segunda-feira, outubro 30, 2006

Nacional - Naval


Estádio: Engenheiro Rui Alves
Árbitro: Augusto Duarte
Assistência: 2000 Espectadores

Falhou tudo na tarde de ontem ao Nacional. Falhou a habitual (boa) circulação da bola, falhou a alternância de flancos nas movimentações ofensivas, falhou clarividência no meio-campo para provocar situações de desequilíbrio e falhou a poderosa meia-distância, revelada num passado recente, mormente por Bruno Amaro, Bruno e Alonso. Perante este cenário, os jogadores, quase que de forma inconsciente, começaram desde muito cedo a optar pela "ponte directa" entre os dois sectores opostos. Essa até poderia revelar-se uma boa solução para ultrapassar a bem organizada equipa navalista — uma das sensações da prova — mas, também aí, as coisas não correram de feição. No geral, quer defensiva quer ofensivamente, a segunda bola foi, invariavelmente, ganha pelos forasteiros. Na defesa, as intercepções de Ricardo Fernandes e Cardozo levavam sempre a bola para os pés dos médios e avançados contrários; no ataque, faltou prontidão e rapidez de execução para aproveitar as "deixas" contrárias. Daí resultou uma equipa sem argumentos para contrariar a má exibição e nem o facto de Rodrigo, com um golaço "à Quaresma", ter colocado o Nacional a vencer dotou a equipa da confiança necessária para partir em busca de um (grande) salto na tabela classificativa. Pelo contrário, a ameaça de um dia "menos conseguido" acabaria por confirmar-se, com a Naval repor a igualdade ainda antes do intervalo e controlando todos os movimentos na etapa complementar. Carlos Brito ainda colocou Chilikov após o descanso e, se tivesse optado por actuar com dois pontas-de-lança em simultâneo, quiçá a pressão pudesse resultar na vitória. Mas, ao invés, e porque Rodrigo recuou no relvado, perdeu um bom avançado e jamais conseguiu "agarrar" o meio-campo. Futebol directo por futebol directo, se calhar com dois avançados em "cunha", uma das "malditas segundas bolas" pudesse ter ido parar aos pés de um nacionalista, algo que jamais sucedeu em todo o jogo.


Foi mau o trabalho de Augusto Duarte, com os "alvinegros" a terem mais razões de queixa nos lances de pormenor, mas a saírem beneficiados na decisão mais importante: aos 60' ficou por marcar uma grande penalidade contra a equipa de Carlos Brito, por mão na bola de Chilikov, que desviou, para canto, um remate que, mesmo sendo poderoso, foi efectuado a mais de 20 metros de distância. Quanto aos prejuízos madeirenses, revelou-se passivo no excesso de faltas da Naval e não compensou no final os imensos minutos "ganhos" pelos forasteiros. Também na marcação de faltas, a equipa visitante avançou sempre muitos metros com a bola, perante, outra vez, a complacência do árbitro bracarense.

Golo da Naval
O golo de Tiago Fraga surgiu numa altura crucial do jogo. O Nacional, que até não estava assim tão mal, necessitava de mais alguns minutos para ganhar confiança e essa possibilidade foi-lhe coarcatda com o tento visiyante. A partir daí, os “alvinegros” jamais se recompuseram.


Melhor em campo


Ricardo Fernandes. Foi dos melhores da equipa madeirense. É certo que não fez uma exibição de “encher o olho”, mas não comprometeu. A defender esteve quase sempre bem e quando teve oportunidade lançou-se no ataque à procura de num golo que nunca veio a surgir. Ricardo Fernandes começa a ser mesmo um dos imprescindíveis na equipa “alvi-negra” tal a segurança com que actua na sua zona de acção.


Arbitragem

Uma péssima arbitragem...

Positivo do jogo

Mais um jogo do CD Nacional sem perder! A melhor equipa da madeira empatou e não convenceu mas o que é certo é que não perdeu e continha nos lugares cimeiros.

Negativo do jogo

A Arbitragem.

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