo, numa altura em que a continuação da Noruega na prova estava seriamente em risco. Passados 20 minutos de ter entrado, efectuou um belo cabeceamento, instantes depois, de um erro critico de Siri Nordby ter permitido a Mugneret-Béghé abrir o marcador para as francesas, quando estavam decorridos 20 minutos.
Restruturação defensiva
A indisponibilidade da titular do lado direito da defesa norueguesa, Marianne Paulsen, que ficou doente na manhã do dia do jogo, levou a que o seleccionador das nórdicas optasse pela mudança de lado, da lateral-esquerda, Gunhild Følstad, a qual, por seu turno, foi rendida no seu lugar original por Nordby. A única alteração promovida pelas francesas relativamente à equipa que derrotou a Itália por 3-1 foi o regresso da experiente Peggy Provost para o lugar de Anne Laure Casseleux.
O meio-campo das francesas esteve excelente em jogos passados, pelo que era fundamental para as aspirações das norueguesas que Solveig Gulbrandsen, não só conseguisse travar a sua opositora directa, Sonia Bompastor, mas também, que comandasse o jogo ofensivo da formação escandinava. A jogadora, de 24 anos, tentou cumprir a última dessas missões logo desde o apito inicial, conseguindo, até, dois perigosos cabeceamentos em posições privilegiadas.
Pichon incisiva
Marinette Pichon também parecia bem activa na manobra ofensiva francesa, mostrando bastante critério e visão de jogo sempre que teve a bola em seu poder. Já havia tirado Marit Fiane Christensen do caminho uma vez, quando a defesa evitou que, isolada perante a guardiã Bente Nordby, marcasse para as francesas.
Mau atraso
Gulbrandsen foi a jogadora mais activa nos primeiros 20 minutos, mas coube a Bompastor criar o primeiro golo da partida, através de uma mudança da esquerda para a direita, onde descobriu Mugneret-Béghé. Siri Nordby ainda interceptou o lance de cabeça, tentando de imediato o atraso para a sua guardiã, mas Mugneret-Béghé apercebeu-se da intenção da norueguesa e captou a bola, rematando rasteiro, fora do alcance da guardiã nórdica.
Apesar do sucedido, Gulbrandsen não deixou a sua intenção de guiar a Noruega ir a baixo até um resultado positivo da sua equipa e, à passagem da meia-hora, fez um dos seus tradicionais raides pelo meio-campo adversário, mas, talvez a pensar porque não passou a bola para nenhum dos flancos, optou por um remate que saiu frouxo e ao lado. O que é certo é que goleadoras natas não têm destas dúvidas e Pichon foi bem mais perigosa instantes depois, proporcionando a Nordby uma excelente defesa na resposta ao seu remate de pé esquerdo, já bem perto do intervalo.
Mais poder de fogo
A entrada da jovem Herlovsen proporcionou à Noruega maior poder de explosão e foi o catalisador para uma reacção enérgica, culminada com um golo aos 66 minutos, através de um cabeceamento na sequência de um pontapé que a mesma Herlovsen conquistara instantes antes. A Noruega estava mais possante e, dois minutos depois, Gulbrandsen fez um passe a desmarcar Mellgren nas costas da defesa gaulesa, mas a escandinava perdeu a calma em frente á baliza e desperdiçou um golo por demais evidente.
Aos 69 minutos, Nordby negou o golo a Pichon com uma defesa para o lado esquerdo e, na sequência de outro canto, Herlovsen quase voltava a marcar de cabeça. Já nos instantes finais, Gulbrandsen rematou ao poste e Sandrine Soubeyrand viu um golo ser-lhe anulado por fora de jogo.
[SpicedBlond a 23 de Junho de 2005]
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